RICARDO HOGLHAMMER DOS SANTOS
O presente trabalho propõe um modelo para definição do momento ótimo de substituição de helicópteros destinados à prestação de serviço de segurança pública e de defesa civil do Estado de São Paulo, sob a óptica, principalmente, do Valor Presente Líquido (VPL) e o Custo Anual Equivalente (CAE), a fim de se analisar o impacto dos eventos futuros associados a uma alternativa de investimento.
O modelo é aplicável a contextos logísticos similares em indústrias, cujas máquinas operam no regime de “pool”, no qual cada equipamento opera, por mês, um número de horas próximo a um limite máximo definido, e a empresa contratante pode, a qualquer tempo, aumentar ou reduzir o número de máquinas, para ajustá-lo às variações de demanda.
Outrossim, este trabalho visa subsidiar a análise de renovação da frota de aeronaves de asa rotativa (helicóptero), a exemplo do que ocorre no Departamento de Polícia de Los Angeles (Los Angeles Police Department), atualmente, com 17 helicópteros somente para atender esta cidade, enquanto que a Polícia Militar do Estado de São Paulo, através do Grupamento de Radiopatrulha Aérea (GRpAe), conta com 23 helicópteros do modelo AS-350 para atender o Estado paulista inteiro.
Paralelamente à busca de técnicas, métodos, convenções e/ou critérios que são comumente utilizados na análise e no processo decisório, será apresentado o Ciclo de Vida de Sistemas e Materiais da Aeronáutica (DCA 400–6), em virtude de este tornar mais transparente o processo e facilitar qualquer auditoria a respeito do uso do dinheiro público em sistemas de defesa. Leia aqui o trabalho na íntegra:
Determinação do momento ótimo para substituição de helicópteros
Autor: Ricardo Hoglhammer dos Santos , é 1º Tenente da PMESP, piloto policial de helicóptero, bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública/APMBB; Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (IFSP – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo) e possuiu MBA Executivo pelo INSPER.
Apesar de estar prestes a completar quatro anos que me encontro afastado da Aviação de Segurança Pública, as duas décadas (e mais um pouquinho) em que estive, umbilicalmente, ligado às suas atividades, permitiram-me despertar, ao ler o título desse artigo, o ainda latente interesse pelos assuntos atinentes.
E confesso que, realmente, o título foi a única coisa que li, pois, ao dedilhar o mouse e percorrer as interessantes linhas, percebi que não poderia continuar a ler…
Seria uma “heresia” (com perdão à etimologia do termo) não dispensar uma atenção maior a um trabalho que merece ser estudado em todos os seus parágrafos, que traduzem a compilação de pensamentos e antigas discussões em uma proposta inovadora à gestão técnica e política da coisa pública e, mais particularmente, de nossos “Águias”.
Já na reserva como policial militar, mas ainda exercendo atividades na aviação, vejo o trabalho como uma fonte despertadora de ânimos às lideranças de todos os setores, quiçá aos comprometidos com as causas sociais.
Portanto, meu amigo Hoglhammer, quero parabeniza-lo por desenvolver tão interessante assunto em prol de sua capacitação, por pensar “fora da caixinha” e fora da cabine do helicóptero, na devida valorização das atividades do Piloto Policial e por trabalhar para que tabus administrativos sejam quebrados; da mesma forma, parabenizo todos que contribuíram com informações e facilitações à transcrição de sua iniciativa, por acreditarem, tenho certeza disso, no aperfeiçoamento do serviço aéreo prestado, por nossa Grande Instituição, à Comunidade Paulista.
Que esse trabalho, ao qual tanto se dedicou e pelo qual abdicou de valoroso tempo de convívio, seja reconhecido.
Sucesso!
CEL Samuel, muito obrigado pelas palavras do Senhor!
O presente trabalho não esgota o assunto, mas espero que possa despertar o interesse de outros profissionais e OASP na discussão de soluções mais sustentáveis quando da renovação da frota de aeronaves – tendo em vista os sucessivos contingenciamentos de recursos orçamentários e financeiros.
Grande abraço!
Trabalho importante para as OASP, saber definir o momento de renovar a frota, considerando recursos econômicos, tecnologia e oportunidade. Parabéns ao autor pela pesquisa, que certamente irá contribuir positivamente com nossas atividades.
CAP Baracho, muito obrigado pelo apoio do Senhor!
Parabéns pelo trabalho, uma boa mescla de argumentos da administração pública com conceitos vistos em administração e finanças de empresas. O empreendedor toma, quase que exclusivamente, decisões com base nos resultados, isto é, na geração de valor que uma pessoa ou que um bem pode trazer à companhia, enquanto o administrador público necessita de mais subsídios e embasamento legal para tratar seus colaboradores e a coisa pública. Para mim, você dá um passo a mais nesse sentido trazendo cálculos muito comuns em business e aliados a uma visão de gestor estatal. Tenho certeza de que poderá aprofundar sua pesquisa e contribuir para a aviação de Estado.
MAJ Oscar, muito obrigado pelas palavras do Senhor! O trabalho busca a discussão em torno dos investimentos necessários para continuarmos voando e, se possível, a revisão de outras decisões adotadas até o momento.
Tenho certeza que o presente trabalho não esgota o assunto.
Observa-se, em tempo, uma preocupação interessante do Departamento de Polícia de Los Angeles diante do dilema de substituir ou não um ativo (aeronave) – respeitadas as suas peculiaridades, tal qual é realizado pelo Comando da Aeronáutica através do Ciclo de Vida de Sistemas e Materiais da Aeronáutica (DCA 400–6).
À disposição.