Mecânico de Aeronaves: A iminente escassez desses profissionais na Aviação de Segurança Pública

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Thiago Ferreira Carvalho
Professor MsC
Coordenador do Curso Técnico de Manutenção de Aeronaves do SENAI/SC.

Para o cumprimento da missão da Aviação de Segurança Pública, que envolve atividades de combates a incêndios urbanos e florestais, resgate de vítimas de acidentes, salvamento de moradores vítimas de enchente, apoio à polícia terrestre na perseguição aos bandidos e no transporte de órgãos para transplante, é de suma importância que as suas aeronaves estejam em plenas condições de voo.

Para garantir o sucesso nas operações supracitadas é necessário que as aeronaves sejam submetidas a manutenções periódicas a fim de estarem em condições aeronavegáveis, ou seja, terem a propriedade ou capacidade de realizarem um voo seguro ou navegar com segurança no espaço aéreo, para o transporte de pessoas, bagagens ou cargas, ou para a realização de serviços aéreos especializados, policiais ou outros.

É nesse momento que aparece a figura de um profissional chamado de mecânico de manutenção aeronáutica que é o responsável por garantir a aeronavegabilidade da frota das Organizações Aéreas de Segurança Pública (OASP).



Kinnison (2004) define a manutenção de acordo com o seguinte: “Manutenção é o processo que assegura que um sistema desempenhe continuamente a sua função com os mesmos níveis de fiabilidade e segurança para o qual foi projetado.”

Thiago Ferreira Carvalho             Professor MsC. Coordenador do Curso Técnico de Manutenção de Aeronaves do SENAI/SC.

A manutenção visa corrigir falhas em equipamentos, componentes ou sistemas, com o objetivo de restabelecer sua função. Trata-se de um compromisso individual de cada profissional, que deve reunir as melhores técnicas para atuar com qualidade na execução da tarefa. Todo o serviço de manutenção, após ser realizado pelos mecânicos, passa obrigatoriamente pela inspeção e cheque do inspetor responsável pela aeronave.

As aeronaves possuem complexos sistemas, e, para que tudo saia correto, o profissional da manutenção deve estar atualizado com os novos conceitos tecnológicos. Não podendo haver descompasso entre a modernidade tecnológica das aeronaves e o preparo dos profissionais. O principal problema encontrado na manutenção, como em qualquer setor da aviação, é o fator humano.

As OASP devem seguir um programa rigoroso de treinamento de qualificação e de cursos  recorrentes (contínuos) que são estabelecidos pelas autoridades aeronáuticas visando manter o profissional de manutenção atualizado com as novas tecnologias, suas atualizações e as regulamentações aplicáveis. Objetivando manter um elevado nível de segurança de voo é necessário cumprir todos os requisitos estabelecidos pela autoridade aeronáutica e o treinamento é um desses requisitos.

O custo envolvido nesses treinamentos é bastante pesado e, muitas vezes, algumas organizações deixam esse item em segundo plano. Para evitar isso, as autoridades condicionam certas certificações operacionais das organizações na realização dos treinamentos estabelecidos, obrigando assim o cumprimento das grades curriculares. Não deveria ser assim, as empresas e as organizações deveriam sempre pensar em manter seus profissionais devidamente qualificados sem a interferência das autoridades, mas ainda bem que a maioria das organizações cumprem esses regulamentos.

O treinamento deve ter  qualidade e objetividade e para que isto ocorra é necessário que se tenham Instrutores devidamente qualificados e com vasta experiência em suas áreas de atuação. Além de treinamento teórico, os profissionais devem receber também o treinamento prático, pois este faz com que os alunos adquiram as habilidades necessárias para executarem as tarefas críticas de manutenção com segurança e rapidez,  evitando o retrabalho e consequentemente aumentando a produtividade e o retorno financeiro para a organização.

Portanto, é manifesta e notória a importância desse profissional na atividade policial. Vamos dar um enfoque agora no reflexo do que a falta dele, a falta de capacitação continuada ou até mesmo a sua formação deficiente pode acarretar nas vidas de outras pessoas envolvidas nas atividades aéreas da segurança pública. A autoridade brasileira competente para investigar os acidentes ou incidentes aeronáuticos é o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), que dispõe de dados estatísticos através do Painel SIPAER que é uma ferramenta de visualização de dados sobre as ocorrências aeronáuticas da Aviação Civil Brasileira, nos últimos 10 anos.

