Embraer e Helibras: jogo de xadrez no mercado de helicópteros brasileiro

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EmbraerApesar de ser o quarto anúncio recente de que um fabricante de helicóptero irá abrir uma linha de produção no Brasil, não há como negar que o anúncio da “joint venture” Embraer/AgustaWestland no mercado de helicópteros é um movimento de peso no tabuleiro. Veja a repercussão na notícia pela análise de mercado da Embraer (jornal Valor Econômico) e da Helibrás (jornal Brasil Econômico).

 


 

Embraer amplia atuação para reduzir risco

A criação de uma joint venture entre a Embraer e a companhia de helicópteros AgustaWestland, controlada pelo grupo italiano Finmceccanica, anunciada recentemente, é mais uma demonstração do plano estratégico de diversificação de atividades da fabricante brasileira.

O acordo entre a fabricante brasileira e a AgustaWestland, segundo informou a Embraer, pode levar à produção dos helicópteros da marca italiana no país, tanto para o mercado comercial quanto militar no Brasil e na América Latina.

Segundo uma fonte ouvida pelo Valor, um dos focos da nova empresa são os mercados militar e de segurança pública, hoje dominado pela Helibras, fabricante de helicópteros no Brasil e controlada pelo grupo francês Eurocopter.

Entre os negócios que chamam a atenção dos fabricantes de helicópteros atualmente é a concorrência da Marinha brasileira, que prevê a aquisição de 24 helicópteros multimissão para substituir a sua frota de Esquilo até 2015. Segundo o Valor apurou, a Marinha já enviou os pedidos de proposta para as empresas interessadas.

Há 35 anos no Brasil, a Helibras detém a liderança em todos os mercados onde atua, sendo 80% no segmento de segurança pública, 66% no militar e 48% no mercado civil. O presidente da empresa, Eduardo Marson, disse que não teme a concorrência, pois não é fácil chegar ao estágio em que se encontra a Helibras hoje, com mais de 700 helicópteros produzidos no Brasil, inclusive com alto valor agregado, como o modelo EC 725, que está sendo fornecido para as Forças Armadas.

“Competição é competição, mas esperamos que as regras sejam válidas para todos. O valor agregado dos nossos helicópteros é medido pelo BNDES “, afirmou Marson, referindo-se ao projeto de nacionalização do 725.

A decisão da Embraer de entrar no mercado de helicópteros, segundo o executivo, não afeta os planos da Helibras de continuar investindo no Brasil e muito menos de prosseguir com o projeto de um centro de engenharia que vai permitir ao país projetar um helicóptero nos próximos seis anos.

A Helibras investiu R$ 420 milhões na construção de uma nova fábrica em Itajubá (MG) para atender à produção de helicópteros para as Forças Armadas Brasileiras e também para a modernização da frota de helicópteros do Exército. O número de funcionários será multiplicado por quatro e em 2015 chegará a mil.

Questionada sobre a escolha da AgustaWestland para fazer uma parceria na área de helicópteros, a Embraer informou que “está sempre avaliando oportunidades na indústria aeronáutica que incluam também a transferência de tecnologia, e entende que há oportunidades no Brasil e na América Latina para os produtos AW”.

A empresa comentou ainda que considera a AgustaWestland uma parceira confiável, com uma série moderna e abrangente de produtos, tecnologia e soluções para atender às diversas exigências de toda a região.


 

Helibras já reage ao anúncio da Embraer de fabricar helicópteros

A possibilidade de a Embraer tornar-se fabricante de helicópteros brasileira pode ser uma pulga atrás da orelha, mas não afeta os planos da Helibras — até agora a única indústria da América Latina nesse mercado — de manter sua estratégia de conseguir projetar o primeiro helicóptero no Brasil e comemorar 35 anos de atuação no país com grande expectativa de crescimento de produção e de novas contratações.

“Nós já fabricamos 700 helicópteros e temos desenvolvido tecnologia para ampliar cada vez mais a participação do produto nacional em nossas aeronaves. Não se consegue isso de uma hora para outra”, comemora Eduardo Marson Ferreira, presidente da Helibras, em entrevista exclusiva ao BRASIL ECONÔMICO.

