Uma ocorrência que está virando rotina na BRPAe Praia Grande é o salvamento de jovens inconseqüentes perdidos no Parque Estadual da Serra do Mar.
Desta vez foram três jovens de Carapicuiba e Osasco – SP, que entraram numa trilha no sábado, dia 02/08, pela manhã, com destino à Cachoeira da Fumaça, na região de Paranapiacaba e Cubatão – SP, mas depois de dois dias se perderam por uma trilha que não oferecia condições seguras e não conseguiram prosseguir ao chegar próximo a um precipício de 40 metros de altura.
Eles não tinham autorização da Fundação Florestal para fazer essa trilha, que está inserida numa área de proteção ambiental da Serra do Mar.
Essa é uma rotina nos finais de semana da região. Muitos jovens se aventuram de forma irresponsável, sem qualquer preparo nas trilhas do parque, que são inúmeras, em função das várias cachoeiras e do bonito visual de onde se vê a Baixada Santista do alto da serra.
Contudo não existe uma divulgação adequada para que as pessoas solicitem a devida autorização de ingresso para os gestores do PESM (Parque Estadual da Serra do Mar).
O Salvamento foi realizado na segunda, dia 04/08, e empenhou 15 policiais militares, quatro viaturas e uma aeronave, incluindo a Policia Ambiental, o Corpo de Bombeiros e o Grupamento Aéreo.
A aeronave apoiou os profissionais do Corpo de Bombeiros durante o acesso ao ponto onde os jovens foram localizado pelo Águia 3 e sua equipe, que está altamente especializada nessa modalidade de salvamento em matas. Desde 2005 quando a base foi inaugurada em Praia Grande, o Águia já atendeu 79 missões de salvamento em matas e por meio das quais foram salvas 217 pessoas perdidas com o apoio direto do helicóptero (ver gráfico).
O mais grave é que há uma forte tendência de aumentar o números de pessoas perdidas na região, já que a divulgação dessa modalidade de ecoturismo clandestino está cada vez mais crescendo.
No último dia 04/08 uma verdadeira operação de guerra foi montada para salvar a vida desses três jovens irresponsáveis, que certamente aprenderam a lição, pois foram notificados pela Polícia Ambiental e deverão se apresentar ao gestor do PESM, a fim de aplicação da multa prevista na Resolução da Secretaria do Meio Ambiente. A Fundação Florestal, que administra o parque, prevê esse tipo de penalidade para as infrações administrativas cometidas por aventureiros clandestinos.
LINK da matéria publicada no G1:
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