Uso do Helicóptero Schweizer para treinamento de tiro

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Cap QOEM Ademar Reis Vargas[1]

RESUMO 

O presente artigo tem por objetivo demonstrar de forma sucinta, porém elucidativa, da necessidade e da importância do treinamento de tiro a bordo de helicóptero, dando ênfase em analisar e verificar a viabilidade de usar o helicóptero modelo Schweizer também como plataforma de treinamento de tiro, a fim de manter as equipes preparadas para um possível confronto armado.

Pois a evidente evolução das táticas e técnicas policiais é alavancada pelo rigoroso aumento da ousadia e aparato marginal, fazendo-se necessária a utilização aerotransportada como plataforma de tiro, deixando de ser aplicada unicamente como plataforma de observação aérea.

A questão-problema cinge-se se o Helicóptero Schweizer pode ser utilizado para o treinamento de disparo de arma de fogo embarcado pela Brigada Militar? A hipótese é se o mesmo é viável para o referido treinamento.

O método de análise é o dedutivo. A metodologia utilizada foi da escala de opiniões, com questões aplicadas aos pilotos e tripulantes operacionais da Brigada Militar. Concluí-se que Helicóptero Schweizer é tecnicamente viável e aceito, para sua utilização no treinamento de tiro embarcado.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho busca analisar a viabilidade da utilização do Helicóptero Schweizer 300C[2] na instrução de tiro aerotransportado na Brigada Militar (BM), considerando-se para tal a conceitualística, aplicabilidade prática e embasamentos legais inerentes ao tema, tendo como fulcro principal sua base legal, sua fundamentação teórica e através da experiência de utilização da aeronave pelos Pilotos e Tripulantes da BM.

A motivação para escolha do tema surgiu da necessidade em buscar doutrinas e referências para ministrar a instrução de tiro aerotransportado aos Tripulantes da Polícia Civil, no ano de 2012, e para o curso de Tripulantes Operacionais[3] da BM realizado no mesmo ano, e sendo constatado que não há nada escrito com relação ao Helicóptero Schweizer para tal finalidade.

Neste contexto pela experiência nesta atividade, como instrutor de tiro da Brigada Militar e piloto de helicóptero, verificamos a necessidade de aperfeiçoamento das técnicas e do efetivo que desempenha a atividade de tripulante Operacional, bem como dos Pilotos do Batalhão de Aviação (BAV), visando estabelecer um desempenho satisfatório, no tocante à segurança aeronáutica[4].

Daí a justificativa do treinamento a que o policial – tripulante operacional, deverá ser submetido constantemente. Este treinamento automatizará procedimentos e garantirá um trabalho mais técnico, menos sujeito a falhas e possível de ser avaliado, pois todos estarão aptos a proceder de maneira mais correta.

A delimitação do tema deste trabalho é o emprego do Helicóptero Schweizer como plataforma de treinamento de tiro embarcado: As vantagens e desvantagens do uso de tal helicóptero no treinamento de tiro, custo benefício hora/vôo, e avaliação do treinamento de tiro.

Tendo como questão problema o treinamento atual desenvolvido junto aos tripulantes operacionais do Batalhão de Aviação pode estar defasado, talvez por não utilizar outras oportunidades para o treinamento de tiro, já que o custo hora vôo para treinamento na aeronave esquilo é muito elevado.

Com isso surge o problema de pesquisa que será objeto de análise neste trabalho, que tem o intuito de responder à seguinte questão: O Helicóptero Schweizer pode ser utilizado para o treinamento de disparo de arma de fogo embarcado pela Brigada Militar?

Como hipótese para a resposta do problema é a compreensão de questões de custo e benefício, referente ao uso de uma aeronave de baixo consumo de combustível, a uma aeronave com alto consumo, há de facilitar a realização de um maior número de treinamentos, aumentando a possibilidade de qualificação do efetivo.

Bem como com relação a tripulação que efetua os disparos, há possibilidade de não haver diferença no treinamento, da qualidade do disparo entre ambas aeronaves, Esquilo e Schweizer (área de visão, posição corpo no momento do disparo).

O objetivo do presente trabalho será verificar a viabilidade de emprego do Helicóptero Schweizer, na utilização do treinamento de tiro embarcado, com os seguintes objetivos específicos: descrever a utilização do Helicóptero Schweizer 300C pela Brigada Militar atualmente; examinar as restrições técnicas da utilização do Helicóptero Schweizer 300C do ponto de vista das especificações do fabricante; levantar dados sobre a viabilidade de utilização do Helicóptero Schweizer 300C no treinamento de tiro, sob o ponto de vista dos Pilotos e Tripulantes, através de questionário e verificar as semelhanças e diferenças entre o treinamento de tiro realizado a bordo do Helicóptero Schweizer, e do Helicóptero Esquilo.

A metodologia utilizada foi da escala de opiniões, com questões aplicadas aos pilotos e tripulantes operacionais. Assim, a pesquisa contará com os métodos estatísticos e comparativos, a fim de interpretar os dados extraídos da pesquisa de campo (questionários), em valores quantitativos e, posteriormente uma análise estatística.

No método comparativo, proporcionar verificar as semelhanças e diferenças entre o treinamento de tiro realizado a bordo do Helicóptero Schweizer, e do Helicóptero Esquilo.

Para o desenvolvimento do trabalho, empregar-se-á a técnica da documentação indireta, através da obtenção de dados por meio de pesquisa documental, que fundamenta como a questão do treinamento está sendo tratada para a formação e a capacitação dos policiais militares e, em especial, dos tripulantes operacionais do Batalhão de Aviação da BM, abordando os objetivos e as repercussões.

Dessa forma, analisou-se, no segundo capítulo, evolução histórica do helicóptero e seu emprego em operações aéreas, bem como a criação do Helicóptero Schweizer, suas peculiaridades e características.

Um breve histórico da criação da aviação na Brigada Militar e a utilização do referido helicóptero pelo Batalhão de Aviação.

No terceiro capítulo, procurou-se apresentar os fundamentos legais que embasam a legalidade da utilização de helicóptero pelas forças de Segurança Pública, bem como a utilização de armamento a bordo das aeronaves, e da tripulação está bem treinada e consciente da possibilidade de utilização da aeronave como plataforma de tiro, a fim de garantir a sua segurança ou de terceiros.

No quarto capítulo, analisamos como era realizado o treinamento de tiro a bordo de helicóptero, as normas que o regulam na corporação, apresentando ainda a técnicas de tiro embarcado, o porquê treinar, e como é a realização do treinamento atualmente no Batalhão de Aviação. Passando-se a analisar as diferenças de treinamento entre o Helicóptero Esquilo e Schweizer.

No capítulo seguinte analisou-se o questionário aplicado aos Pilotos e Tripulantes do BAV, com a percepção e a avaliação desses com relação ao treinamento de tiro e ao uso do Helicóptero Schweizer para este fim.

Assim, a leitura a seguir se dará de forma clara e com o objetivo de responder todas as expectativas do trabalho proposto.

  1. BREVE HISTÓRICO DO HELICÓPTERO SCHWEIZER E DO BATALHÃO DE AVIAÇÃO DA BRIGADA MILITAR

Segundo Neto (2010), a história das invenções da humanidade para voar com asas rotativas se remonta no passado. Foram tantas as dificuldades que encontraram os pioneiros, que o helicóptero prático só surgiu após trinta anos do primeiro vôo de um aeroplano, vôo de Santos Dumont em seu 14 Bis, em 1906.

Até o ano de 1939 que é considerado a evolução absoluta do helicóptero como aeronave para emprego nas mais diversas atividades, o mundo experimentou diversos modelos, com as mais diversas soluções aerodinâmicas.

