O pastel

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MARCUS VINICIUS BARACHO DE SOUSA

Qual seria a relação de um pastel com a aviação de segurança pública? Bem…acho que nenhuma, a não ser pelo fato de que o assunto me fez pensar um pouco.

Não faz muito tempo, enquanto assistia a um noticiário, observei uma reportagem sobre concurso de pasteis que estava sendo realizado no centro de São Paulo. Percebi que haviam muitos participantes e tinham critérios a serem avaliados pelos juízes, até que o produto fosse certificado. O que teria de impressionante na confecção de um pastel de feira? É algo simples de fazer e quanto poderia ser diferente um do outro?

Mas havia diferenças a serem consideradas, como o método de elaboração dos recheios e massa, seu armazenamento, tipo de óleo utilizado na fritura e qual a destinação dada ao que foi utilizado e demais sobras, atendimento, higiene e apresentação do produto.

Percebemos que fazer um bom pastel não é tão simples e depende de um processo produtivo bem elaborado. Com isso chegamos a conclusão que o método é tão importante quanto o resultado, não é apenas fazer mas fazer da melhor forma.

Agora fico pensando….se temos alguém que está preocupado em certificar o pastel que vende na feira, mostrando ao cliente que o produto oferecido (pastel), não é somente o mais saboroso, mas o melhor elaborado, nós que atuamos na Aviação de Segurança Pública, também não deveríamos buscar a certificação dos nossos serviços?

Qual é a melhor forma de fazer um salvamento aquático? Seria a do Grupamento Aéreo Paulista, Carioca, Mineiro, Pernambucano, etc…? Independente de quem fosse, não seria interessante identificar o melhor método e oferecer a sociedade a melhor forma de fazer?

Normalmente temos uma cultura de valorizar o resultado, esquecendo o método. Sendo positivo o resultado, tá tudo bem. Mas precisamos mudar isso e começar a dar importância ao método, identificando quais são os nossos processos produtivos e elaborando pesquisas contínuas de como realizá-los da melhor forma.

Não importa quem é mais eficiente ao realizar uma missão aérea de segurança pública, e sim que os bons métodos sejam identificados e realizados em todos os cantos do País.

A OASP (Organização Aérea de Segurança Pública) que aplica os conceitos de gestão com qualidade, enaltece as melhores práticas, padroniza seus processos, preserva seu património cultural e promove um ambiente saudável para sua força de trabalho, com segurança de voo e capacitação contínua.

Não podemos esquecer que sendo uma atividade de custos elevados e dependente do erário público, a Aviação de Segurança Pública depende muito de métodos eficientes e que garantam o aproveitamento de cada minuto voado, oferecendo a população o melhor.

Nós que trabalhamos nesse setor podemos até achar que fazemos bem, mas observe e verá que tudo pode ser melhorado e o aprimoramento contínuo, dá suporte ao crescimento da Organização.

Agora convido a todos para uma análise de seus respectivos métodos, identificando melhores práticas a cada dia, busquem a certificação de seu produto, a missão aérea de segurança pública!


O autor é Capitão da Polícia Militar de São Paulo, trabalha no Grupamento de Radiopatrulha Aérea – “João Negrão”.


1 COMENTÁRIO

  1. Excelente comparação a levantada pelo autor. A Segurança Operacional precisa mesmo de continuidade no que tange à análise, à melhora, ao aprimoramento.

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