Reinaugurada a galeria do Curso de Tripulante Operacional do CBMDF – começa a história do TOP/GAvOp

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LÚCIO KLEBER BATISTA DE ANDRADE

No dia 26 de janeiro, foi realizada a reinauguração da galeria do Curso de Tripulante Operacional do CBMDF, ocasião em que o quadro de fotos do CTOP 2009 foi fixado na honrosa galeria.

Distintivo de ombro - TOP

Nesse dia foram também homenageados o Maj Noble, ST Alexandre, SGT Júnior e SGT Paulo Fernando, que por ora deixam o GAVOP para assumirem novas funções junto ao Governo do Distrito Federal. Aos amigos, que a volta ao ninho seja o mais breve possível! Boa sorte em mais essa missão, contem sempre conosco!

Segue abaixo um breve histórico do tripulante operacional no GAVOP e um vídeo da turma de 2009, com uma compilação de imagens selecionadas pelo SGT Higor – TOP 84.

Histórico do TOP do GAVOP/DF

A aviação do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal(CBMDF) já se aproxima dos 25 anos de existência. Iniciou-se em 1986, quando o CBMDF passou a integrar a Seção de Helicópteros (SECHEL) da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Em 1991, o Governo do Distrito Federal(GDF) já possuía três helicópteros modelo HB 350 B “Esquilo”, sendo que a 1ª delas foi adquirida com a destinação inicial para o serviço do Corpo de Bombeiros. (BARBOSA, 2001, p. 58)[1].

Antigo Carcará 1(PT HLZ) e Tripulação da SECHEL Fonte: Arquivo GAVOP.

No âmbito do CBMDF a função de tripulante operacional evoluiu de forma paulatina da mesma maneira que o próprio serviço aéreo de resgate. Iniciou com os primeiros militares colocados à disposição do serviço, que com o passar dos anos buscaram aprimorar seu conhecimento junto a outros órgãos ligados a atividade aérea, agregando com o tempo uma identidade mais definida para a função.

Inauguração da iluminação noturna do heliponto da "TOCA", SECHEL, 1992. Fonte: Arquivo GAVOP.

De maneira geral, as unidades aéreas de segurança pública ao longo do país tem se desenvolvido como unidades mistas, compostas por profissionais da área policial civil e militar, e dos corpos de bombeiros. Muitos estados optaram por uma estruturação integrada dos seus serviços, organizando-se em equipes multifuncionais, uma vez que os investimentos iniciais para implantação destes serviços eram elevados.

Efetivo da Seção de Helicópteros(SECHEL) da SSP-DF

A administração acreditava que assim poderia obter o melhor aproveitamento destes recursos nas diversas áreas de segurança e defesa civil. Para melhor exemplificar, supondo a existência de recurso para aquisição de um único helicóptero, é plenamente razoável que o administrador opte por colocar o recurso à disposição integrada dos diversos órgãos de segurança, para suprimento de suas demandas.

Contudo, é fato que as necessidades de cada órgão, bem como a natureza de suas missões são muito bem distintas. No Distrito Federal, Barbosa (2001) descreve que a administração adquiriu em 1986 a primeira aeronave com base nas demandas existentes para o Corpo de Bombeiros, que destinou efetivo à época para composição deste serviço.

Campeonato de voo livre, Vale do Paranã - São Gabriel, GO, 1995. Fonte: Arquivo GAVOP.

Em 1991, cada instituição já operava a sua aeronave separadamente com sua respectiva tripulação. Em 1996, houve por parte da administração a opção de destinar as aeronaves exclusivamente para cada instituição, nessa ocasião houve a descentralização e o CBMDF iniciou seu caminho na gestão autônoma de sua atividade aérea.

Desde 1991, as tripulações para as ocorrências de bombeiro eram compostas essencialmente por bombeiros, mas com a separação administrativa das unidades aéreas, cada instituição pôde promover um melhor desenvolvimento de suas atividades, direcionando seus esforços exclusivamente para o desenvolvimento de suas missões específicas.

Estágio de formação de TOP, AIB, 2001. Precedeu o CTOP. Fonte: Arquivo GAVOP.

