OASP e os “Drenos” – R$60 mil reais em motivos para tratá-lo bem!

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Cap PM ANDRÉ LUIZ PAES
Comandante da BRPAe São José do Rio Preto/SP

Você, operador de OASP (pilotos, mecânicos e abastecedores) já refletiu sobre as consequências que uma simples amostra de “Dreno matinal” pode estar causando em sua base operacional e aos cofres públicos?

A fim de subsidiar alguns cálculos baseados em pesquisas recentes, consideraremos apenas as OASP do Brasil. Baseado em pequisa realizada pela SENASP, 2014, no Brasil, a frota de helicópteros já ultrapassa 2 mil unidades.

Em 2013, eram 45 OASP existentes (hoje, 47), munidas de 201 aeronaves das quais 132 eram helicópteros (108 alimentadas por Querosene de Aviação – QAV, ou universalmente falando, o JET-A1).

Foram contabilizados gastos com combustível para helicópteros da ordem de R$ 21,5 milhões e mais de 33 mil horas de vôo, com um movimento de mercado na faixa de R$ 100 milhões em investimentos, e o consumo de combustível de aproximadamente R$ 40 milhões. Mais de 80% dessa frota era de aeronaves abastecidas por Querosene de Aviação (QAV).

COMBHoje é sabido que, na grande maioria das OASP (e outras forças de segurança), no geral, o conhecimento e cuidados com esse produto basicamente resumem-se a uma pequena coleta dos tanques das aeronaves e caminhões tanques de abastecimento (CTA), observando-se então a olho nu e posterior descarte dos chamados “drenos” (tecnicamente falando, o nome correto é “amostra testemunho”).

Contudo, além de sua fundamental função como “prova material” nas próximas 24 horas ( período após em que será colhida nova amostra), o primeiro dreno matinal deve ser estocado em local limpo, seco e isolado do meio ambiente.

A grande pergunta, no entanto, é:

“Qual a destinação dada àquele dreno do dia anterior?” Seria possível reaproveitá-lo? Ou descartá-lo? Seja como for, como fazê-lo? Há algum padrão?

Há diversos questionamentos a serem levantados (E RESPONDIDOS!), mas qual a relevância do assunto para operadores de OASP?

Resumidamente elenco alguns tópicos a saber:
• Segurança de Voo
• Criminal
• Civil;
• Ambiental;
• Econômico;

Para as grandes empresas do Petróleo (BR, Shell, ABP etc.) o impacto de conferência sobre tais drenos, através de aparelhagem e capacitação (HOMEM, MEIO e MÁQUINA), traz uma economia de 95%, aos drenos aplicados em seus CTA, Tanques e Refinarias.

Considerando apenas o quesito “Economia”, tomemos como base uma configuração operacional mais simples das OASP brasileiras – uma aeronave e um caminhão tanque de abastecimento.

COMB1Seguindo as regras ditada pelos padrões de qualidade dessas empresas (pautadas na lei, segurança e eficiência) tem-se como gasto mínimo (somente em drenos) para cada OASP, o estimado em cerca de R$ 60 mil ao ano que são jogados, literalmente, no lixo!

Isto acontece apenas com uma aeronave e um CTA. Já imaginou o que poderia ser feito com esse montante, reaplicado em outras necessidades de sua OASP?

Ao considerarmos que em 100% das OASP pesquisadas não havia qualquer tipo de tratamento de reaproveitamento e descarte corretos, podemos vislumbrar qual o tamanho do prejuízo econômico gerado aos cofres públicos nos diversos Estados Federativos brasileiros.

Há ainda questões de Segurança de Voo (água e partículas somente a olho nu?), “Direito Penal Ambiental Econômico” inclusive, específico para a aviação e uma temática ainda nova às OASP – Sustentabilidade, a qual poderá afetar, implacavelmente, a imagem de sua OASP!

VALE MUITO a pena considerar e conhecer sobre o assunto.

4 COMENTÁRIOS

  1. O assunto é muito interessante. O que se observa é que poucos ou ninguém, tem respostas para essa questão. Descartes são sim, tratados com item sem aproveitamento, drenos são feitos sem padrão, sem o correto acomodamento e por aí vai. Parece que R$ 60.000,00 ao ano são jogados fora (considerando o exemplo dado), isso sem contar os efeitos perversos desse material, no meio ambiente.
    As OASP são públicas, não tem por objetivo gerar lucros, como no setor privado, porém, também não precisam gerar prejuízos. A inovação com a aplicação de novas práticas, podem tornar nossa operação mais eficiente e sustentável economicamente e ecologicamente.
    Um bom assunto para se desenvolver, parabéns! Aguardamos novas orientações.

  2. Na minha unidade, não se joga o dreno fora, ele é recolhido a um tanque específico e posteriormente volta para o caminhão, passando pelos filtros correspondentes.

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