Ainda de acordo com Neto (2010) a total aceitação do helicóptero só veio a acontecer depois da Segunda Guerra Mundial, e diversos modelos começaram a ser fabricados por diversas partes do mundo, quando a explosão demográfica das grandes cidades elevou-o como a única resposta para o transporte urbano. A sua grande flexibilidade comprovou ser ele a ferramenta ideal para as operações militares, policiais, busca e salvamento, transporte de executivos e principalmente como apoio às plataformas de prospecção petrolífera localizadas em alto mar.

A história do Helicóptero Schweizer 300C, de acordo Simanke (2006) o qual relata que remonta ao ano de 1955 nos Estados Unidos, onde começou a ser concebido nas pranchetas da Hughes Tool Corporation Aircraft Division com a denominação de Modelo 269.

Seu primeiro protótipo voou em outubro de 1956, mas só recebeu melhorias aerodinâmicas e estruturais por volta de 1960 onde passou a ser denominado Modelo 269A.

O Hughes 269A sob o ponto de vista estrutural era mais avançado, pois além da cabine redesenhada teve sua fuselagem produzida em tubos de aço e seus esquis foram curvados para cima onde podiam ser instalados rodas para o manuseio em solo.

Em 1964, já haviam sido produzidas 314 unidades e o Exército dos Estados Unidos passou a adotá-lo como treinador básico com a designação de “TH-55A Osage”.

Figura 1: TH- 55 A

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Fonte: www.avia.russian.ee/helicopters_eng/mcdonnel-200.php

Em 1983, os direitos de produção do Hughes 300 foram vendidos a Schweizer Aircraft Corporation fabricante de aeronaves mais antiga dos Estados Unidos.

Desde então a Schweizer vem desenvolvendo melhorias que aumentam a sofisticação e a segurança desta máquina que já ultrapassou as vinte milhões de horas voadas pelo mundo, segundo informações da Empresa EDRA Aeronáutica LTDA[5], responsável no Brasil pela comercialização da referida aeronave.

2.1 O EQUIPAMENTO E SUAS PECULIARIDADES

O Helicóptero Schweizer 300C prova através de sua trajetória de evolução e emprego em todo o mundo, ser um equipamento de extrema confiabilidade. Sua segurança, estabilidade, rápida resposta aos comandos e pela simplicidade de pilotagem, favorecem a atividade operacional, incorporando características próprias e essenciais para este tipo de missão. (GONÇALVES, et al, 2001, p.40).

Conforme o manual do fabricante do modelo 300C (Manual de vôo aeronave, 1999)[6] sua capacidade é para até três ocupantes, quando removido o comando do lado direito, possui um rotor principal articulado, com três pás e um rotor de calda ou anti-torque com duas pás.

Sua fuselagem modular totalmente metálica acopla uma cabine espaçosa que favorece a visibilidade para a observação aérea em todas as direções e ampla mobilidade, o que favorece a visualização do alvo, para questões de treinamento do tiro, além de abrigar os controles de vôo, painel de instrumentos e outros acessórios.

O diâmetro do rotor principal de 8,18 m propicia aproximações em áreas restritas, facilitando a colocação de tripulantes em locais de risco. E por ser um rotor totalmente articulado, absorve melhor o efeito de cone (que é o aumento do ângulo das pontas das pás pelo fator carga), turbulência e rajadas de vento.

O combustível utilizado é a Gasolina de Avião (Av Gas) que é armazenado em dois tanques com a capacidade total de 65 US Gal (246 litros) e estão localizados atrás da cabine. Sua autonomia de vôo pode chegar a 3.8 Horas com um alcance de 587 Km.

Sua capacidade de carga chega aos 430 quilos e sua velocidade de cruzeiro ao Nível Médio do Mar é de 159 km por hora, permitindo a execução de operações e serviços com excelentes resultados.

O equipamento da Brigada Militar, possui além de um sistema de comunicação interna através de fones de ouvido, a instalação de rádios operacionais para a comunicação bilateral com os Órgão envolvidos na segurança pública.

2.2 O SERVIÇO DE AVIAÇÃO NA BRIGADA MILITAR

De acordo com Muller(2002), o Batalhão de Aviação da BM é a unidade responsável pelo planejamento e emprego de aeronaves de asas fixas e rotativas em missões de proteção e socorro, em todo território gaúcho, atuando em apoio às unidades operacionais, e transporte do Governo do Estado, consolidando-se como uma importante modalidade de policiamento e suporte para a execução das atividades de polícia em todo território do Estado do Rio Grande do Sul.

Neste contexto, o BAV promove, de maneira geral, a formação e o aperfeiçoamento de seus policiais que atuam na atividade aérea, visando estabelecer um desempenho satisfatório de seus profissionais, sustentados em sólidos padrões de segurança operacional aeronáutica.

Os helicópteros da Brigada Militar possuem as características da plataforma de observação, ou seja, permitem à sua tripulação detectar com precisão movimentos de delinqüentes no solo e orientar viaturas para uma ação precisa e decisiva, demonstrando um perfil de vôo que admite, entre outras, a execução de um tiro de arma de fogo[7] no perfil estacionário (pairado[8]), em movimento, a diversas alturas e velocidades.

Daí a justificativa do treinamento a que o policial – tripulante operacional deverá ser submetido constantemente. Este treinamento automatizará procedimentos e garantirá um trabalho mais técnico, menos sujeito a falhas e possível de ser avaliado, pois todos estarão aptos a proceder de maneira mais correta.

Ademais, o simples fato de nada ter-se escrito sobre o tiro defensivo embarcado helicóptero modelo Schweizer é justificável para pesquisar-se o assunto, pois servirá para o fortalecimento da segurança das operações aéreas e do estabelecimento do início de uma doutrina a respeito.

É importante fazermos um resumo da história do helicóptero, e o uso deste na Brigada Militar, bem como as características do Helicóptero Schweizer, que é o norteador deste trabalho.

A evolução da aviação da Brigada Militar se dá com a compra, por parte da Secretaria da Justiça e da Segurança, em 1982 de 02 helicópteros “Esquilo”[9], com a missão de apoiar as duas polícias. Nesse período deu-se a criação de dois grupamentos na Corporação, o Grupamento Aéreo de Policiamento Ostensivo (GUAPO), que era um braço do Departamento Aeroviário do Estado(DAE) responsável pelas missões policiais e o Grupamento Aéreo de Busca e Salvamento (GABS), responsável pelas atividades de bombeiro.

E em 1989 dá-se a criação do Grupamento de Polícia Militar Aéreo (GPMA), a 22 de setembro de 1989, através do Decreto 33.306, do Governo Estadual. Unidade da Brigada Militar, responsável por toda a atividade aérea da Brigada Militar, tanto de policiamento como em atividades de bombeiro e defesa civil. Que veio a substituir o Guapo.

Além da efetivação oficial como uma Unidade Aérea da Brigada Militar, a aquisição de novas aeronaves – como o helicóptero McDonnell Douglas MD 500E e os motoplanadores AMT-100 Ximango, sendo este último com necessidade de pista adequada para decolagem – motivou a mudança para novas instalações, que passaram a funcionar no Aeroporto Internacional Salgado Filho, haja vista que o GUAPO operava junto ao BPChq (Batalhão de Policia de Choque), hoje chamado de BOE (Batalhão de Operações Especiais).