Na busca de melhor aperfeiçoamento e aumento da qualidade técnica de seu efetivo de sete militares, o CBMDF promoveu treinamentos diversos, selecionou militares de destaque, enviando-os para realizarem cursos em outras instituições. Como consequência da crescente demanda e evolução do serviço houve a necessidade de se padronizar a formação dos militares que compunham o SAeR, o que motivou a criação de um curso específico para essa formação, iniciativa que partiu dos próprios tripulantes pioneiros.

O Curso de Tripulante Operacional (CTOP) do CBMDF foi criado no ano de 2001[2], mas antes mesmo dessa data a corporação já adotava a denominação de TOP para os tripulantes do SAeR. Na portaria de criação o comando destaca as necessidades do CBMDF para a função, mencionando as responsabilidades do Serviço Aéreo de Resgate (SAeR) na execução das operações aéreas nas missões de busca e salvamento, combate a incêndios urbanos e florestais, atendimento pré-hospitalar, transporte aeromédico, transportes e voos diversos.

Brevê do TOP, CTOP.

Discorre a mesma portaria sobre a responsabilidade do tripulante na execução direta nas missões de socorros de urgência e emergência, sendo esse indispensável no auxílio ao piloto, quando em operação, destacando a necessidade de conhecimentos específicos. Descreve ainda quanto ao nível especialização e sincronia dentro da tripulação. Diante da inexistência de curso específico no CBMDF, uma vez aprovada a proposta apresentada a Diretoria de Ensino, o comando então resolve criar o referido curso. (CBMDF, 2001).

A portaria de criação do curso demonstra claramente em seu texto a relevância dada pelo comando à função, e representou um marco na iniciativa de padronização da formação desses profissionais.

Foram realizados CTOP nos anos de 2002, 2005, 2007 e 2009, em todos estes anos a corporação foi solicitada a ceder vagas para instituições de outros órgãos e estados da federação, deste modo o curso tem se firmado como referência na formação de tripulantes para as atividades de Bombeiro.

Com a criação do curso os tripulantes pioneiros, oficialmente reconhecidos como possuidores do conhecimento a ser repassado no curso, passaram a compor a equipe de formadores, ostentando os distintivos regulamentares criados e atribuídos aos TOPs. A partir desse período então, todos os tripulantes foram formados por meio do CTOP.

Efetivo e aeronaves do 1º Esquadrão do GAVOP.

O curso possui hoje em sua grade curricular[3] um total de 425 horas aulas, sendo 363 horas das disciplinas curriculares e 62 horas das disciplinas complementares ao ensino. Na grade curricular publicada as horas estão distribuídas entre as disciplinas curriculares de Operações Aéreas, Educação Física Militar, e Orientação e Sobrevivência, e nas complementares com Visitas e Palestras, à disposição da coordenação e treinamentos, cada disciplina possui um Programa de Unidades Didáticas (PUD) estruturado e detalhado com os assuntos abordados.

Desde a criação do CTOP, o CBMDF formou 55 tripulantes, sendo 37 do CBMDF e 18 tripulantes formados para outros órgãos e corporações dos estados do Rio de Janeiro, Alagoas, Acre, Goiás, Mato Grosso, Amapá, Pernambuco, além de TOPs para a Polícia Civil do DF. Antes do CTOP, foram ainda formados 44 tripulantes, pioneiros e idealizadores da padronização dessa formação com a criação do CTOP.

Em 2009, a contagem tradicional realizada entre os tripulantes alcançou o TOP 99. Quem estará disposto a ser o TOP 100 em 2011?!? Prepare-se e faça parte de grupo!

Confira o vídeo do Curso CTOp 2009:

“VOAR, PAIRAR, SALVAR!”


Fonte: Escrito por Lúcio KLEBER Batista de Andrade – Cap QOBM/Cmb – CBMDF – Pil. 20 para o Blog Resgate Aéreo.


