FIDAE 2012: A Brigada Aeropolicial da Polícia de Investigações do Chile – PDI

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Chile – Na FIDAE 2012 esteve presente a Brigada Aeropolicial da Policia de Investigaciones de Chile, denominada PDI. A Brigada possui atualmente 3 helicópteros AS 350b3 e um avião Cessna 210.

O Papel da Brigada Aeropolicial

Inicialmente a atividade aérea correspondeu exclusivamente para treinamento de pilotos e instrução. No decorrer do tempo esta atividade foi incrementada e, atualmente, realiza as seguintes missões:

– Transferência de autoridades do Governo e do Judiciário.
– Transferência de equipes de investigação.
– Transferência de presos.
– Transferência de crianças e pessoas desaparecidas.
– Transferência de doentes, feridos ou caixões.
– Transferência de recursos espécies de crime, drogas, armas, explosivos e outros.
– Apoio para prova pericial.
– Apoio ao combate ao narcotráfico, etc.

Área de Influência

A Brigada Aeropolicial, de acordo com sua jurisdição territorial, é utilizada para realização de serviços de apoio ao policiamento às unidades policiais em todo o país.

Essas aeronaves possuem matrícula civil e seguem as regras gerais da Dirección General de Aeronáutica Civil (DGAC), exceto quando em operações policiais, conforme a DAR 91, parágrafo 91.3. Essa regra vale também para os Carabineros e para as aeronaves militares.

O interessante é que a DGAC não possui regulamento sobre as operações policiais ou militares, possui somente regulamento específico para concessão e revalidação das habilitações dos pilotos (DAP 01 01 A). Para voar essas aeronaves basta ser piloto privado, o que para eles é muito natural, pois não são remunerados porque são pilotos mas porque são policiais. Um entendimento interessante e que ainda é discutido aqui no Brasil.

Pelo que se viu, existe excelente coordenação entre a DGAC e a Polícia, pois a PDI começou esse serviço em 1974 e os Carabineros receberam seu primeiro avião em 1948, assim, essas questões no Chile estão bem resolvidas.

Um dos momentos que mais chamou a atenção do público na FIDAE 2012 foi o simulado tático da PDI para prisão de narcotraficantes e depois a retirada do material através de carga externa, utilizando esquilo AS350B3, CC-TEE.

Confira o vídeo da apresentação na FIDAE 2012:

Conheça a História da Brigada Aeropolicial da PDI

Criada em 26 de setembro de 1974, pela Portaria n º 147, iniciou suas operações com um avião monomotor Cessna 182, que foi transferido do Ministério do Interior. Com o passar do tempo e de acordo com as necessidades da Instituição em utilizar o transporte aéreo como uma ferramenta na luta contra o crime, tornou-se o meio mais viável e ágil ​​de transporte institucional, dada a geografia do país.

Face ao incremento dessas operações aéreas, a organização adquiriu em 1979, três novos aviões bimotores (um Cessna 414, CC-ETA; um Cessna 404, CC-FTE-a e um Cessna 310, CC-ETD). Com a aquisição dessas novas aeronaves foi vendido o monomotor Cessna 182.

Essas novas aeronaves foram adquiridas para atender diferentes tipos de missões, tais como o transporte de equipes de investigação, de presos, de doentes ou feridos, de produtos do crime, como drogas, armas, explosivos, além de outros tipos de missões, como a detecção do cultivo ilícito da maconha, fotografia, filmagem aérea, vigilância e monitoramento.

Em 1987, o Diretor Geral, Sr. Fernando Paredes Pizarro, vendeu para o Aeroclube Institucional o Cessna 310, CC-ETD, que foi renomeado para CC-LRE e voa até hoje.

Em 1992 adquiriram um Cessna 206, modelo 1980, matrícula CC-ETB, que em 1993 incorporou-se à Primeira Região Policial, com a missão de patrulhar as áreas do Altiplano chileno e na fronteira da Bolívia e do Peru, na detecção de cultivo ilícito de maconha. Em 1996, essa aeronave foi redirecionada à Brigada, onde está sendo utilizada até hoje.

Em 2002, adquiriu-se os helicópteros Eurocopter AS 350 B3, que tem sido usados em várias missões de Calama a Chiloé, tais como detecção de cultivo ilícito de maconha, filmagem e rastreamento de pessoas desaparecidas, vigilância e monitoramento, coordenação de operações de combate ao narcotráfico, assim como missões aeromédicos.

Desde a criação da Brigada Aeropolicial não houve qualquer registro de acidente aeronáutico, o que é uma conquista para a unidade.


Fonte: Piloto Policial, por Eduardo Alexandre Beni.

Fotos: Daniel Queiroz – Asa Rotativa.


1 COMENTÁRIO

  1. Matéria interessante e o video fechou com chave de ouro.
    Caso ainda não foi abordado,creio que poderiam complementar o assunto a respeito do trabalho em altas altitudes – riscos, comportamento das aeronaves e mesmo a preparação física de pilotos e equipe operacional. Grato!

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