O Grupamento passou por várias transformações, qualificação, e aquisição de novas aeronaves, bem como em 23 de abril de 2005, através do Decreto Estadual 43.757, foi criado o Centro de Formação Aeropolicial (CFAer), unidade aérea responsável pela formação e especialização dos policiais militares na área de policiamento aéreo, bem como pelo desenvolvimento de programas de incentivo e qualificação técnico-profissional da atividade aeropolicial dentro da Corporação. O CFAer possui sua sede na cidade de Capão da Canoa, onde conta com um aeródromo[10] com capacidade de ministrar  todas as habilitações iniciais para aviões e helicópteros, devidamente homologadas pela Agência Nacional de Aviação Civil(ANAC). Desde a sua origem, o CFAer já formou gestores de Unidades Aeropolicial, pilotos de avião e helicóptero e tripulantes operacionais para todo o Brasil.

No ano de 2010, por intermédio do Decreto nº 47.176, de 14 de Abril de 2010, criou-se o Batalhão de Aviação da Brigada Militar (BAvBM), derivado do antigo GPMA. O referido Batalhão possui bases operacionais nas regiões da Capital, Uruguaiana e Caxias do Sul. Na mesma data, também editou o Decreto 47.177, extinguindo a Divisão de Serviços Aéreos (DSA), então órgão da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado, passando para a Brigada Militar todo o pessoal, aeronaves e responsabilidades daquele Órgão que, junto com o BAvBM, compunha o então Esquadrão de Transporte.

Hoje todo serviço aéreo público do Estado do Rio Grande do Sul é planejado e executado pela Brigada Militar.

2.3 UTILIZAÇÃO DE AERONAVES MODELO SCHWEIZER NA BRIGADA MILITAR

No ano de 2001 foi acrescentado a frota de aeronaves do GPMA um helicóptero Schweizer 300C (figura 02), visto sua versatilidade e segurança.

No Brasil o único operador governamental a época, a Brigada Militar com a referida aeronave desenvolve as atividades de patrulhamento aéreo em rodovias, na proteção ambiental, no combate ao crime organizado e no treinamento de pilotos através do CFAer.

Atualmente a frota da BM, de helicóptero deste modelo, é de quatro (04) aeronaves, duas (02) em Capão da Canoa no CFAer, uma (01) na base de Uruguaiana e uma (01) na Base de Caxias do Sul.

Figura 02: Schweizer 300C – Do BAV

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Fonte: Arquivo Seção de Operações BAV

  1. FUNDAMENTOS LEGAIS À ATIVIDADE DE USO DE HELICÓPTERO COMO PLATAFORMA DE TIRO.

Neste tópico, abordam-se os fundamentos legais que viabilizam o uso de armamento pela tripulação nas aeronaves da Brigada Militar, tanto nos aspectos constitucionais como infraconstitucionais.

Na Constituição Federal, no Art 144, cita que A segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, colocando a Policia Militar como responsável pela Polícia Ostensiva cabendo a preservação da ordem pública.

E na Constituição do Estado do Rio Grande, no seu Art 124, trata da segurança pública, especifica a função da Brigada Militar, responsável pela Polícia Ostensiva e a preservação da Ordem pública, além da guarda externa dos presídios.

3.1 DECRETO-LEI Nº. 667, DE 02 DE JULHO DE 1969, MODIFICADO PELO DECRETO LEI Nº. 1.072, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1969.

Dispõe sobre a organização das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal, deixando implícito em seu artigo 16, a possibilidade de aquisição de aeronaves, ao negar autonomia a essas instituições na deliberação quanto às especificidades dos equipamentos a serem adquiridos, assim dizendo: É vedada a aquisição de engenhos, veículos, armamentos e aeronaves, fora das especificações estabelecidas”.

3.2 DECRETO FEDERAL Nº. 88.777, DE 30 DE SETEMBRO DE 1983

O Decreto Federal nº. 88.777, de 30 de setembro de 1983, aprovou o Regulamento, denominado R-200, que rege as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares.

O Capítulo II do referido diploma legal trata de conceituações e competências, onde encontramos no Art 27, que O policiamento Ostensivo é uma ação exclusiva das Polícias Militares, especificando o Tipo de Policiamento aéreo.

No artigo 3º, encontramos o respaldo para as Polícias Militares adquirirem aeronaves, e o mesmo texto sujeita as organizações ao controle do Ministério do Exército.

Artigo 3º – Parágrafo único – O controle e a coordenação das Polícias Militares abrangerão os aspectos de organização e legislação, efetivos, disciplina, ensino e instrução, adestramento, material bélico de Polícia Militar, de saúde e veterinária de campanha, aeronave, como dispuser neste Regulamento e de conformidade com a política conveniente traçada pelo Ministério do Exército […].

O artigo 20 faz referências às características das aeronaves que poderão ser adquiridas pelas Polícias Militares, e trata também das restrições.

Artigo 20 – A aquisição de aeronaves, cuja existência e uso podem ser facultadas às Polícias Militares, para melhorar o desempenho de suas atribuições específicas, bem como suas características, será sujeita à aprovação pelo Ministério da Aeronáutica, mediante proposta do Ministério do Exército.

3.3 LEGISLAÇÃO AERONÁUTICA

As instituições de segurança pública que empregam aeronaves se submetem à legislação aeronáutica, a qual regula as suas operações e emprego, de acordo com o § 2º do artigo 107 da Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, do Código Brasileiro de Aeronáutica.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), criada através da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, traz no seu Art. 8º, como competência adotar as medidas necessárias para regular e fiscalizar o serviço aéreo, os produtos e processo aeronáuticos a formação e treinamento do pessoal, bem como diversas outras atribuições, portanto a Aviação da Brigada Militar, se submete as normas e regulamentações da ANAC.

E através do Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica 91 (RBHA), em sua Subparte K – Operações Aéreas Policiais e/ou de Defesa Civil, item 91.955 (aeronaves autorizadas), define que as Polícias Militares só podem executar operações aéreas em aeronaves classificadas como aeronaves civis brasileiras.

Salienta ainda que seja vedada às organizações de segurança pública a instalação e/ou adaptação de armamento em suas aeronaves. E permite o pouso fora dos locais homologados, deste que seja para operações de segurança pública.

Os tripulantes de aeronaves de Segurança Pública tem sua regulamentação no artigo 156 do CBA que os define como: “São tripulantes as pessoas devidamente habilitadas que exercem função a bordo de aeronaves”.

Os comandantes de tais aeronaves devem possuir, no mínimo, licença de piloto comercial e certificado de habilitação técnica para o tipo de aeronave que operam. Conforme RBAC 61 de 02 de dezembro de 2004

E através do Ofício nº 037 de 19 de Dezembro de 1990 do Departamento de Aviação Civil, antigo DAC, que veio a ser substituído pela ANAC, a operação das aeronaves pelos Pilotos de Segurança, mantém-se diferenciado do Piloto Civil, por considerar o risco que envolve missões aeropoliciais, é recomenda que as operações policiais, sejam comandadas por pilotos com mais de 500 horas de vôo e que tenham recebido treinamento específico para a atividade.

Esta recomendação vem sendo cumprida na maioria das Polícias Militares, bem como pelo Batalhão de Aviação da BM, demonstrando preocupação com a Segurança de Vôo.

A legislação aeronáutica, não fala nada com relação a disparos de arma de fogo do interior das aeronaves, apenas veda o arremesso de objetos, conforme seção 91.15 da RBHA 91. “..Nenhum piloto em comando de uma aeronave civil pode permitir que qualquer objeto seja jogado de uma aeronave em vôo, ..”.

Portanto a utilização de armamento nas aeronaves e utilização desta na segurança publica, encontra amparo na legislação vigente.

3.4 UTILIZAÇÃO DO HELICÓPTERO COMO PLATAFORMA DE TIRO

Normalmente a utilização do helicóptero se dar mais como plataforma de observação aérea, geralmente em apoio policial às unidades ou frações de tropa. Porém conforme, Machado(2012) em tempos atuais, e com a evolução tanto técnica quanto tática dos meios de prevenção e repressão policiais, vemos como necessário o avanço tático aéreo para além da observação, mormente nos casos em que a necessidade requerer, como combate policial.

