Sumário Executivo – As Tendências do Uso de Drogas na Aviação

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Sumário Executivo

piloto-de-aviao-bebado3Porque o NTSB realizou este estudo

O uso de medicamentos isentos de prescrição (MIPs), sujeitos à prescrição e de drogas ilícitas vem aumentando na população dos Estados Unidos. O Conselho Nacional de Segurança em Transportes (NTSB) está preocupado com as possíveis consequências que o uso aumentado de medicamentos e drogas possa ter na segurança de todos os modos de transporte. No entanto, na maioria dos modos de transporte, os dados sobre o uso de medicamentos e drogas pelos operadores de aronaves são limitados a uma pequena parcela de operadores e a uma lista reduzida de medicamentos e drogas.

A aviação é um modo em particular no qual a autoridade reguladora, a Administração Federal de Aviação (FAA), conduz regularmente extensivos exames toxicológicos pós-acidentes em pilotos fatalmente feridos. Este estudo usou os resultados deste tipo de exame para avaliar o uso de medicamentos e drogas na área da aviação. Ao avaliar as evidências do uso de medicamentos e drogas antes do voo em pilotos fatalmente feridos e as potenciais debilitações associadas, este estudo tratou de uma questão séria para a segurança da aviação e de uma preocupação crescente na segurança dos transportes.

Objetivos e Metas

Este estudo examinou as tendências na prevalência de medicamentos isentos de prescrição, sujeitos à prescrição e de drogas ilícitas identificados pelo exame toxicológico de pilotos fatalmente feridos entre 1990 e 2012. As metas deste estudo foram descrever a prevalência de medicamentos isentos de prescrição, sujeitos à prescrição e de drogas ilícitas entre pilotos fatalmente feridos dentro de um período de tempo e avaliar a necessidade de melhoras na segurança relacionadas ao uso de medicamentos e drogas pelos pilotos.

Âmbito

Os dados do estudo são provenientes do banco de dados de toxicologia do Instituto Civil de Medicina Aeroespacial da FAA e do banco de dados de acidentes em aviação do NTBS. Os exames toxicológicos foram usados para identificar usos recentes de uma grande variedade de medicamentos e drogas. Os resultados dos exames foram categorizados pelo tipo de medicamento e droga e pelo potencial em causar debilitações. Este estudo avaliou a prevalência e as tendências em pilotos que sofreram acidentes através das evidências do uso recente de drogas; não foi reavaliada a probabilidade de debilitação dos pilotos em nenhum destes acidentes. Devido à complexidade de interpretar a fonte do etanol identificado no corpo após a morte, os resultados toxicológicos para etanol e outros álcoois não foram analisados neste estudo.

O que o NTSB encontrou

A maioria dos pilotos neste estudo estava voando em operações gerais de aviação quando seus acidentes fatais ocorreram, pois operações de transportadoras aéreas estão relativamente menos envolvidas em acidentes fatais. Os resultados do estudo mostraram tendências crescentes no uso de todos os medicamentos e drogas por parte dos pilotos, sejam medicamentos potencialmente prejudiciais, medicamentos usados para tratar condições potencialmente debilitantes, medicamentos designados como substâncias controladas e drogas ilícitas.

O medicamento potencialmente prejudicial mais comumente usado pelos pilotos foi a difenidramina, um anti-histamínico sedativo com um ingrediente ativo presente em muitas formulações de MIPs para alergia, em medicamentos para resfriado e em soníferos. Apesar das evidências do uso de drogas ilícitas terem aparecido em apenas um pequeno número de casos, a porcentagem de pilotos com resultado positivo para o uso de maconha aumentou durante o período de estudo, principalmente nos últimos 10 anos.

Os pilotos que não tinham um atestado médico ou cujo atestado havia expirado eram mais prováveis de terem consumido medicamentos potencialmente prejudiciais, medicamentos usados para tratar condições potencialmente debilitantes e medicamentos designados como substâncias controladas, quando comparados àqueles com atestado médico. O número de pilotos sem um atestado médico válido vem aumentando desde 2005 e a tendência é que continue crescendo.

No entanto, não há uma tendência crescente na proporção de acidentes para os quais o NTSB citou como debilidade causada pelos medicamentos e drogas ou por condições médicas durante o período do estudo. Mais pesquisas são necessárias para a compreensão das complexas relações entre os resultados toxológicos positivos, as debilitações e os acidentes. Além disto, como a FAA não coleta informações sobre o número de pilotos voando sem atestado médico, o índice de acidentes destes pilotos não pode ser determinado atualmente.

Questões de segurança

As áreas das questões de segurança identificadas durante o estudo incluem (1) o aumento as informações preventivas sobre os medicamentos potencialmente prejudiciais e as condições previstas para os pilotos; (2) a melhora das informações sobre pilotos ativos sem atestados médicos; (3) o reforço da comunicação entre prescritores, farmacêuticos e pacientes sobre os riscos na segurança de transporte associados com alguns medicamentos e drogas e condições médicas; (4) o desenvolvimento e a divulgação das diretrizes adicionais da FAA sobre o uso de maconha; e (5) a pesquisa da relação entre o uso de drogas e os risco de acidente.

Significância do estudo

Este estudo utilizou os dados mais precisos e abrangentes disponíveis para descrever e avaliar o que nós atualmente sabemos e não sabemos sobre o uso de medicamentos e drogas na área da aviação, para identificar potenciais riscos de segurança e para comunicar os riscos àqueles que podem ativamente prevení-los. No entanto, o estudo representa um passo inicial para o entendimento das relações específicas entre os efeitos de medicamentos e drogas, os efeitos de condições médicas subjacentes e o risco de acidentes de transporte ao longo do tempo.

Recomendações

Como resultado deste estudo da segurança, o NTSB traz recomendações para a FAA, os 50 estados, o Distrito de Columbia e o Estado Livre Associado de Porto Rico.


CONFIRA O ESTUDO


Fonte: NTSB (em inglês)

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