Caso seja consolidado, o acordo da Embraer com a Agusta traz para dentro do Brasil uma concorrência global, já que as quatro maiores fabricantes mundiais de helicópteros são justamente a franco-alemã Eurocopter (dona de 75% da Helibras), a italiana Agusta, a Sikorsky (EUA) e a Bell (EUA). “Acho que seria o caso de perguntarmos: qual outro país tem duas fabricantes de helicópteros em um mesmo local?”, questiona Marson, ponderando que um cenário assim deve trazer aumento de concorrência por mão-de-obra, fornecedores e tecnologia — e não apenas de produção e venda —, algo que, até então, só tem sido viável no mercado americano, o maior do mundo, especialmente na área militar.

Considerando a alta expectativa de crescimento da demanda brasileira, alguns especialistas acreditam que haja espaço para esse tipo de concorrência, caso ela realmente se concretize. Não é a primeira vez que a Agusta sugere investir em uma linha de fabricação brasileira, mas só agora passa a contar com uma parceria de peso como esta da Embraer.

No entender do presidente da Helibras, contudo, talvez seja preciso olhar com mais atenção o comunicado distribuído pela fabricante brasileira de aviões. “O texto fala especialmente em um acordo de marketing. Penso que essa seria a prioridade da parceria”, diz.

Com uma nova fábrica inaugurada em Itajubá (MG) em outubro — que envolveu o investimento de US$ 430 milhões —, a Helibras começa a cumprir um grande acordo para fornecer 50 aeronaves para as Forças Armadas Brasileiras. A previsão de Marson é de que, a partir do ano que vem, grande parte dessa encomenda seja entregue, num processo que deve terminar em 2017. Por enquanto, ele conta, já saíram da fábrica cinco helicópteros.

Foi justamente a criação da Estratégia Nacional de Defesa pelo governo brasileiro, em 2008, um dos principais fatores que impulsionaram a parceria entre a Helibras e a Eurocopter. Atualmente, 11% do valor agregado nos modelos entregues às Forças Armadas são nacionais, ou seja, composto por peças e componentes fabricados por indústrias brasileiras. Mas, até 2017, as aeronaves militares estarão sendo entregues com 50% de índice de nacionalização, segundo Marson.

A Helibras também produz um dos modelos de maior comercialização, o Esquilo, hoje com 48% de peças e componentes brasileiros. “Na versão policial do Esquilo já alcançamos mais de 50% de nacionalização”, diz. Todo esse crescimento já permitiu que a empresa ampliasse de 260 para 750 o número de seus funcionários. Até o ano que vem, eles devem somar 950.


Fonte: Valor Econômico (via clipping Exército) e Brasil Econômico

18 COMENTÁRIOS

  1. isso e otimo concorrencia sempre traz beneficios ao consumidor alem do mais o Brasil tem que que sair dessa de monopolio e feudo temos recursos materiais e pessoal se faltar importa. o importante e ser competitivo. parabens a Embraer pela iniciativa. coisas tipicas do general oziris.um empreendedor nato.

  2. Concorrência é sempre bom! Principalmente porque a Helibras não está dando conta do recado, é inegável seu crescimento, mas o pós venda é horrível, minha empresa está com helicópteros parados por falta de peças, que já fazem mais de 06 meses que foram pedidas. Pedimos antes da anv entrar em inspeção, ela entrou e não chegou as peças. É um absurdo, como uma multinacional não consegue entregar as peças, coloca a cadeia produtiva para produzir.

  3. Prezados internautas,

    Eu gostaria de saber de onde saiu a afirmativa de que não há concorrencia no Brasil ? Eu gostaria de saber qual foi o cliente privado que comprou helicóptero da Helibras e descartou o concorrente estrangeiro porque é um patriota e deu preferencia para a industria nacional ? Eu gostaria de saber quem é o cliente publico que comprou Esquilo sem licitação justificando que é o único produto nacional ? Que eu saiba, as aquisições pelos Órgaos publicos são feitas através de licitação pública ou por inexigibilidade por padronização de frota. E no caso dos clientes civis, eles dão preferencia pelo financiamento do BNDES e porque gostam do Esquilo e do tratamento da Helibras. E os clientes que compram Dauphin, EC 145, EC 135…? São aeronaves fabricadas na Europa, da mesma forma que os concorrentes. Porque será que eles compram da Helibras ? Será que é para prestigiar a industria nacional ? Sinceramente, eu não acredito. Para mim, eles compram porque acreditam que estão fazendo um bom negócio (custo x benefício) e porque confiam no produto.
    Outra questão que considero importante é : Qual foi o cliente governamental
    Além disso, a Joint Venture que se forma, terá uma gama de produtos que não concorre nem com o Esquilo e nem o EC 725, modelos que são fabricados pela Helibras. Acredito que o concorrente visa outra categoria de aeronaves. Para concorrer com o Esquilo, tem que fabricar algo com preço competitivo, senão vao continuar perdendo no preço.

