EC130T2 está próximo de ser certificado pela EASA

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A certificação da Agência Europeia (EASA) para o EC130T2 – versão modernizada do EC130B4 – está próxima de ser concluída. O primeiro exemplar está programado para ser entregue para um operador americano de voos panorâmicos, Maverick Helicopters, ainda no final deste ano. A certificação da FAA deverá ocorrer antes desta entrega.

A Eurocopter afirma que as melhorias implementadas na nova versão da aeronave são fruto da análise das sugestões dos operadores e que a chegada do EC130T2 acontecerá no momento em que operadores do EC130 estudam a renovação de sua frota. Com 12 anos de idade, as aeronaves deste modelo tem previsão de serem submetidas a uma inspeção profunda, de elevado custo e prazo, o que torna a ideia de substituir a aeronave uma boa opção.

As modificações efetuadas no sistema de ar condicionado, portas, gancho, assentos, tanque de combustível e motor acabaram resultando em alterações em cerca de 70% da aeronave como um todo. Contudo, visualmente o T2 continua muito parecido como B4 e leva o mesmo número de passageiros (piloto + 6).

Mudanças na fuselagem foram evitadas visando diminuir o tempo e o custo de certificação, o que acabou por manter o custo de aquisição compatível com o mercado. Para os pilotos, a habilitação de tipo também não sofrerá modificações, apesar da Eurocopter sugerir dois dias de treinamento, não há obrigatoriedade de passar por ele. Pilotos, assim como os mecânicos, poderiam apenas ler os manuais.

Olhando por fora a diferença entre a nova versão e a anterior está apenas em três tomadas de ar diferentes na nova versão T2, duas nas laterais da carenagem do motor e uma na parte inferior da fuselagem, próximo ao farol de pouso. Essas mudanças visaram melhorar a ventilação interna otimizando o funcionamento do ar condicionado que, anteriormente, era alvo de críticas por parte dos operadores.

O novo motor Arriel 2D fornece mais potência para o conjunto, aumentando de  847 to 952 shp. Graças ao rotor de cauda carenado (fenestron) toda essa potência pode ser utilizada, fato diferente da aeronave AS350 B3e, que usará o mesmo motor, mas que não poderá fazer uso dos 952 shp do Arriel 2DF em função de ter rotor traseiro convencional.

Apesar de mais potente, o Arriel2D tem consumo específico de combustível 2% menor que Arriel2B1 do B4. O TBO do novo motor será de 4000 horas com planos de se atingir a marca de 6000 horas, uma grande vantagem frente as 3500 horas do atual Arriel2B1.

Outra inovação apontada na nova versão do motor Turbomeca é a detecção prematura de desgaste dos componentes internos, especialmente do combustor e da turbina de alta pressão. Por meio deste recurso os mecânicos podem identificar o desgaste na simples leitura da tela de condição do motor, onde foi acrescentada a linha “usage” e eliminando a necessidade de realizar grandes inspeções para se monitorar o estado do interior do motor.

Fonte: Aviation Today, via Resgate Aéreo.

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