Gestão Operacional de Drones

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MARCUS VINICIUS BARACHO DE SOUSA
Capitão da Polícia Militar de São Paulo

Os drones já são uma realidade de fato e de direito. Com a publicação do RBAC – E nº 94, entre outras normas reguladoras, abriu-se uma janela ampla para o emprego dessas máquinas em favor da Segurança Pública e Defesa Civil.

Toda a legislação está ofertada para quem quiser estudar e aprofundar-se no assunto, mas nem todos os usuários desse equipamento terão tempo ou interesse em conhecer cada detalhe, para operarem adequadamente.

Black Hornet é um Nano Sensor (Drone) da FLIR com apenas 18 gramas e que pode voar por 25 minutos.
Black Hornet é um Nano Sensor (Drone) da FLIR com apenas 18 gramas e que pode voar por 25 minutos a uma velocidade de 5 m/s.

Sendo assim, volto a destacar a padronização, como uma ferramenta eficiente que aponta um caminho mais seguro e viabiliza níveis desejáveis de qualidade, produtividade, competitividade, controle dos processos e segurança no cenário operacional, contribuindo para a obtenção de resultados e permitindo melhor descrição das funções que cada operador irá desenvolver.

A padronização promove a descentralização operacional, desburocratiza a administração, facilita a educação e treinamento dos profissionais, define níveis de responsabilidade na realização do trabalho e, sobretudo, reduz as não conformidades profissionais.

Padronizar é identificar a melhor forma de fazer, garantindo eficiência e sustentabilidade na aplicação de recursos, pessoas e direcionando o equipamento para um conceito de excelência, quanto ao seu emprego nas ações de Segurança Pública e outras.

Nessa linha de pensamento, pode-se também coordenar o emprego dos drones com as aeronaves das Organizações Aéreas de Segurança Pública(OASP), definindo quais processos produtivos que antes eram da expertise dos helicópteros e aviões e que podem ser migrados para esse novo recurso tecnológico (drone), possibilitando uma economia maior dos recursos públicos.

Outra vantagem em padronizar o emprego dos drones em sua Organização é procurar preservar o conhecimento desenvolvido, pois, trata-se de um tema novo e com muito a ser amadurecido. Não se pode esquecer que na aplicação prática desses aparelhos, inconformidades surgirão, bem como a possibilidade de demandas jurídicas decorrentes de uma má gestão operacional. Portanto, a definição de padrões pode antecipar esses problemas.

Breve estaremos desenvolvendo sugestões de POP para emprego de drones, procurando apoiar nossas Instituições Públicas que tenham interesse em utilizar tais recursos.

Para saber mais acesse: OASP GEST – Aplicativo de Gestão para a Aviação de Segurança Pública.

Bons Voos, com boa gestão!

1 COMENTÁRIO

  1. O artigo reforça a ideia da operação coordenada de drones pela Segurança Pública, com padronização, planejamento e responsabilidade.
    Muito bom!
    Da “migração” de processos operacionais da aeronave “policial” para o drone, penso somente na análise, para tal, de algumas atividades de apoio.
    As intervenções aero policiais para o reestabelecimento e, principalmente, para a preservação da ordem pública, em atendimento à prevenção, requerem a ostensividade e o trabalho de vários olhos em equipe, o que somente a aeronave tripulada pode oferecer.
    Não descarto a possibilidade e não crio resistência, mas sabemos que a observação imediata no cenário para o gerenciamento e a efetividade no emprego dos meios conduz à eficácia na atuação policial; sabemos que a imagem e o som da aeronave policial, realmente, inibem intenções delituosas, mesmo em um simples voo de traslado.
    Temos que pensar na melhoria contínua dos processos para aumentar a efetividade e a economicidade no emprego do meio, mas nunca na economia “numérica” de recursos públicos, penalizando a preservação da vida.
    Como foi dito, o drone é uma realidade e as organizações de segurança pública não podem se omitir a ela.
    “Pensar fora da caixinha” para o emprego do drone é o ideal, enxergar as necessidades, inovar de modo disruptivo, criar valor oferecendo novos serviços à sociedade, complementar o serviço aéreo já existente.
    O voo não tripulado não deve ser planejado para deixar o helicóptero e o avião no chão, economizando combustível, mas para que essas aeronaves voem, salvem e protejam.
    O menos, o menor, o mais barato e o caminho mais curto nem sempre são a melhor decisão.

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