Referências:

[1]BARBOSA, Luiz Henrique A.. O emprego operacional do helicóptero no CBMDF: A análise qualitativa do processo decisório e a sua influência na efetividade do recurso aéreo na Corporação. Monografia (Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais) – Centro de Altos Estudos de Comando, Direção e Estado Maior, Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Brasília, 2001.
[2] CBMDF, Portaria n.º 35, de 5/10/2001, BG n.º 192, de 11/10/2001.
[3] CBMDF, BG n.º014 de 22/1/2003


Nota do site:

A quem interessar – CTOp 2011:
– Inscrições: 07 a 11 de fevereiro 2011;
– Período: 08/04 a 15/06 de 2011;
– Informações: (61) 3901-8670 (Seção de Instrução)


7 COMENTÁRIOS

  1. Parabens pela iniciativa da Unidade, estes bravos guerreiros merecem sempre nossas homenagens, pois tem papel fundamental na operação de aerea de segurança publica…
    Cada vez ficando mais profissionais e capacitados pelos seus esforços e dedicação…

  2. Parabéns pela iniciativa do CBMDF, uma Galeria que visa apresentar a todos os que visitarem a unidade a memória desta, engrandece ainda mais a atividade.

  3. olá sou bombeiro civil e ex militar do centro de instrução de guerra na selva,tenho uns cursos na area de salvamento inclusive o aeromédico pela sociedade brasileira de emergências medicas e o de resgate pelo destacamento de saude paraquedista, moro em manaus e gostaria muito de poder ter uma oportunidade de fazer um curso deste tão bem conceituado a nivel brasil mais infelismente não poso ter esta oportunidade suo apaixonado por atividades aeroterrestres,e fico feliz por saber que no brasil tem equipe de bombeiros tão bem especilizadas como nas forças armadas,o brevê de vocês é muito bonito se podese compraria um para deixar na minha estante epoder mostra aos amigos um brevê do curso mais conceituado do brasil anivel salvamento aereo que é o de vocês um grande abraço e felicidades a todos “PARA QUE OUTROS POSSAM VIVER BUUUUUUSCA”

  4. SOU O 1º SGT LUSTOSA DO CBMDF, 16 ANOS DE CORPORAÇÃO E ESTOU AMADURECENDO A IDEIA DE ME INSCREVER NO CETOP DE 2013 QUANDO TEREI 38 ANOS. É UMA HONRA E ALEGRIA SABER QUE EM NOSSA CORPORAÇÃO TEMOS PROFISSIONAIS TÃO VALOROSOS COMO OS COMPANHEIROS “CETOPIANOS”,ALTAMENTE EFETIVOS NA NOBRE ARTE DO SALVAMENTO.QUE SEJA O SENHOR A ME DIRECIONAR…

  5. Triste do homem que não tem história para contar!
    Triste daquele que conta uma história pela metade!
    Ao tomar conhecimento da Reinauguração da Galeria do Curso de Tripulante Operacional do CBMDF, via Portal da Aviação de Segurança Pública e Defesa Civil, desejo cumprimentar o feito e seus partícipes.
    Mas ao ler o conteúdo da página me frustei com o trabalho posto que essa história está INCOMPLETA. A história da aviação no CBMDF tem muito mais conteúdo e ela deve começar pelo começo. O início não pode ser esquecido até porque sem ele, não se reconhecerá o valor e abnegação daqueles que dedicaram o melhor de suas capacidades intectuais,tempo e outros interesses. Muitas vezes atraindo para si a má vontade e ira de Comandantes, que nunca aceitaram e nunca reconheceram a importância da plataforma aérea, como ferramente tecnológica a melhor qualificar o emprego Operacional do CBMDF.
    Não está aqui uma censura ao trabalho mas um alerta para que se complete o seu conteúdo, para que ele possa conter: começo, meio e fim.
    E para essa faina, me coloco desde já a disposição do (s) responsável (eis)pelo site.
    Atenciosamente,
    Henrique Corrêa Soares – Coronel Bm RRm.
    E-mail / [email protected]

    Fone)

  6. Sou um ex militar do Cigs e ex Auxliar dos cursos de operações na selva e um eterno apaixonado por resgate,tive o privilegio de poder fazer o estágio de resgate do destacamento de saúde pára-quedista,Enfermagem e depois de um tempo fazer o curso de Aeromédico,Pré-hospitalar,bombeiro civil entre outros,As missões de salvamento é muuuuuuito bonito realmente para quem gosta e fica aqui o melhor brado que ecoa pelo mundo ” PARA QUE OUTROS POSSAM VIVER BUSCA !

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