MS negocia com União recursos para compra de aeronaves para combater queimadas no Pantanal

Existe estudo que aponta que seca vai perdurar neste ano e incêndio pode voltar com força no final do ano

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Mato Grosso do Sul  – O governo estadual e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) estão em tratativas para viabilização de recurso de mais de R$ 84,8 milhões a serem investidos no combate a incêndios no Pantanal. Nesta última semana, o secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senasp/MJSP), Carlos Renato Paim, esteve em Mato Grosso do Sul para discutir a proposta.

Quem ficou por conta de apresentar a proposta foi o comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Joilson do Amaral. Ele fez uma apresentação sobre o trabalho de combate aos incêndios ano passado e ressaltou que é preciso aparelhar a corporação para garantir melhor resultado em outras ocorrências.

Chamas avançam em áreas de mata no Pantanal — Foto: João Paulo Gonçalves/Corpo de Bombeiros - MT
Chamas avançam em áreas de mata no Pantanal — Foto: João Paulo Gonçalves/Corpo de Bombeiros – MT

“São recursos que serão investidos na aquisição de duas aeronaves, sendo um helicóptero e um Air Tractor e também em um caminhão tanque”, explicou o coronel Joilson do Amaral.

Sem uma aeronave dedicada a combater os focos de incêndio, em 2020 foi difícil para os Bombeiros conseguirem realizar o trabalho em áreas mais remotas do Pantanal, principalmente na região norte, incluindo onde está a Serra do Amolar. Foi necessária uma parceria com o Exército para garantir que houvesse o uso de aeronave e, mesmo assim, ela precisava ser abastecida em Campo Grande com água para depois retornar a Corumbá.

De acordo com o Comando dos Bombeiros Militar, a destinação dos recursos pode ser direta, entre o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) e a corporação. O projeto que foi montado é para a criação de um eixo de prevenção e pronta resposta às emergências. Essa proposta está inclusa na Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, por isso já há recursos disponíveis. É preciso agora a aprovação do projeto de Mato Grosso do Sul e o empenho da verba.

“Nós também pedimos a regulamentação da mobilização temporária de bombeiros com vistas ao atendimento de desastres em nível nacional”, acrescentou o comandante geral.

Após a reunião, ainda não houve devolutiva, mas o representante do Ministério da Justiça e Segurança Pública reconheceu a importância da questão e que vai trabalhar pela viabilização. Não foi definido um prazo para haver resposta sobre a aprovação dos projetos.

Estudos mostram que a cheia do Rio Paraguai não será como em anos anteriores, o que é um indicativo que a seca vai perdurar e novos focos de incêndio em grandes proporções não estão descartados para o final de 2021. “A cheia média anual registrada no Rio Paraguai não deve ser alcançada em 2021, assim como ocorreu nos últimos dois anos. O quadro é de seca com 97% de chance do rio ter uma cheia abaixo da média, conforme o SGB-CPRM (Serviço Geológico do Brasil – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), empresa do Ministério de Minas e Energia”, detalhou em nota o governo estadual.

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