  4. Complementando, gostaria de citar outra questão que considero importante:

    Qual foi o cliente governamental que ao publicar seu edital de compra de aeronave, considerou a MARGEM DE PREFERÊNCIA NACIONAL determinada pelo Governo federal ? O Esquilo versão civil tem 43% de nacionalização comprovada e na versão policial pode chegar a 60%, em função de sua configuração de equipamentos de uso policial e resgate. Quem faz essa compensação na hora de comparar preço ? Ninguém… ninguém quer fazer essa comparação porque acham que vão pagar mais caro, que a Helibras vai se aproveitar e aumentar seu preço…
    Mesmo sem a Lei federal ser cumprida, a Helibras vence as licitações com seu produto nacional contra os preços dos produtos estrangeiros equivalentes. Sabem no que isto implica ? A industria perde riqueza. Alguém sabe quanto custa para fabricar um helicoptero ? O custo é alto. Portanto, amigos, não se iludam, isto não gera competição nenhuma, nem faz o preço ser reduzido. Porque o preço já está reduzido. Um Esquilo sempre teve menor preço que 1 Bell 407 ou 1 Koala. É fato.
    Quando a JV estiver produzindo no Brasil seu (s) produto (s) o cliente publico continuará a fazer licitação. E se optar pela margem de preferencia nacional, como não faz hoje, haverá 2 concorrentes nacionais concorrendo os os demais estrangeiros.
    Quanto à afirmativa de que a Helibras não está dando conta na pós venda, eu gostaria de esclarecer que a fábrica só presta apoio direto a cerca de 30% da frota existente no Brasil. A grande parte da frota é manutenida por outras Oficinas existentes no país e que compram peças fora do pais através de brokers. Quando não conseguem, recorrem à Helibras e nesses casos nem sempre temos como atender de imediato, porque não fez parte do planejamento de aprovisionamento de material. Como atender um cliente que faz manutenção com outra oficina e a Helibras não tem compromisso com ele para fornecer material e nem tem acesso ao seu planejamento?

    Porque dizer que há monopólio ? A PRF comprou 1 Bell 412 por inex, a PMSC comprou 1 monoturbina por licitação que só uma empresa concorria, assim como fez o Gov. Alagoas, no Rio foram comprados 2 hes por inex sem ter nenhuma justificativa plausivel. Monopólio é quando o cliente é obrigado a comprar um determinado produto. Quando há concorrencia, seja qual for a modalidade, e a mesma empresa ganha na maioria das vezes, não é monopólio. É competência.

    CMTE AYRES – PLAH 0552

  5. Cmte Ayres,

    O Senhor é representante de vendas de helicópteros da Helibras e também foi representante de vendas de helicópteros da Bell.

    Não seria um pouco tendencioso uma opinião tão “calorosa” em defesa da Helibras. O pós venda da helibras é muito ruim, hoje existem diversos helicópteros parados no Brasil por falta de peças de reposição e quando é efetuado um pedido, os prazos são absurdos para entrega do material.

    Não seria interessante um levantamento por parte de quem vende, em saber qual o número de aeronaves que estão paradas por falta de peças?. Será que os proprietários de aeronaves da Helibras estão recorrendo a “brokers” não é por que a Helibras não tem peças para reposição imediata?, ou estou errado?

    Sabe qual é minha opinião: O Brasil precisa de Empresas que tenha um pós vendas de qualidade, e sinceramente espero que os nomes – Embraer e Agusta, traga para o Brasil no quesito de helicópteros, a mesma evolução que aconteceu aos veículos nacionais depois da era “Collor”.

    Que venha para nossa Pátria: Bell, Agusta, Sikorsky e até os russos, afinal a concorrência é com certeza salutar.

