NÁDIA TEBICHERANE
Lá estava a farda pendurada no armário. Agora a missão era civil, a vida era civil. O mundo não tinha um padrão, uma doutrina…O mundo estava diferente.
Os horários não eram respeitados, onde estava a pontualidade dos homens. Ele estava perdido em meio a tarefas não cumpridas, acordos não respeitados, palavras não honradas…A vida é civil.
O respeito enraizado dentro de si por décadas não o deixava se igualar a ninguém sem valor, a coragem que em si fora cultivada lhe dá forças para vencer os desafios mesmo aqui, mesmo assim, mas o mundo estava diferente.
Aos poucos ele impõe a este novo mundo um pouco da sua postura, da sua retidão, da sua cordialidade, da sua pontualidade, do seu espírito de luta, e o mundo o respeita.
E na vida civil quando ouve o hino nacional e ainda coloca os braços junto ao corpo, escuta baixinho: “ Você não é mais militar…” Ao que ele responde: “ Uma vez militar, pra sempre militar..”
…mas não é facil, só que já viveu isso é que sabe!
Uns se uniformizam e acham que são militares, outros (OS VERDADEIROS MILITARES)têm a FARDA como uma segunda pele. Sou ex-integrante do 1ºBPE e me incluo no segundo exemplo.Ser Militar é seguir a Doutrina dos Bons Costumes, é ser exemplo de: Honradez,Civismo,Disciplina,Lealdade, Coragem para defender o BRASIL em qualquer situação, mesmo que para isso ponha em risco a própria vida. Enganan-se os bandidos de hoje se pensam que estamos dormindo. Não se esqueçam que a gota d’água é a que transborda o copo.
Uma vez PE, SEMPRE PE!
Não basta SER militar. Tem de sentir-se militar. E isso é um compromisso de vida. É para toda a vida e, muitas vezes, com o sacrifício da própria vida!
Parabéns pela sensibilidade. Belos textos…