É sabido que as aeronaves do BAV são utilizada com seu foco principal na prevenção, porém existem situações em que o crime está em curso, e a utilização da aeronave se faz necessária como forma repressiva.

Importante frisar que várias policias em todo o mundo adaptaram técnicas militares, para utilização de policiais armados a bordo dos helicópteros, por ser extremamente útil, em razão de seu excelente campo de visão e cobertura, é basicamente um serviço de apoio, pois depende de uma interação com os demais recursos policiais em solo pra que obtenha um resultado satisfatório.

Porém há situações em que o helicóptero e sua tripulação são a única presença policial na ocorrência, onde por vezes é necessário uma intervenção direta, como exemplo podemos considerar a busca de criminoso armado e homiziado em uma região de mata fechada já é o suficiente para considerar que ele irá fazer uso de sua arma contra a tripulação.

Poderíamos exemplificar com vários exemplos do uso do Helicóptero no Brasil, onde foi necessário uso de armamento por parte da tripulação, a fim de mostrar os riscos a que a tripulação está sujeita, como o caso da Morte do Policial Federal Klaus Henrique Teixeira de Andrade[11], a época com 27 anos que, à bordo de um helicóptero da corporação atirava nos assaltantes com uma metralhadora, porém acabou por ser alvejado por um disparo de fuzil, desferido pelos assaltantes que haviam assaltado o Banco do Brasil, em Pilão Arcado, norte do estado da Bahia, na data de 26 de setembro de 2003.

Não há dúvida das vantagens da observação aérea policial. Porém, atualmente, temos que acrescentar a visão de uma possível e necessária reação por parte das equipes envolvidas. Para tanto, temos que dimensionar como fazer. Atirar de um helicóptero em vôo não constitui tarefa fácil, Machado(2012) elenca algumas variáveis a serem consideradas: Velocidade e sentido de deslocamento da aeronave; Movimentação da ameaça; Ângulo de incidência dos disparos; Regras de engajamento e comunicação de cabine (fraseologia); Linhas de tiro possíveis; Sistemas auxiliares de mira; Propriedades balísticas da munição e do armamento empregados; Adaptação do armamento para a atividade aérea diurna / noturna.

O treinamento envolve não somente os policiais atiradores como também os pilotos, que devem ser treinados em manobras evasivas e posicionamento adequado da aeronave durante o acompanhamento de uma ameaça, a fim de evitar exposição demasiada. O trabalho é em equipe, onde se obtém a melhor vantagem do poder de fogo preciso e seletivo aliada à manobrabilidade dessas aeronaves.

Portanto é necessário os pilotos e tripulantes operacionais, estarem focados na situação da necessidade de uma manobra evasiva, ou o uso imediato do armamento para cessar uma agressão iminente. E esta disciplina e consciência situacional se faz apenas com treinamento e mais treinamento, por isso da importância do presente trabalho, na busca de alternativas a fim de manter a tropa qualificada.

  1. TREINAMENTO DE TIRO POLICIAL A BORDO DE HELICÓPTERO NO BATALHÃO DE AVIAÇÃO DA BRIGADA MILITAR

Com relação à Instrução de Tiro, a Corporação possui editada duas Notas de Instrução: a de número 006.1, de 28 de dezembro de 2011, que regulamenta a utilização das linhas de tiro da Brigada Militar, e a de número 007, de 23 de dezembro de 2005, que regula os procedimentos gerais referentes à instrução de tiro na Corporação. Conforme consta nestas Notas de Instrução de Ensino e Treinamento, todos os policiais militares devem participar de treinamentos de tiro policial no mínimo uma vez por semestre, através das instruções programadas pelas Unidades a que estão vinculados, sob a supervisão do Departamento de Ensino.

Com relação a instrução propriamente dita, normalmente é realizado uma vez por semestre uma instrução de tiro, porém aos Tripulantes Operacionais a bordo do Helicóptero quase sempre uma vez ao ano apenas, quase sempre na sua totalidade durante a Operação Golfinho[12] da Brigada Militar, na linha de tiro de Capão Novo, na cidade de Capão da Canoa/RS, porém normalmente somente aos que estão atuando na referida operação.

É importante salientar que cada vez mais é necessário termos preparo para as mais diversas situações. Quando em nosso dia-a-dia profissional, estes fatores se deparam com a minúcia de detalhes nas operações de policiamento aéreo, a responsabilidade e o preparo são mais exigidos e a técnica juntamente ao trabalho em equipe, fazem a grande diferença garantindo assim o sucesso ou não da operação.

Muito se conhece abstratamente sobre a atividade de um piloto, no entanto, fazer uma máquina alçar vôo para desenvolver uma operação de salvamento não depende apenas de sentar-se na cabine e operar a máquina dentro dos parâmetros estipulados pelo fabricante e cumprir as regras de tráfego aéreo, este trabalho é detalhista demais e ocorre de forma muito intensa, dependendo de muitas condições tanto da tripulação, quanto do meio e da máquina.

Por isso, a habilidade na pilotagem, vinda de longa experiência de vôo, de árduo treinamento, de reciclagens constantes e de um profundo senso de responsabilidade, faz com que o piloto esteja na busca constante da perfeição e do aprimoramento, fazendo de cada vôo e de cada manobra uma auto-avaliação do seu nível de proficiência.

No entanto, o conhecimento não deve ser retirado apenas do senso comum, ou mesmo aperfeiçoado nas experiências de vôo, conforme citado acima, é necessário que o piloto tenha um conhecimento acadêmico, onde as limitações sejam apuradas juntamente com as técnicas, para que a prática venha ao encontro de suas construções. Este conhecimento proporcionará segurança e rapidez na interpretação e julgamento de determinadas situações de vôo. Pois, conhecer o aparelho, amplia as possibilidades de utilização da máquina e trás maior confiança à tripulação.

Mas não é apenas o piloto o principal integrante em uma situação de operações aéreas, assim contempla-se também a tripulação, composta por piloto, co-piloto e os tripulantes operacionais, que na Brigada Militar, estes estão preparados para atuarem tanto no salvamento, resgate, (atividades de Bombeiros), como para apoio nas mais variadas ocorrências policiais, havendo necessidade de está pronto para efetuar um disparo com arma de fogo.

Assim, é necessário que não apenas o treinamento técnico esteja presente, mas a consciência de equipe também, pois a realização do todo se dará a partir da fundamentação enquanto grupo, a sintonia e o sincronismo nas ações se dão de forma construtiva e concreta, tendo como o sucesso da operação o mérito alcançado.

Decisões operacionais acertadas dependem da avaliação correta da situação geral e isso nem sempre é fácil num ambiente dinâmico a bordo de uma aeronave. O julgamento está intimamente relacionado com a personalidade do indivíduo e com sua experiência, histórico, formação profissional e etc. Desta forma é fundamental o treinamento, para que garanta a eficiência do processo, e assim, proporcionar à comunidade maior segurança e confiabilidade na atividade desenvolvida pela Brigada Militar.

4.1 TÉCNICAS DE TIRO EMBARCADO

O presente trabalho visa fazer uma exposição do trabalho desenvolvido juntamente com o Capitão Teixeira[13], no ano de 2012, quando por iniciativa foi proposto o treinamento de tiro embarcado no Helicóptero Schweizer, juntamente com a época Major Fabrício[14], este como o piloto da aeronave, para a habilitação dos tripulantes da Policia Civil (figura 3), conforme ata de habilitação, Anexo A,  e posterior no curso de tripulante Operacional/2012 da Brigada Militar, com o Major Santarosa[15], em razão que a aeronave o qual normalmente era utilizada no tiro embarcado estava fora de uso, e tentar apresentar como foi feito o treinamento, em razão de que não foi possível realizar um novo treinamento, a fim de fazer uma nova comparação entre aeronaves, em virtude da contenção de despesa, com isso será analisado o trabalho já realizado, com entrevistas com alguns participantes envolvidos a época como pilotos e tripulantes.