    E que venha representantes de vendas eficientes, competentes e determinados como os da Helibras, o Brasil precisa disto!. O Brasil precisa de concorrência.

  6. Isso que é importante nesse site Piloto Policial….o debate! Lembrem que o contraditório é construtivo e abre a oportunidade de identificarmos as necessidades perante a capacidade que essa ou aquela empresa tem de de atender. Não existe espaço vazio, sempre vai aparecer alguém para preencher e suprir uma necessidade que não é atendida, o que não significa que será bem atendida.
    Caberá ao gestor a análise e decisão, para que não comprometa sua operacionalidade, na aquisição dessa ou aquela aeronave.
    Abraço
    Cap Baracho

  7. O que vale é a proposta mais vantajosa para Administração – o melhor produto pelo menor preço – atendidas as exigências mínimas de habilitação. A Lei nº 8.666/93, com suas recentes alterações, já contempla a preferência e o fomento da indústria nacional em seu art. 3º. As regras estão formadas, independentemente da ardorosa defesa subjetiva de cada um. Que vença o melhor, em um processo justo e transparente. cabe a nós, cidadãos, fiscalizarmos. Bons voos a todos, seja em qual máquina for…

  8. Prezados amigos, não há dúvida que o esquilo é uma aeronave fabulosa em sua categoria, ou seja, um ótimo produto. Mas este equipamento entrou no Brasil através de Projetos de Off Set, como o do EC 225 hoje, através de grandes encomendas pelas FFAA, onde acho que este será o foco da Embraer e Agusta, atender aos clientes FFAA e Off Shore. Nós da Segurança Pùblica ainda estamos, e estaremos sempre à mescê das aquisições por menor preço, de forma individualizada e “vala comum”, pois não temos represnetantes governamentais, capazes de propor um programa de entrega de aeronaves para todo o Brasil, através de uma encomenda Off Set para a Aviação de Estado ao longo de 10 anos, estamos “Sem Pai e Sem Mãe”. Hoje, com 17 anos de aviação e sempre um operador esquilo e Helibrás, acho que o namoro acabou. Tenho insistido, muito, para que a Helibrás faça um fórum de discussões com seus clientes, na maioria, insastifeitos com o pós-venda e com a venda, para medir o grau de satisfação. Vejo que a Helibrás abraçou o mundo com o Projeto EC 225 e deixou de lado os operadores, por falta de estrutura e contando com a sorte de ser exclusiva no Brasil, onde dificilmente perderá seus clientes governamentais, seja no serviço, seja o fornecimento de peça, mas tem virado alvo de críticas, decepções e frustrações, coisa ruim para uma empresa deste porte. Ciostumo dizer que a Helibrás tem muito problemas, mas ela agradece muito a imcopetência comercial das concorrentes, e isso falo sem exceção. A falta de compromisso das concorrentes com o pais e com os operadores é muito grande, por isso a Eurocopter deita e rola no mercado, que domina como ninguém deste os anos 70. Por isso amigos, ruim com a Helibrás, esperimentem sem ela. A inciativa da Agusta estou ouvindo isso à mais de 15 anos, espero realmente que a Embraer coloque isso em prática, mas para nós Segurança Pública, vai demorar muito, até chegar em nós, pois somos cordeirinhos, fisiológicos, omissos e muitos casos, acomodados, autoflagelados, sob a ótica de que não vamos nos indispor, e aceitamos o vier, seja oito ou oitenta, sem fazer juizo de valor do que é melhor, o importante pra nós é voar, não o que é melhor para a administração. É a minha opinião. Podemos melhorar, mas precisamos crescer como profissionais, antes de ficar com “mi mi mi”. Bom fim de semana

    TC Gonçalves
    PMDF

    • Acho interessante o jogo de empurra que se está se criando no mercado de helicópteros do Brasil. Na verdade, ele somente está se reforçando, porque existe há um bom tempo. Cada um defende o seu e não mede esforços para culpar o outro. É a Helibras dizendo que a culpa de tudo de errado é do mercado, a Segurança Pública diz que é da falta de concorrência, a concorrência diz que é da Helibras e o ciclo vicioso está formado. Agora, cada um fazer sua parte que é bom, nada.