Manutenção de Aeronaves x Atividade Policial por tipo de ocorrência

Os dados são exibidos em forma de gráficos e tabelas, que podem ser dinamicamente modificados conforme filtros de pesquisas aplicados pelo próprio usuário. Antes disso, podemos trazer uma definição simples de:

Acidente: evento associado com a operação de uma aeronave que aconteça entre a entrada de uma primeira pessoa a bordo com a intenção de voar até todas as pessoas desembarcarem da aeronave, e que resulte no seguinte:

  • Danos graves ou fatais a passageiros ou tripulação;
  • Danos na aeronave ou falha estrutural da mesma;
  • Desaparecimento ou inacessibilidade da aeronave.

Incidente: evento, que não seja classificado como acidente, associado à operação de uma aeronave que afeta ou pode afetar a segurança operacional.

Vamos aos dados do Painel Sipaer tendo como filtro a atividade policial e o fator contribuinte sendo a manutenção de aeronaves.

Esses números poderão ser aumentados pelo fato de que ainda há investigações de ocorrências em andamento até a data desta publicação. Daí fica a pergunta de como se mitigar essas ocorrências. De acordo com um estudo realizado há pouco tempo, traz um alerta que é de grande preocupação para as OASP´s no tocante a escassez de mão de obra, ou seja, a falta de mecânicos para realizarem as manutenções.

Manutenção de Aeronaves x Atividade Policial

Vejam alguns dados importantes:

Observa-se que a quantidade de pessoal envolto à manutenção representa cerca de 10,6% do efetivo total das OASP´s. Mas, o que tende a colocar em risco a segurança de voo são os dados apresentados abaixo:

Como os dados acima foram coletados há cerca de três anos, houve um deslocamento temporal das faixas etárias e do tempo de serviço. Em se considerando que, atualmente, esses profissionais passam para a reserva remunerada (aposentadoria do militar) quando completam trinta anos de serviço, haverá um lapso de profissionais mantenedores nos próximos anos.

Quantidade de profissionais
Distribuição das tripulações por faixa etária
Distribuição das tripulações por tempo de serviço

Em 2013, com o fim do Curso Especial de Mecânica de Aeronaves para Militares das Forças Auxiliares – CEMAFA que era realizado e patrocinado pela Escola de Especialista de Aeronáutica (EEAR) da Força Aérea Brasileira para as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares do Brasil houve uma busca pela formação inicial. Com a falta de recursos financeiros, por parte do Estado, para custear as diárias nos cursos de formação inicial presencial, inúmeros profissionais buscaram a formação nos moldes da Educação à Distância (EaD).

O grande óbice avistado nesse tipo de formação é a falta de uma regulação por parte da ANAC para esta modalidade de ensino. Hoje, há a transição de normas regulatórias da MCA 58-13 para a IS 141-002B e até então são necessários, somente, 60h de atividades práticas e que para ser aprovado basta frequentar 45h dessas atividades. Veja a seguir exemplos de perigos identificados em auditorias da ANAC:

– Mecânico de Manutenção Aeronáutica (MMA) sem proficiência satisfatória na compreensão da língua inglesa. Consequência: as instruções para execução do serviço não são seguidas, ou são executadas de forma deficiente;

– Indisponibilidade de ferramentas especiais requeridas para a manutenção. Consequência: manutenção executada de forma deficiente, causando danos à aeronave ou aprovando o retorno da aeronave ao serviço em desacordo com as especificações técnicas;

– Falta de inspeção de recebimento e/ou preliminar para artigos recebidos. Consequência: instalação de artigos não aeronavegáveis na aeronave;

– Mecânico de Manutenção Aeronáutica (MMA) exercendo jornada de trabalho extenuante, com muitas horas-extras na semana. Consequência: erros na execução do trabalho (fatores humanos);

– Mecânicos auxiliares atuando sem a devida supervisão. Consequência: os serviços executados pela organização de manutenção não atendem aos critérios de qualidade.

Resumidamente, além de contar com grande parte de seu efetivo, ligados à manutenção, com pouco tempo restante para a inatividade, há a inserção de novos profissionais com formação deficiente. Tendo em vista que se as escolas de formação de mecânicos observassem o disposto pelo Ministério da Educação quanto à formação na modalidade de EaD, deveríamos ter uma carga horária de aulas presenciais de cerca de 240h e não 60h como ocorre hoje. Essa problemática há de ser refletida nos dados do painel Sipaer em data futura e não distante, requerendo uma mobilização de todos a fim de atenuar esses índices.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial em Santa Catarina, SENAI/SC, que é o atual campeão brasileiro na Olimpíada do Conhecimento na área de manutenção de aeronaves, já iniciou o preparo de um curso de formação inicial em EaD de alto nível visando atender as necessidades não só da aviação civil, mas também da aviação de segurança pública.