Figura 3[16]: Foto de instrução tiro Trip Op PC

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Arquivo pessoal

É importante conceituar o tiro defensivo a bordo de helicóptero onde segundo Muller(2002), é a realização de um disparo de arma de fogo realizado por um componente da guarnição policial-militar aérea, normalmente o Tripulante Operacional, a partir do interior de uma aeronave de asas rotativas (o helicóptero), para um alvo no solo e que possa oferecer risco à segurança da aeronave, da tripulação ou de terceiros.

Ainda Muller(2002) relata que o disparo de arma de fogo a partir do interior de um helicóptero é uma atividade crítica e específica, devendo a fração de operação aérea estar bem treinada para a realização deste procedimento, reduzindo, assim, os riscos iminentes. O Tripulante Operacional desempenha diversas atividades a bordo e também é o profissional incumbido de conduzir o armamento.

O entrosamento com o comandante da aeronave deve ser alvo de constantes avaliações e instruções, pois a decisão pelo disparo decorre da avaliação do tripulante sob a autorização do comandante, que é também quem deverá posicionar o helicóptero de forma que seja possível obter o enquadramento do alvo desejado.

O emprego de aeronaves para tal finalidade deve ser criteriosamente estudado, tendo em vista que, nessas situações, o helicóptero é exposto a um elevado grau de risco por estar em ambiente hostil e geralmente à baixa altura, tornando-se um alvo compensador e relativamente fácil.

Cabe ressaltar que os helicópteros produzem vibrações, ruídos e uma excessiva quantidade de vento, seja pela rotação das pás ou pelo deslocamento, além de estar exposto a diversas interferências de massas de ar atmosférico comumente chamadas de turbulência, exigindo, assim, o condicionamento prévio dos tripulantes operacionais, bem como dos pilotos, quando for imprescindível a utilização do recurso extremo da força policial: a letal.  A possibilidade de acertar o alvo desejado fica extremamente prejudicada com a conjugação dos fatores acima mencionados e a falta de treinamento e de uma doutrina consolidada.

Para a realização do treinamento foi pesquisado o Manual de Tiro Helitransportado da Policia Militar de Santa Catarina, e Trabalho de tiro do Cap Didier[17](2008) da PM/MG, a fim de buscar referências de procedimentos a serem adotados, e constatado que na totalidade dos treinamentos eram realizado em alvos de papel, com pouco aproveitamento de precisão dos disparos.

A parte propriamente do treinamento foi realizado em dez tempos hora/aula(H/A), com o objetivo de proporcionar os conhecimentos que capacitam o aluno a manusear com segurança o armamento durante operações aéreas. Seguindo um Programa de Treinamento criado juntamente com o Cap Teixeira, e aprovado pelo CFAER: Treinamento Tático – Helicóptero em solo: 02 hora aula (H/A); Treinamento Tático – Helicóptero em vôo: 02 H/A; Tiro Tático – Helicóptero em aproximação (vôo) e solo: 02 H/A; Treinamento Tiro Tático – Helicóptero em sobrevôo: 03 H/A.

Desta forma, as aulas teóricas são ministradas normalmente em sala de aula e demonstração junto a aeronave, onde são abordados temas Treinamento Simulado – Hangar, Treinamento Aeronave – Técnica de Varredura, Desembarque Posição-Tática de Patrulha, Desembarque Posição Tática de Rápida Abordagem, Desembarque Posição Tática de Segurança de Área.

Todos os tripulantes passam por treinamento de procedimentos táticos de abordagem, progressão e tiro, uso da bandoleira, etc. Quando o treinamento já na linha de tiro é treinado com o helicóptero em solo, repassado os temas de Desembarque em Posição Tática de Patrulha, toque/arremetida, Desembarque em Posição Tática de Rápida Abordagem – toque/arremetida, Desembarque em Posição Tática de Patrulha – baixa altura.

A parte prática do tiro é realizada num total de 04 Hora/Aula, sendo num primeiro momento 20 disparos por habilitados, de 20 a 50 metros, a fim de dominarem noção de alça/massa visada, com alvos atiráveis, sem decisão de tiro, busca da adaptação do policial a arma, assim como os fundamentos; num segundo momento são realizados 20 disparos em distâncias variadas de 20 metros, nesta utiliza-se das técnicas de progressão aprendidas anteriormente a frente e de recuo de costa, ainda treinam a fazer a troca de arma(pistola, saque), simulando pane da arma longa.

Quando dos disparos a bordo do helicóptero é efetuado 30 disparos, em vôo com o helicóptero em alvos marcados no solo, a distância variada de 80 metros, com velocidade da aeronave de 70 KM/h.

É Importante destacar que acabamos por mudar conceitos, do que era feito anteriormente em alvos de papel, simulando a silhueta humana, de pouca eficácia para o treinamento pois o tripulante não tem como visualizar o progresso dos seus disparos, então passamos a marcar locais no terreno com cal, com o diâmetro de três metros, onde com o disparo acaba por levantar o cal, e este consegue visualizar seus disparos e automaticamente ir corrigindo, pois durante a parte teórica estes tem conhecimento dos conceitos com relação a noção de variação do disparo em virtude da velocidade da munição e do helicóptero, e acaba por influenciar no ponto de impacto, que nunca é aquele onde o Policial vez a mira, normalmente variando de 50cm a 1metro.

São marcados 03 alvos no solo com o cal com uma distância entre cada alvo em torno de 10metros, onde o piloto realiza um sobrevôo inicial a fim do tripulante localizar e identificar o alvos, e com mais duas passadas onde o atirador efetua 05 disparos em cada alvo, totalizando 30 disparos.

Com o treinamento de tiro na Fazenda Lolita (Figura 4), em Santana do Livramento RS, evoluímos na questão do treinamento onde em vez de atirar no cal, passamos a treinar os disparos em alvos marcados na água, açude, onde ficou mais fácil a visualização e em conseqüência a devida correção do disparo, em razão do impacto do projétil na água ocorre grande dispersão do fluido d’água.

Figura 4: Foto Tripulante da BM, Instrução de Tiro Fazenda Lolita

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Arquivo pessoal

4.2 DIFERENÇAS ENTRE HELICÓPTEROS ESQUILO E SCHWEIZER, NO TREINAMENTO DE TIRO

O helicóptero Esquilo, de acordo com Muller(2002) é a aeronave utilizada no batalhão de aviação para as mais variadas missões desde salvamento a afogados, situações de resgate, remoções aeromédicas, como plataforma de observação e plataforma de tiro. Os tripulantes portanto são treinados a atuarem nas mais variadas situações, por isso de serem chamados de Tripulantes Multimissão.

Tal aeronave permanece no período diurno sempre em condições de pronto emprego no hangar do Batalhão de Aviação em Porto Alegre, Aeroporto Salgado Filho, com equipe de pilotos e tripulantes Operacionais, sempre configurada como plataforma de observação e a prestar apoio em força nas ocorrências policiais, um tripulante normalmente está equipado com arma longa, e em condições caso necessário efetuar disparo a fim de cessar alguma possível agressão a equipe, na figura 5, verificamos a posição de tiro que o tripulante é treinado para caso necessário agir, fica sentado no banco com uma perna direita apoiada na parte interna da aeronave, e a esquerda apoiada no esqui, nota-se que a arma não é apoiada no joelhos, pois isso iria prejudicar a qualidade do tiro, além de aumentar o campo de visão.

