Armamento e Equipamento: o desempenho dos equipamentos em um acidente

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O relatório do acidente do CV-22 Osprey da USAF no Afeganistão mostrou como se saíram diversos itens de sobrevivência e suporte à vida em um acidente real.

No impacto, o nariz e a cauda da aeronave se desprenderam e o restante da fuselagem permaneceu inteira. As saídas de emergência do Osprey não foram usadas para o escape dos sobreviventes.

Os quatro tripulantes da aeronave estavam usando capacetes HGU-56/P. Todos os capacetes suportaram forças bem além de suas especificações. As placas de blindagem do colete balístico de um dos mecânicos de voo impediram que dois destroços perfurassem seu peito. Esse é um dado interessante: o colete, afinal, não serve apenas para proteger contra os tiros do inimigo.

Rabo de macaco com seu mosquetão quebrado, após o acidente.

O assento do copiloto se desprendeu da cabine e caiu a 30 metros da aeronave. O copiloto acordou ainda preso ao assento pelos cintos de segurança e sobreviveu. O seu rádio de emergência portátil (TLE) foi destruído no impacto.

Na USAF, o uso dos assentos para os passageiros não é obrigatório quando a aeronave está operando com tropas de operações especiais. Neste caso, os assentos haviam sido removidos e os passageiros estavam presos ao piso da aeronave por tiras do tipo “rabo-de-macaco”. Alguns mosquetões destes rabos-de-macaco se quebraram no impacto.

Diversos passageiros sofreram ferimentos no abdômen ou na cintura devido a esse equipamento. Um detalhe que tem que ser lembrado é que este tipo de equipamento serve para evitar que o militar caia da aeronave, no caso de um voo com as portas abertas (que é bastante comum); ele não substitui o cinto de segurança no caso de um acidente e não tem a mesma resistência que este. As aeronaves militares normalmente permitem que o cinto de segurança seja preso diretamente no piso da aeronave, mesmo sem os assentos.

Referência: AIRCRAFT ACCIDENT INVESTIGATION BOARD REPORT

Fonte: Voo Tático

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