Certamente, uma política que vise a formação inicial de qualidade e a capacitação continuada para o recompletamento de mecânicos de aeronaves, não somente irá diminuir os gastos com contratos de manutenção, que representam cerca de 40% das despesas das operações aéreas, como também atenuarão os índices de acidentes/ incidentes que, indubitavelmente, é o objetivo das OASP.

Se você pensa que capacitação custa caro, experimente um acidente.

Fonte: Revista “O Águia” – 4ª Edição

17 COMENTÁRIOS

  1. Fiz o curso numa escola particular durante três anos, longe de casa, da familia…um investimento alto financeiramente falando, mas estudei com dedicação e afinco sempre dando meu melhor. Concluí o curso, passei nas provas da ANAC, conquistei duas CCT’S (GMP/CELL), e até hoje, após três anos, nunca tive oportunidade para ingressar na profissão que desejo seguir. A verdade é que as Empresas e Organizações Aéreas, só buscam por mecânicos antigos e com experiência, não querem perder tempo com mecânicos recém formados e sem experiência, pois a capacitação dos mesmo gera custo para as Empresas.

  2. Bom dia, Elton!

    Qual foi a sua escola de formação? Os empregadores tem buscado pessoal com uma formação sólida até mesmo para auxiliares de manutenção, isso foi um dos temas do 1° Encontro Nacional de Gerentes de Manutenção que aconteceu no SENAI/SC em Novembro de 2018. A formação inicial tem sido um grande óbice na maioria esmagadora das nstituições de ensino civis, principalmente no que tange à parte prática. Mas, entre em contato com a unidade Palhoça do SENAI/SC e nos envie seu currículo. Abraços e sucesso!

  3. Também tive uma experiência parecida com a do Elton, passei 4 anos fazendo tecnólogo na FUMEC, fiz quase 1 ano de estagio não remunerado (a 40km da minha casa pagando do meu bolso) no parque de material aeronáutico da FAB em Lagoa Santa. Após formado o emprego não vinha e para não ficar parado pedi um emprestimo e entrei em Ciências Aeronáuticas e tirei PP em helicóptero.
    Hoje eu trabalho com o que dá e 90% do meu salario vai p pagar dividas estudantis.

  4. Boa tarde sou ex militar cursei aviação na Marinha e trabalhei por 4 na aviação em São Pedro da aldeia fui dispensado pela Marinha em 2005 fiz um curso de turbinas em Macaé mais por falta de oportunidade abandonei a proficao de mecânico e não tirei minha carteira de aviação queria saber como faço para tirar e qual os trâmites que tenho que fazer .desde já muito obrigado

  5. Boa tarde verifiquei nesta reportagem a deficiência de MMA e TB um comentário de mecânicos da antiga são mais procurados mas discordo pois possuo as 3 CHT’S a muitos anos 30 anos e não consegui emprego a mais de 3 anos apesar da experiência seria eu um excluído? Como posso me atualizar desempregado???

  6. Mentira que falta profissionais, falta na verdade emprego para estes profissionais… Sou CCT, tive 1 ano e meio de oportunidade de carteira assinada, mas como precisava ter outros para assinar por mim a empresa não achou vantajoso ter um CCT… Outro problema que os mecânicos antigos são uns pau no cu que não aceitam ensinar, além de fazer pano preto, acham desnecessário o CCT e os menosprezam como se fossem merda… E a verdade é que deve se pensar nessa profissão, pois existem poucas oportunidades para se ingressar nela pois vc terá que sair da sua cidade para trabalhar, vc depende de lugares que tenham aeroporto, empresas aéreas etc… e além de ser humilhado ganhando menos de 1/3 dos CCT e trabalhando por 2 CHT onde vão te explorar e debochar e tocar um terrorismo psicológico… E quando for.fazer entrevista vai ter.sempre um.com mais experiência e CHT que vai ficar na sua frente… É a triste realidade…

  7. Tive mesma experiencia dos amigo acima, conclui o curso a mais de 10 anos e nunca atuei na área por falta de oportunidade, participei diversas vezes de entrevistas na Embraer onde entravam apenas aqueles que declaravam ser parentes de fulano ou conhecidos de ciclano, todos sem formação na área, chegando ao absurdo de até atendente do Mc donalds sem experiencia alguma ser contratada e eu com carteira do DAC nas mãos com excelente histórico e notas dispensado. Após esta pedi que não me convocassem mais para as entrevistas.