Figura 5: Helicóptero Esquilo da BM

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Arquivo pessoal

Com relação ao Helicóptero Schweizer este é utilizado para a formação dos Pilotos, deste a face inicial para obterem a Licença de Piloto Privado(habilita o piloto a voar sozinho, sem passageiros), Piloto Comercial(habilita o piloto a voar com passageiros), até a formação de instrutores. Também utilizado como plataforma de observação em apoio nas ocorrências policiais, já foi utilizado em apoio na operação golfinho, a fim de apoiar os salva vidas, mas não é utilizado como plataforma de tiro.

Foi utilizado este no treinamento de tiro, onde o tripulante podia ficar em posição quase que semelhante a do Esquilo, conforme verificamos na figura 6, não havendo diferenças significativas a destacar, pois analisando as figuras, verificamos a semelhança na posição de tiro.

Figura 6: Helicóptero Schweizer da BM

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Arquivo pessoal

Com relação ao consumo de combustível, de acordo com o manual das aeronaves, o helicóptero Esquilo tem um consumo de 150 litros de querosene de aviação por hora. E o Helicóptero Schweizer tem um consumo de 50 litros de gasolina de aviação por hora. Como o preço da gasolina e da querosene são basicamente idênticos, podemos concluir que o Helicóptero Schweizer é três vezes mais econômico que o Esquilo, com relação ao consumo de combustível.

  1. RESULTADOS DA PESQUISA REALIZADA COM OS PILOTOS E TRIPULANTES DO BATALHÃO DE AVIAÇÃO DA BM

Na presente seção serão analisados os resultados a que se propôs buscar com esta pesquisa relacionando as bases teóricas, os objetivos e as hipótese previamente apresentadas na seção um, a fim de dar resposta ao problema em estudo.  Os resultados apresentados refletem a ótica dos pilotos de helicóptero e tripulantes operacionais do BAV.

Há que se ressaltar que os dados também seriam interpretados fazendo uma pesquisa de campo, colocando Pilotos e Tripulantes a realizarem novamente uma instrução em ambos os helicópteros, Esquilo e Schweizer, porém em virtude da falta de recursos que o estado passa, não foi autorizado pelo Comando a presente instrução. Porém me utilizo da pesquisa de campo do treinamento a que foi utilizado conforme apresentado na seção 4, e de questionário a fim de avaliar a percepção que os Pilotos e Tripulantes, possuem sobre o assunto.

Portanto o presente estudo foi desenvolvido numa abordagem qualitativa/quantitativa, de cunho investigativo e descritivo com base conforme relatado na experiência profissional e questionário aplicado.

Ao elaborar hipóteses e objetivos da pesquisa procurou-se dar suporte na busca de informações sobre o tema proposto, uma vez que se trata de trabalho inovador na definição de novas técnicas para o aperfeiçoamento do treinamento de tiro embarcado.

Foi definido que o questionário seria apresentado somente aos Pilotos de Helicóptero da Brigada Militar e o Tripulantes Operacionais que estão servindo no BAV, utilizando-se de escala de opinião elaborada especialmente para a pesquisa.

Ressalta-se que mantivemos o anonimato dos entrevistados, de maneira que a identidade dos entrevistados não fosse citada em nenhum momento. Pois entendemos que dessa maneira pudemos abstrair a maior fidedignidade possível das respostas, já que os entrevistados sabiam que não teriam como identificar-los, a fim de saber quem foi que deu determinada resposta.

Foram distribuídos 40 questionários para preenchimento, dos quais recebemos o retorno de 25, significando um percentual de 62,5% do universo total a que se pretendia analisar.

O instrumento de pesquisa foi composto por 13 perguntas conforme consta no Apêndice A. Nas duas primeiras foi verificado dados sobre o perfil do respondente, visando identificá-los quanto à seu posto e ou graduação bem como a sua experiência profissional na atividade aérea.

Gráfico 1: Graduação Pilotos e tripulantes operacionais do BAV entrevistados

Fonte: Dados da pesquisa

grsDa análise do gráfico 2, verificamos que 64% das respostas foram dos Pilotos, onde tal função é exercida pelo Oficiais Superiores(Tenente Coronel e Majores) além dos Capitães, e 36% dos tripulantes Operacionais que é exercida pelos Tenentes, Sargento e soldados. E verificado também que 60% do entrevistados tem mais de 06 anos de experiência na atividade policial, conforme gráfico 2, o que vem demonstrar um perfil de elevada maturidade e formação profissional dos policiais envolvidos diretamente com atividades aéreas da corporação.

Gráfico 2: Tempo de serviço em atividade aérea dos entrevistados

Fonte: Dados da pesquisa

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Foi questionado aos entrevistados se já haviam se confrontado com ocorrência policial onde foi necessário efetuar o disparo a bordo do helicóptero, sendo verificado que apenas um universo de 28% dos entrevistados deparou-se com ocorrência onde foi necessário a realização de disparos de arma de fogo, a fim de cessar uma possível agressão, e na totalidade atingiram o objetivo de cessar-la, demonstrando que o confronto armado entre delinqüentes e a guarnição do helicóptero mantém-se com certeza bem afastado da realidade das equipes do Patrulhamento motorizado. Porém verificamos uma mudança cultural e doutrinal das equipes, em cada vez está mais presente em apoio nas ocorrências policiais, inclusive as situações do emprego da arma de fogo foi nos últimos 02 anos, o que vem demonstrar a constante necessidade da implementação do treinamento de tiro defensivo embarcado aos policiais diretamente envolvidos nas atividades aeropoliciais.

Ainda com relação a intervenção em ocorrências policiais, foi constado que na totalidade 100% das intervenções, obtiveram êxito em cessar a agressão, demonstrando que os casos ocorreram disparos com segurança e qualidade

Foi analisando, a experiência dos entrevistados com relação a freqüência de treinamento de tiro, em qual equipamento e a sua opinião com relação a como foi o treinamento, gráfico 3.

Gráfico 3: Freqüência de treinamento nos últimos 05 anos.

Fonte: Dados da pesquisa

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Verificamos que 32% dos entrevistados nunca efetuaram treinamento de tiro embarcado em helicóptero, e que inclusive um dos entrevistados que trabalha diretamente na função de tripulante operacional não realizou tal treinamento. Dos que efetuaram treinamento apenas 33% realizaram no Helicóptero  Schweizer, o restante realizou no helicóptero Esquilo, e alguns em ambos os equipamentos, e apenas dois Policiais efetuaram treinamento no helicóptero MD500, atualmente encontra-se em manutenção. É possível verificar ainda com base no levantamento, que a maioria dos que efetuaram treinamento não deram uma nota máxima para a instrução, apenas 15% deram nota máxima para a mesma.

Com isso analisamos que além do baixo número de treinamentos realizados, nota-se que não houve uma periodicidade, pois foi questionado nos últimos 05 anos, quantas vezes já tinha realizado treinamento de tiro a bordo do helicóptero, e na totalidade dos entrevistados não efetuaram treinamento mais de uma vez ao ano, apenas 03 entrevistado relataram que realizaram mais de 03 neste período.

Nota-se que dos entrevistados além de relatar o baixo número de treinamentos, representando um aspecto negativo e que deve ser melhorado, bem como o seu baixo aproveitamento, que não foi objeto de análise no presente questionário os motivos que não levaram a avaliar de forma satisfatória o treinamento que receberam, porém conforme relatado na seção anterior o treinamento era realizada a fim de o policial acertar o alvo que era uma silhueta humana, o que é extremamente difícil a bordo de um helicóptero já que os tiros jamais tem como ser de precisão, portanto com certeza muitos acabaram por dar uma nota intermediária em razão do seu aproveitamento dos tiros, e das diversas panes das armas, que não são adequadas para a atividade aérea.

