Quem quer drone…

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MARCUS VINICIUS BARACHO DE SOUSA
Capitão da Polícia Militar de São Paulo

Com as possibilidades multimissão que os drones (RPA) oferecem a um custo bem reduzido, se comparado às aeronaves, percebe-se a movimentação e o interesse de várias organizações públicas para a obtenção desse equipamento.

Nas iniciativas observadas, nota-se o foco na execução e nem tanto na gestão, de modo que, essa ferramenta possa ser integrada aos processos produtivos organizacionais, e potencialize a capacidade de entrega de serviços para contribuir com a excelência no cumprimento da missão.

Diferente de um indivíduo que adquire um drone para lazer ou trabalho, as organizações públicas devem refletir um pouco mais sobre o emprego dessa tecnologia em suas rotinas de trabalho, pois, atuarão em benefício da sociedade.

No processo decisório para aplicação dos drones, deve-se pensar em algumas situações:

  • A Organização quer comprar um drone e deverá assumir toda a demanda que vem com essa decisão, levando-se em consideração a infraestrutura necessária para gerenciar a formação de pessoas, padronizações, homologações, manutenção, responsabilidades jurídicas em decorrência de inconformidades operacionais que possam ocorrer e logística para que não aconteça o sucateamento de material.
  • Contratar o serviço com operação (completo) de uma empresa especializada em drones, aproveitando-se da expertise e estrutura que já existe, agregando essa parceria aos seus processos operacionais. Nesse formato, basta pagar pelo serviço, não havendo preocupações em operar ou administrar um conteúdo que vá além de suas necessidades operacionais. Esse serviço inclui operação, software de tratamento de imagem, fornecimento do drone e seus acessórios, manutenção, seguro, treinamento, garantia, etc.
  • Contratar o serviço sem operação (parcial) de uma empresa especializada em drones, onde a operação fica sob responsabilidade da organização e o fornecimento de software de tratamento de imagem, fornecimento do drone e seus acessórios, manutenção, seguro, treinamento, garantia, etc. fica sob a responsabilidade da empresa contratada. Nesse modelo a organização oferta à empresa parte de sua estrutura, que pode operacionalizar o trabalho conjunto, dispor da mão de obra para atuar como operadores, ou oferecer as instalações físicas que possui.

A aquisição com serviço ou o modelo puro de serviço são exemplos que podem reduzir custos contratuais e viabilizar uma operação sustentável, racional e duradoura.

A simples aquisição do drone sem avaliação de suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, pode significar um futuro colapso operacional, comprometendo a imagem da organização, gerando deformidade nos processos, desperdício de tempo e recursos.

Finalmente fica a indicação da construção de uma Matriz SWOT para auxiliar na ponderação sobre qual caminho seguir.

Bons voos, com boa gestão!

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