  8. Olá! Bom dia a todos, sou MMA com CHT, GMP e CEL desde 2000 oriundo da Marinha de Guerra do Brasil! Hoje funcionário público estadual do Amazonas investigador da Polícia Civil desde 2001 e inspetor de manutenção aeronáutica desde 2008 ano esse que a aviação de asas rotativas iniciaram no Estado do Amazonas hoje com o nome do grupamento DIOA.
    De fato antes de ingressar no serviço público estadual não consegui entrar naquela época devido não ter indicação pois acabava de pedir baixa do serviço Militar, é um ciclo muito fechado.
    Hoje com o tempo de atividade e cursos realizados na fábrica ( MONTADORA HELIBRAS e Representante dos motores Arriel Turbomeca) já está mais fácil o mercado de MMA. Porém o salário muito aquém do ideal em relação a atividade. E no meio da segurança pública do Amazonas. Não existe nenhum investimento na formação de pessoal voltado a manutenção.
    A aviação de asa rotativa existe a 11anos e os que estão se formando como MM é com os custos por conta própria. Já na formação de pilotos os custos todos foram custeados pelo Estado. Essa é a aviação da segurança pública do Amazonas. O que impera é uma verdadeira queda de braços pelo controle da atividade por pura vaidade pois não evoluiu nada desde que começou pois estou desde a primeira aeronave e o que se fez foi somente voar um pouco pois as aeronaves hoje com 10 anos e com um total de 1250h a mais voada. Atividade muito importante mas tem que ser bem administrada e com proficionalismo. Mas espero que agora que está integrado o grupamento possa enfim decolar rumo a prosperidade.

  9. Excelente, artigo desde já agradeço o website piloto policial, tudo que foi abordado no referido texto realmente reflete a situação da grande maioria dos grupamentos aéreos. Nesse sentido, posso falar com propriedade, pois sou Policial Militar do estado do Amazonas, atualmente lotado no Graer, ocupo a função de auxiliar de mecânico desde de 2013, desde lá tentando a grande custo concluir minha formação de mecânico. No ano de 2013 tive a grande satisfação de ser selecionado entre milhares de companheiros para ir fazer o Curso Especial de Mecânico de Aeronaves para Forças Auxiliares, (CEMAFA) onde com muito esforço e dedicação conseguir concluir. Confesso aos companheiros que nunca estudei tanto na minha vida, atualmente estou graduando em direito mas o nível de dificuldade não se compara com o CEMAFA. Entretanto, mesmo com o auto nível do curso a ANAC com seu brilhante parecer, chegou a conclusão que, a carga horária era insuficiente para formar um mecânico de aeronave, mesmo não fazendo uma pesquisa mais aprofundada do curso. Lembrando, que as leis e regulamentos não são estáticos e devem sim sofrer mudanças para acompanhar a evolução. Enfim, para tentar sanar o problema, recorri ao curso EAD e agradeço por ele existir, pois se não ainda estaria marcando passo. Fiz o básico, GMP, Célula e estou concluindo AVIÔNICO. Tenho as duas e CCTs. Agora começa mais uma novela nessa formação tentar fazer o check. Sinto que a aviação de segurança pública ainda não tem o respeito e a valorização que realmente merece pelos grandes serviços prestados. Cb Assis Melo, Graer. AM. Voar para proteger e salvar!!!

  10. A oportunidade na aviação civil é algo muito difícil, posso dizer que diferente de outras áreas, é um mercado mega restrito, pra você conseguir uma vaga, tem que ter muita experiência, coisa que é muito difícil ou ter o famoso “QI” (quem te indica).
    Fui militar da aviação do exército, onde trabalhava como auxiliar de manutenção de helicópteros, quando ingressei na aviação cívil, por conta das novas diretrizes da Anac naquela época (2009) acabei sendo mandado embora, meses depois com as CCTs de GMP e Célula não consegui me inserir no mercado novamente, a vida continuava, as contas também, foram várias tentativas de ingressar no mercado, mas ai fui desanimando e acabei mudando de área, justamente por ser um mercado restrito, infelizmente e não acredito que irá mudar tão cedo, não é viável para os mecânicos mais antigos, pois ganham bem e quanto menos concorrência melhor pra eles, essa é minha visão, quando falamos na área de manutenção de aeronaves, fora outras coisas que já foram citadas aqui por outras pessoas.