Foi verificado as dificuldades apresentadas durante o treinamento de tiro pelos pilotos e tripulantes, onde foi apresentado no questionário um número de 6 apontamentos de possíveis dificuldades, com possibilidade dos questionados marcarem quantas entendessem que acabaram por prejudicar-los, bem como poderia informar alguma outra situação dando sua opinião. Na totalidade dos entrevistados que já efetuaram treinamento, restou comprovado que as maiores dificuldades apresentadas, foram, por exemplo, relativo ao travamento do armamento, muitas panes com relação a munição ou arma, 81% apontaram esta situação. E 75% apontaram também dificuldade no enquadramento do aparelho de pontaria com o alvo.

Nota-se que a grande dificuldade no treinamento é com referência ao enquadramento alvo, quer pelo fone de ouvido que atrapalha, e da velocidade do helicóptero. Há grandes reclamações com relação ao armamento, pois em razão da utilização por vezes de coletor de estojos, acaba por atrapalhar o manejo da arma, bem como as armas utilizadas Metralhadora MT40 da Taurus e Carabina 556 da Imbel, por natureza normalmente ocorre diversas panes. Há de se analisar no futuro a arma mais adequada para utilização pela tripulação.

Tivemos ainda a intenção de analisar se os entrevistados endentem ser importante pelo menos uma vez ao ano um treinamento, gráfico 4, onde foi estipulado um grau da sua importância para cada afirmação, considerando que a pontuação mínima 1 significava pouco necessário, e a pontuação máxima 5 significava muito necessário. Foi obtido o resultado que 88% dos entrevistados entendem ser muito importante a sua realização.

Gráfico 4: Grau de importância realização 01 ao ano treinamento

Fonte: Dados da pesquisa

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Ou seja, é um anseio do efetivo em cada vez mais se qualificar, e aperfeiçoar a técnica empregada, e que as dificuldades podem ser superadas com a implementação de um treinamento sistêmico, provocando mudanças no comportamento e trazendo benefícios para a organização.

Do questionamento do presente trabalho, com relação a viabilidade ou não da utilização do Helicóptero Schweizer em treinamento de tiro, foi verificado também o entendimento do entrevistado, conforme gráfico 4.

Gráfico 5: Viabilidade da utilização do Helicóptero Schweizer em instruções de tiro.

Fonte: Dados da pesquisa

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Da análise das respostas apresentadas, notamos que 64% entendem ser viável a utilização do helicóptero para o treinamento, e ainda estes apresentaram o porquê entendem ser viável, e quase a totalidade responderam que o aproveitamento dos disparos é o mesmo que em outra aeronave, e o seu custo benefício do valor da hora vôo, possibilitando um maior número de treinamento. Um dos entrevistados na sua opinião pessoal apresentou o seguinte comentário:

“Apesar da posição não ser exatamente a mesma do esquilo, o objetivo do treinamento é o mesmo, tipo adaptação quanto ao barulho, vento, uso da fonia e os cuidados básicos a bordo de uma aeronave”.

O que vem a corroborar com o entendimento da possibilidade de ser mais uma ferramenta de auxilio no treinamento de tiro.

Dos que responderam ser inviável o treinamento o principal argumento apresentados por todos foi com relação a restrição técnica da aeronave, visto sua limitação de espaço, tendo capacidade apenas para duas pessoas, não permitindo que o instrutor possa acompanhar a execução de disparos a bordo da aeronave, além de não permitir um posicionamento adequado ao Tripulante Operacional para a execução do disparo. Além disso dois relataram o problema da aeronave não ser multimissão[18], na sua opinião pessoal.

É importante ainda acrescentar a opinião de um entrevistado que merece ser apresentada no presente trabalho, com relação a custos e economia, onde relata que:

A aviação de segurança pública deve se basear na efetividade e segurança de suas ações. A adaptação de meios inadequados para uma missão de extremo risco como é o caso de combate iminente sob o argumento da economia é uma responsabilidade que não pode ser assumida por quem executa a missão. Nós, que somos a linha de frente, nestas situações, devemos exigir que o equipamento disponibilizado – no caso a aeronave – proporcione a maior segurança possível, seja pela potencia disponível, robustez, possibilidade segurança para o atirador por meio de um observador/segundo atirador. Que propicie, caso o atirador seja atingido, que a equipe tenha condições de colocá-lo para dentro da cabine e dar o primeiro atendimento, etc”.

Realmente este apresenta uma situação com relação a segurança totalmente correta, porém a utilização do referido helicóptero é em treinamento a qual se busca neste trabalho, e não como plataforma de tiro em operações policiais. E seria realmente muito importante que o treinamento fosse no equipamento o qual é utilizado para este fim, porém sabemos que esta não é a realidade, pois conforme levantado nos questionários há policiais atuando diretamente na atividade aérea, e não realizaram o referido treinamento.

Da análise geral do questionário foi constatado com base nas respostas dos entrevistados, que o helicóptero é viável para ser utilizado no treinamento de tiro embarcado, em razão da posição de tiro ser a mesma que o Esquilo, ainda por ser uma aeronave de baixo consumo de combustível, o que possibilita a realização de um maior número de treinamento em determinado período, e ainda em razão do treinamento ser o mesmo onde busca-se a adaptação do policial quanto aos cuidados básicos a bordo de uma aeronave.

Tais colocações vieram a confirmar as expectativas do pesquisador.

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, são apresentadas as conclusões da pesquisa, respondendo aos objetivos descritos na parte inicial do presente artigo.

Para que o trabalho proposto atingisse em todo o contexto de seus objetivos, foi iniciado com o estudo bibliográfico, direcionando para a abordagem da história do helicóptero, mostrando tanto sua evolução e aprimoramento quanto suas utilidades. Em seguida, trouxe a história da aviação da Brigada Militar, até a utilização de aeronaves de asas rotativas para a garantia da segurança da população. Após a teoria uniu-se à prática através da aplicação de questionários, onde pilotos e tripulantes operacionais diante de suas experiências puderam avaliar o emprego do Helicóptero Schweizer para ser utilizado também como plataforma de treinamento de tiro. Culminando no cruzamento e interpretação de todas as informações obtidas.

A presente pesquisa contou com os métodos estatísticos e comparativos, onde se buscou interpretar os dados extraídos da pesquisa de campo (questionários) juntos aos pilotos e tripulantes operacionais, em valores quantitativos. No método comparativo, proporcionou verificar as semelhanças e diferenças entre o treinamento de tiro realizado a bordo do Helicóptero Schweizer, e do Helicóptero Esquilo.

Para o desenvolvimento do trabalho, empregou-se da técnica da documentação indireta, através da obtenção de dados por meio de pesquisa documental, que fundamenta como a questão do treinamento está sendo tratada para a formação e a capacitação dos policiais militares e, em especial, dos tripulantes operacionais do Batalhão de Aviação da BM.

O universo pesquisado foi constituído dos Pilotos de helicóptero e tripulantes operacionais da Brigada Militar que estão efetivamente na atividade aeropolicial e de outros que já realizaram o treinamento de tiro defensivo embarcado em helicóptero.

As hipóteses obtiveram confirmação, uma vez que foram analisadas as características e limitações do equipamento, a compreensão do custo e benefício, e diferenças entre equipamentos com relação a posição de tiro. Ampliando a confirmação com a utilização de questionários dirigidos a pilotos e tripulantes.

Após a tabulação dos questionários respondidos, foi constatado que 64% dos participantes entendem ser viável a utilização do Helicóptero Schweizer no treinamento de tiro embarcado.