      Observando a condição da Helibrás no mercado entendo e admiro a arquitetura montada para que a empresa se beneficiasse em praticamente todo o processo de produção de uma aeronave. Ela foi a pioneira, trouxe avanços importantíssimos, desfrutou e ainda desfrutará de um bom período na liderança do mercado e como o próprio Presidente da empresa, diz: “Não se consegue isso da noite pro dia”. A empresa ainda terá uma vasta vantagem sobre seus concorrentes e isso é indiscutível. No entanto, as atuais reclamações e questionamentos são em sua maioria sinais claros e evidentes de que a demanda do mercado está acima da capacidade operacional da empresa. Ou seja, a água está transbordando no copo da Helibrás. Fato! Medidas foram tomadas, a empresa recebeu mais investimentos do Governo Federal e ampliará sua capacidade operacional nos próximos anos. Agora fica a torcida para que sua capacidade de manutenção aumente para, pelo menos, 60%. Porque vender mais de 700 helicópteros e manter somente 30%, sei não. Cadê os órgãos de fiscalização?

      Grande parte deste transbordo, meu caros, foi gerado por vocês mesmos. Há o mercado civil, há o mercado off-shore e há o mercado governamental, que juntos vem ao longo dos últimos 30 anos demandando somente produtos “nacionais”, com ou sem Lei Federal. Por confiança, por custo x benefício, por facilidade, por interesse próprio, não sei. Não tenho dúvidas e concordo com o TC Gonçalves de que as empresas concorrentes não estão atuando de forma mais enérgica no país, principalmente, no setor da AvSegPub. Contudo, todas elas, sem exceção, TC Gonçalves, estão apresentando crescimento em suas vendas no mercado como um todo. Mensagem clara de que tem cliente disposto a pagar mais caro para ter um serviço de qualidade, do que viver de pires na mão. Infelizmente, o único mercado que ainda não foi aberto, e a Helibrás continua nadando de braçadas, foi o mercado em que o senhor está inserido. Por quê? Tenho certeza de que grande parte das respostas está no seu desabafo final.

      A lentidão e até mesmo a falta de planejamento por parte do Governo ocasiona o que está acontecendo, hoje. Uma demanda cada vez maior e um atendimento cada vez pior. Não é a toa que o número de Esquilos “hangarados” por falta de peças e mão-de-obra qualificada só aumenta. Se falarmos de outras aeronaves então aí que a questão fica ainda mais complicada. Não é preciso realizar um Fórum para saber disto, este é um fato notório. As respostas e a insatisfação geral é latente, venderam muito e não estão suportando a demanda. Ou acha que existe outro motivo para as vendas no ano de 2012 terem diminuído consideravelmente?

      Por fim, sem querer esgotar a questão, reforço que seja feito um trabalho orientado. Busquem a parceria do Ministério Público, da AGU, da PGR, enfim, de quem for preciso para que novas empresas tenham reais condições de competir com a Helibrás nas licitações. O próprio representante da empresa deixou claro que o Esquilo vai vencer todas as licitações. Diante disso, por quê então não alterar o tipo de aeronave das licitações? Por quê não buscar uma faixa de mercado em que realmente haja competição? Ou, por quê não fragmentar o mercado em categorias? O Esquilo tem a sua aplicabilidade na AvSegPub, mas não em todas as áreas como estão fazendo. Tenho certeza absoluta de que as coisas começarão a mudar para a AvSegPub e para os senhores se houver um pouquinho mais de ousadia.

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  9. Eu não sou profissional ainda e nem da AvSegPub como os foristas, mas faço a pergunta.

    Mesmo que determinado cliente não tenha o contrato de manutenção com a HELIBRAS, ela sabe do nro de exemplares que está voando de determinado modelo. Certo ?

    Caso isto esteja correto não é preciso um esforço super-humano para manter um bom estoque de sobressalentes, mais do que ninguém o fabricante sabe o que é trocado com mais frequência no aparelho e um aparelho parado por falta de peças, independente de ter a manutenção contratara a HELIBRAS ou não, pega mal para a empresa.

    Ninguém é obrigado a levar o seu helicóptero, automóvel, motocicleta, etc.. na autorizada.

    O que é necessário é ter peças a venda para pronta entrega.

    Quanto a concorrência e globalização, quem tem competência não tem o que temer.

