Chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro detalha protocolo sigiloso para uso de helicópteros em operações

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Rio de Janeiro – Durante entrevista ao telejornal “Bom Dia Rio” na ultima quarta-feira (21/08) o secretário de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), Marcus Vinícius Braga, revelou detalhes do protocolo sigiloso da instituição para uso de helicópteros em operações da corporação.

Helicóptero da Polícia Civil é apresentado ao público, em setembro de 2008; apelidado prontamente de Caveirão Voador - Foto divulgação Foto: Divulgação
Helicóptero da Polícia Civil é apresentado ao público, em setembro de 2008; apelidado prontamente de Caveirão Voador – Foto divulgação Foto: Divulgação

“A gente agora avançou muito. Fizemos um protocolo para operações com helicóptero. O protocolo, por óbvio, é sigiloso para resguardar a vida dos policiais e dos inocentes que estão em baixo. Porém, adiantando, no protocolo existe agora a progressão da força. Obviamente, se tiver uma reação muito forte não tem jeito. Em alguns lugares, a gente usa armamento não-letal para não utilizar armamento letal.’, revelou o secretário.

No último dia 8, a Secretaria da PCERJ aprovou um manual operacional de uso das aeronaves da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), cujo conteúdo não foi revelado.

A aprovação foi publicada no Diário Oficial (D.O) e assinada pelo secretário Marcus Vinícius Braga, que atribuiu grau secreto ao documento. Isso significa que o sigilo tem validade de 15 anos. O acesso é restrito a quem participou de sua elaboração, ao secretário e autoridades acima dele, como o governador Wilson Witzel.

Durante uma operação na Cidade de Deus na terça-feira (20/08), agentes da Core a bordo de um helicóptero lançaram uma bomba de efeito moral na comunidade. Vídeos mostram a aeronave sobrevoando uma rua residencial da comunidade quando lança o artefato explosivo; pouco depois, há um clarão e um estrondo.

De acordo com a PCERJ, a bomba não é letal e foi usada para auxiliar equipes da corporação que estavam sendo alvos de granadas disparadas por criminosos. Em nota, a instituição informou que o uso do artefato teve como objetivo “minimizar a necessidade de emprego de arma de fogo, considerando que a área tem grande concentração de residências”.

Na entrevista, Braga defendeu o uso de aeronaves em operações policiais:

“Quando não tem o (helicóptero) Águia, a reportagem mostra de 30 a 40 minutos de tiroteio. O tempo médio de tiroteio (em operações) com a presença do Águia é 3 minutos – afirmou ele – O Águia tem uma visão privilegiada. O tiro do Águia ele é certeiro porque ele está vendo o solo. O tiro na horizontal, só Deus sabe.” explicou o secretário.

Após um sequestro de um ônibus na Ponte Rio-Niterói nesta terça-feira, o governador Wilson Witzel afirmou que pretende ingressar no Supremo Tribunal Federal com medida judicial para garantir o direito de policiais abaterem criminosos que estiverem portando fuzis nas ruas.

Hoje a legislação penal só considera legítima defesa os casos em que o policial revida o tiro ou ameaça de um agressor para defender a própria vida ou a de terceiros. O chefe da Polícia Civil comentou ainda as mortes de seis jovens de áreas periféricas em menos de uma semana no começo do mês:

“O que eu posso adiantar é que as seis investigações estão sendo muito bem trabalhadas. Provavelmente, 2 ou 3, em até 30 dias a gente consegue (terminar). E as outras vão depender um pouquinho mais de informação.”, enfatizou.

 

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