  11. Boa noite!!!
    A escola de MMA é o pior investimento que uma pessoa possa pensar em fazer na sua vida.
    Passei anos me dedicando com tempo, estudos, viagens p/ fazer as bancas da ANAC pq na minha cidade nao fazia, hospedagem, alimentaçao e a pressão de conseguir ou não. passei e tenho celula e GMP, acreditando que um dia seria o melhor mecanico de uma compania aerea.
    Pedi emprego p/ todas as companias, levei meu curriculo mais de 5x em todas
    Estudei ingles, fui nas empresas pequenas, me ofereci trabalhar fora e cheguei a me oferecer a trabalhar de graça p/ eu ter um pouco de experiencia e nem assim me chamaram. Isso me decepcionou muito e por isso q as pessoas nao podem cair nessa mentira que sao essas escolas de MMA
    Elas só querem tirar seu dinheiro
    Mais o pior vai ser se tirarem seu sonho.

  12. Entao amigos meu comentário e como todos fazemos o curso com dedicação mas infelizmente so dão espaço para aqueles que tem conhecidos no ramo no decorrer do curso sofri um acidente no qual passei a ser PCD entao ai ficou mais dificil integrar mais e um profissão de amor pra faz .

  13. eu tenho cct gmp e estou fazendo usinagem terminei o curso em 2017 e ate hoje não tive oportunidade fala ingles fluente ,ja trabalhei em turismo .até hoje nada

  14. Tenho 3 CHT’S, só tive o tempo de cumprir os 3 anos de experiencia como tecnólogo em manutenção de aeronaves, a empresa onde eu trabalhe em POA, fui desligado início de 2018, e desde já não consigo me recolocar no mercado de trabalho, pela segunda vez na vida desempregado a mais de 1 ano e meio. A primeira vez que fiquei desempregado foi entre 2012 e 2014 como piloto de aeronaves, fui para a manutenção fiz tudo o que tinha que ser feito, consegui um breve respiro de 3 anos e pronto, novamente desempregado. Sinceramente agora, estou pensando em abandonar de vez a aviação, sei que em outras profissiões e áreas estão ruins, mas nem por isso posso deixar de ver que a aviação no Brasil, é uma coisa só, ou voce tem um bom apadrinhamento ou vai comer poeira para conseguir emprego, muitas vezes se vendo a abandonar a profissão. Eu to indo pra fora do país, não vejo muitas perspectivas nessa nossa aviação.

  15. Olá pessoal, sou eletricista de manutenção industrial, técnico em Eletrônica e técnico em Eletrotécnica, atulamente estudando licenciatura em Física e graduação em engenharia elétrica, trabalho com elétrica, eletricidade, eletrônica desde 1995, até gostaria de estudar elétrica-eletrônica e telecomunicações de aviação/aeronáutica, mas ao ler esses comnetários aqui fico desgostoso, pois é um investimento muito alto, muito caro e eu não se haverá retorno, fiz cursos de eletricista de automovéis, com sistemas de ignição e injeção eletrônica, é um investimento mais barato e rápido, e ainda sei enrolar-bobinar motores elétricos, alternadores e motores de arranque/partida, fora meus conhecimentos em eletrônica, telefonia (fixa), instrumentação e automação industrial, motores a combustão interna (gasolina, gnv e diesel), conclusão cortaria, abatiria muitas disciplinas, mas pelo que eu vejo e ouço, é um investimento muito caro.

  16. Comcordo com a maioria dos relatos aqui feitos, pois possuo as 3 cct’s e mais dois cursos de familiarizaçao em motor pt6 e helicópteros Robson e a 4 anos depois de me formar num sacrificado curso de média 8, sendo um dos melhores no curso, nao tive nenhuma oportunidade de exercer nem como estagiário por motivo de idade ( 46 na época). Relatos aqui verdadeiros dos profissionais. *Não seja mecânico* faça uma faculdade e concorra em serviços públicos.

  17. Me formei no final de 2019, tenho todas ccts e hoje tenho um pouco de arrependimento de ter investido na área. Pois no msm ano que formei já era difícil entrar sem indicação, as empresas não oferecem oportunidade nem pra quem tem experiência, imagina quem não tem. A área pública não anuncia concursos específicos para MMA, entao fica difícil concorrer com 20 mil pessoas para uma vaga. Sou apaixonado pela aviação e ainda tenho o sonho de poder trabalhar nesta aérea, mas principalmente agora em tempos de pandemia , minha esperança a cada vez mais desaparece.

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