Congestionamento faz paciente ser transportado por helicóptero para fazer transplante em SP

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Paciente de Santos precisava chegar ao Incor em duas horas, mas estava preso no trânsito.

Uma mobilização do Corpo de Bombeiros e do helicóptero Águia 11, do GRPAe da Polícia Militar, possibilitou que um rapaz de 19 anos, morador de Santos (a 68 km da capital), pudesse chegar a tempo de realizar um transplante de pulmão em São Paulo na manhã desta terça-feira (14). Ele espera há um ano e quatro meses pelo procedimento.

Rafael Faour Vasques recebeu a ligação do Incor (Instituto do Coração) por volta das 8h, com a informação de um órgão compatível com o que ele aguardava. Para realizar o transplante, o estudante deveria chegar ao instituto às 10h. O rapaz e a mãe, Karly Faour, embarcaram em um táxi no mesmo momento, mas ficaram presos no trânsito, na rodovia dos Imigrantes.

Embarque realizado no trevo de Diadema com a Rodovia dos Imigrantes

Desesperada, a mulher acionou o Corpo de Bombeiros de Santos e pediu ajuda, com medo que o filho perdesse a oportunidade de operação. O Corpo de Bombeiros acionou o Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar e pediu apoio do helicóptero Águia para a remover o paciente.

O GRPAe fez contato com a mãe e ao mesmo tempo foi contactado o Incor, a fim de colher maiores informações sobre o caso. Com todas os detalhes, a equipe de serviço do GRPAe orientou que aguardassem a aeronave próximo ao km 16 da Rodovia dos Imigrantes, no trevo de Diadema. Neste momento a aeronave decolava com a equipe médica. Poucos minutos depois a aeronave estava pousada no trevo de Diadema embarcando o rapaz.

O pouso na rodovia aconteceu por volta das 9h30 e o rapaz chegou ao hospital por volta das 9h50. A mãe dele diz que nunca tinha entrado em um helicóptero.

– Os bombeiros me auxiliaram pelo telefone o tempo todo. O foco era chegar logo no hospital, então não deu nem tempo de ficar com medo.

Dra Maristela auxiliando o embarque do rapaz para o transporte

De acordo com o Incor, o prazo para que o paciente chegue ao instituto depois de feito o contato é de no máximo duas horas, para que exista tempo hábil de realizar os procedimentos pré-cirurgicos.

O cirurgião Marcos Samanco, do programa de transplantes de pulmão do instituto, fala sobre a dificuldade do procedimento:

– Este é um dos transplantes mais complexos, por conta da fragilidade do órgão. O tempo de retirada do pulmão do doador e o implante no receptor tem que acontecer, no máximo, em seis horas. Por isso a localização e chegada rápida do paciente é tão importante para o processo de avaliação de compatibilidade.

O médico ressalta ainda que apenas 5% dos órgãos que chegam para doação são transplantados, por conta desta complexidade. Entre três e quatro transplantes deste tipo são realizados no Incor por mês.

Vasques nasceu com bronquiectasia, que é o alargamento dos brônquios (tubos que levam o ar aos pulmões). Esta distorção é considerada irreversível e em maio do ano passado foi detectada a necessidade de transplante para o rapaz.

Esta é a segunda vez que o estudante tenta a operação – na primeira tentativa o órgão do doador não teve condições para o procedimento.

Ten Marcelo, Dra Maristela, Cb Alfredo (Enfermeiro) e Cap Beni, equipe do Águia 11 pousado no heliponto do Hospital das Clínicas


Fonte: Luciana Bertolli, da Agência Record


11 COMENTÁRIOS

  1. É MUITO GRATIFICANTE LER AS NOTÍCIAS DAS MISSÕES CUMPRIDAS PELOS “ÁGUIAS” DA PMESP.
    SENTIMOS ORGULO DE TÊ-LOS COMO ALIADOS.
    FIQUEM COMO DEUS, E CONTINUEM A VOAR SIPAER.
    VALEU BENI !!!
    CAP PMPE ROMILDO – ASP92.

  2. Grande Beni!
    Que missão mais gratificante, hein comandante?
    Mais uma em que, sem a participação do helicóptero, não haveria desfecho positivo.
    E estamos falando de vidas…
    Parabéns a você e sua tripulação, amigo!!!
    Esse é o nosso verdadeiro “salário”.
    Ter a certeza de que, em ocorrências como essa, a nossa contribuição foi para alguém, até então inclusive anônimo, decisiva para ele permanecer neste plano terreno por mais algum tempo junto aos seus familiares…
    Forte abraço.

  3. Olá blogueiro,
    É muito importante também incentivar a doação de órgãos e conscientizar as pessoas sobre a importância deste gesto de solidariedade.
    Para ser doador de órgãos não é preciso deixar nada por escrito. O passo principal é avisar a família sobre a vontade de doar. Os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte. Divulgue a ideia e salve vidas!
    Para mais informações: [email protected]
    Ministério da Saúde

  4. Parabéns pelo excelente trabalho da equipe. É uma legítima demonstração de que a aviação de segurança pública literalmente “passa por cima” de qualquer problema para melhor atender à sociedade.

  5. Caro Beni e tripulantes….

    Parabéns por mais essa missão….Bonito termos a possibilidade de salvarmos uma vida.
    Fazer parte desse time é um privilégio.
    Aos Rotores…

  6. Muito obrigada por dar auxílio ao meu amigo . Que Deus abençoe , muito obrigada por o ajudar .Agora eos médicos e Deus .Agradeço do fundo do meu Coração 🙂

  7. Gostaria de agradecer imensamente a toda equipe e bombeiros que me auxiliaram no transporte do meu filho para o Incor. O transpalante dele foi um sucesso, ele ja saiu da uti e esta na enfermaria se reestabelecendo da cirurgia… todas as noites eu e ele oramos e pedimos a Deus que abençõe e proteja a todos que nos ajudaram. Quero deixar registrado minha eterna gratidão a todos tambem a equipe do aguia pelo amor, proteção e competencia profissional num momento tão delicado. Obrigado que Deus abençõe a todos.

    • Karly, que Deus abençoe seu filho e sua família….nada tenho a dizer, os fatos falam por si.

      Você tem muita FÉ e isso ajudou na cura de seu filho. Você ACREDITOU. Você CUIDOU. Você NÃO DORMIU. Você LUTOU. Você AMA. Você é a maior responsável pela cura de seu amado filho, nós fomos apenas os instrumentos de sua FÉ, apenas encurtamos o caminho.

      Fique com DEUS.

      Cap PM Beni
      Piloto do GRPAe SP

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