    • Concordo contigo, Sempre tivemos esta mentalidade de manter um estoque adequado as nossas necessidades, mas ela não está entregando nada. Minha empresa tem mais de 400 mil reais em peças compradas na Helibras e eles não entregam nada. Os meses estão passando as inspeções continuam e muitas peças já acabaram, ou estão acabando. Tem Helicóptero parado esperando arruela para trocar e poder terminar a inspeção e não chega. Será que as empresas que vendem para a Helbras não estão produzindo porquê não tem mais explicação, meses de atraso não é normal.

  10. Gostaria de ler a réplica do Sr. Ayres, afinal ele teria a obrigação de responder aos questionamentos e observações feitas após a sua postagem?

    Queremos ler os novos argumentos e suas novas ponderações sobre o pós venda da Helibras.

    Pedro Correia
    Piloto Comercial de Helicóptero
    Brasília/DF

  11. Caro amigo, AvSegPub, concordo com você, e dou minha cara a tapa, mas o mal está feito, criamos um monstro, e precisamos reduzir os estragos, pois é a sociedade que estará sendo prejudicada. Quanto à helibrás ela deve rever seus conceitos e buscar soluções claras, junto aos operadores, para mitigar esta deficiência em seu pós-venda, isso fará bem para todos. Quanto ao mercado, a abertura é inevitável e demorou, mas realmente espero mais cerelidade neste processo e quanto aos operadores, já estamos pensando em comprar por “técnica e preço” e não menor preço, comprar semi-novos de outras marcas, fazer concorrência internacional com especificações mais seguras e completas, aumentando a qualidade do produto pretendido. O fato é, temos que comprar o que precisamos, e não o que as empresas querem “entubar” na administração pública. Mas sei que isso é um processo e esta discussão é um exemplo de que as coisas mudarão.

    TC Gonçalves
    PMDF

  12. Caros companheiros debatedores.

    Em primeiro lugar, muito bom saber do grande interesse e participação neste assunto. Isso demonstra engajamento e permite uma troca de informações e opiniões que contribuem para o fortalecimento do setor de asas rotativas.

    Em relação às observações sobre aeronaves paradas por falta de peças, não tenho como avaliar senão caso a caso, uma vez que, como eu escrevi, nem todos os helicópteros fabricados ou comercializados pela Helibras realizam a manutenção com a empresa, o que nos impede de acompanhar a situação específica de cada uma delas.

    Explico também que não é possível manter um grandioso estoque de peças imaginando que todos os operadores nos procurarão algum dia. É preciso trabalhar com planejamento. Quando aqueles que não realizam a manutenção regular conosco nos procuram, tentamos agilizar ao máximo os seus pedidos; porém, além de uma programação de produção que muitas vezes depende de diversos fornecedores estrangeiros, há ainda a questão do frete e dos trâmites alfandegários exigidos para a liberação e nacionalização de materiais, os quais são componentes importantes na determinação do tempo de resposta para a chegada de uma peça em nosso país.

    No caso de operadores governamentais, esse tema é ainda mais delicado, uma vez que, em vários casos, há a necessidade de realização de processos licitatórios para a compra de cada peça, o que também representa acréscimo de tempo e, em muitos casos, aeronaves paradas.

    Ou seja, é preciso conhecer o histórico de cada aeronave que esteja parada para se entender o problema, que é específico em cada caso. Quero aqui me disponibilizar para ajudar nessa questão. Afirmo que nosso foco é “fazer o cliente voar”. Não queremos ver nossa frota no chão.

    Mas, o foco da questão é outro. O assunto é a implantação de uma nova empresa produtora de helicópteros no país e a concorrência (com os respectivos benefícios) que isso vai representar. Para tanto, é preciso avaliar qual a estrutura que essa nova empresa terá e quais as vantagens efetivas que isso trará para o mercado como um todo. Quando se fala em fábrica de helicópteros ou aviões, não se pode focar a discussão apenas em um ponto. É preciso analisar os impactos em toda a cadeia produtiva do país. Reitero que minhas colocações não estão contrárias à futura existência de mais uma fábrica de helicópteros no Brasil, mas que devemos refletir se isto realmente provocará maior concorrência e melhores opções para o mercado, pois conforme já citado anteriormente, os produtos nacionais da Helibras são a família Esquilo e o EC 725, produtos que não têm similar no concorrente que anuncia sua vinda para o Brasil.

    CMTE AYRES – PLAH 0552.

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