Do objetivo geral, de verificar a viabilidade de emprego do Helicóptero Schweizer, na utilização do treinamento de tiro embarcado, acabou por se confirmar, onde constatamos que ele é tecnicamente viável para a utilização no treinamento de tiro embarcado. A posição de tiro é quase semelhante a do esquilo, e o objetivo do treinamento é o mesmo, tipo adaptação quanto ao barulho, vento, uso da fonia e os cuidados básicos a bordo de uma aeronave.

O Helicóptero Schweizer possui estabilidade, tanto de comandos como para manobras, favorecendo o vôo. E a estrutura do mesmo facilita que o atirador tenha ampla visão dos alvos.

Por se tratar de um helicóptero de pequeno porte, e não depender de grande suporte logístico à sua utilização e pela simplicidade da operação em si, é três vezes mais econômico, em relação ao helicóptero Esquilo, facilitando a sua utilização num maior número de horas/vôo.

Espera-se que a presente pesquisa auxilie na construção de novos conhecimentos, capazes de potencializar a instrução de tiro embarcado, auxiliando na qualificação dos pilotos e tripulantes operacionais.

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BRASIL. Lei Federal Nº 7.565. Código Brasileiro de Aeronáutica – CBA. Brasília: 1986;

BRASIL. Lei Federal Nº 11.182, de 27 de setembro de 2005 – Cria a ANAC;

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BRIGADA MILITAR. Nota de Instrução de Ensino e Treinamento Nº 007. Regula os procedimentos gerais referentes às instruções de tiro na Corporação. De 23 de dezembro de 2005;

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APÊNDICE A – Questionário aplicado aos Pilotos de helicópteros e tripulantes do BAV

QUESTIONÁRIO AOS TRIPULANTES OPERACIONAIS E PILOTOS DE HELICÓPETERO DO BATALHÃO DE AVIAÇÃO DA BRIGADA MILITAR

Caro Policial,

Como aluno do Curso Avançado de Administração Policial, estou realizando uma pesquisa sobre “A viabilidade da utilização do Helicóptero Schweizer no treinamento de Tiro embarcado”.

O presente questionário objetiva possibilitar um embasamento para o presente trabalho de pesquisa.  Diante disso, solicito a fineza de ler atentamente as questões e expressar sua opinião sobre os questionamentos seguintes. Não há necessidade de se identificar. Obrigado pela colaboração!

ADEMAR REIS VARGAS, Capitão QOEM, aluno do CAAPM/2015.

…………………………………………………………………………………………………………………

Perguntas:

1) Qual o seu Posto/graduação?

(    ) Coronel/Tenente Coronel (    ) Major (    ) Capitão  (    ) Tenente (   ) Sargento (   ) Soldado.

2) Qual o seu tempo de serviço na atividade aérea na Brigada

(    ) de 0 a 5 anos;                    (    ) de 6 a 10 anos;                  (    ) de 11 a 15 anos;

(    ) de 16 a 20 anos;                (    ) de 21 a 25 anos;                (    ) de 26 a 30 anos.

3) 3. Em operações aéreas, já deparou-se com ocorrência onde foi necessário alguém da tripulação efetuar disparos a bordo do helicóptero?

Entenda-se a pergunta você fazendo parte da tripulação.

(    ) não;                                  (    ) sim, 01 vez;                      (    ) sim, 02 vezes;

(    ) sim, 03 vezes;                   (    ) sim, mais de 03 vezes.

4) Caso positivo, qual foi o aproveitamento (resultado) desse disparo no alvo (objetivo)?

(    ) atingiu o resultado esperado(foi cessado a agressão iminente);

(    ) não atingiu o resultado esperado;

5) Qual foi a sua freqüência de treinamento de tiro defensivo embarcado em helicóptero nos últimos cinco anos (você como tripulante operacional ou Piloto)?

(    ) 01 vez;                             (    ) 02 vezes;                          (    ) 03 vezes;

(    ) acima de 03 vezes;            (    ) nunca realizei treinamento de tiro defensivo embarcado.

06) Qual é a sua opinião sobre o treinamento de tiro embarcado em helicóptero que já tenha participado?

Escala de 1 a 5;

1: Insuficiente  5: Suficiente

07) Caso já tenha realizado treinamento de tiro a bordo de helicóptero (como tripulante operacional ou piloto), especifique em qual equipamento?

(    ) Esquilo;                            (    ) Schweizer;                        (   .) MD 500

08) Na sua opinião, quais são as principais dificuldades que surgem durante a execução do treinamento de tiro embarcado? Marcar quantas alternativas entender necessárias.

(     ) travamento  do armamento, (relativo a panes com relação a munição ou arma);

(    ) velocidade de deslocamento do helicóptero.

(    ) dificuldade de enquadramento do aparelho de pontaria (alça e massa);

(      ) dificuldade de concentração do atirador causado por fatores externos, tais como, ruídos, ventos, altura e as vibrações ou oscilações diversas.

(    ) empunhadura deficiente devido a ancoragem e ao peso do armamento;

(….) relativos a segurança (dos mais variados)

(    ) outros.

Quais  __________________________________________________________.

09) Você entende ser importante e necessário a realização de treinamento de tiro embarcado pelo menos uma vez ao ano, a todo efetivo que atua como piloto ou tripulante operacional, a fim de uma melhor padronização de doutrina operacional?

Escala de 01 a 05

1: Pouco necessário   5: Muito necessário

11) 10. No seu entendimento há viabilidade da utilização do Helicóptero Schweizer em treinamento de tiro?

(  ) Sim                                    (  ) Não

11) Caso a sua resposta anterior tenha sido não, você poderia apresentar os motivos que levaram-no a responder desta forma?

(  ) O helicóptero é muito instável para um melhor aproveitamento dos disparos;

(  ) O Piloto não tem controle pleno sobre o atirador em caso de algum incidente de tiro;

(  ) A restrição técnica visto sua limitação de espaço, tendo capacidade apenas para duas pessoas, não permitindo que o instrutor possa acompanhar a execução de disparos a bordo da aeronave, além de não permitir um posicionamento adequado ao Tripulante Operacional para a execução do disparo.

(  ) outro  ________________________

12) Caso a sua resposta da questão 10, tenha sido sim, você poderia apresentar os motivos que levaram-no a responder desta forma?

(   ) O aproveitamento dos disparo é o mesmo que em outra aeronave.

(  ) A posição de tiro do tripulante é a mesma com relação a outro helicóptero (exemplo esquilo)

( ) Custo beneficio/Hora vôo/com isso a possibilidade de fazer um maior numero de treinamento(hora/vôo).

(  ) outro:__________________

13) Criticas e sugestões

ANEXO A – Ata treinamento de Tiro Helitransportado, Tripulantes Policial Civil – 2012

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

BRIGADA MILITAR – DE

CFAer “Centro de Formação Aeropolicial”

ATA DE TREINAMENTO DE USO DA FORÇA E EMPREGO DA ARMA DE FOGO HELITRANSPORTADO

Aos dezesseis dias do mês de agosto do ano de dois mil e doze, nesta cidade de Capão da Canoa, (Linha de Tiro de Capão Novo), eu, FABRICIO JOSE BREYER GONÇALVES, Maj QOEM, Cmt do Centro de Formação Aeropolicial e Piloto de helicóptero da BM, juntamente com ADEMAR REIS VARGAS, Cap QOEM, e o Cap QOEM MARCOS MARQUES TEIXEIRA, Instrutores do Uso da Força e Arma de Fogo da Corporação, demos por encerrado o treinamento do uso da força e emprego da arma de fogo Helitransportado. Onde foram ministrados 10 H/A, distribuídas na manhã e tarde, ao efetivo da Policia Civil/RS, conforme Termo de Cooperação BM x PC, nº 07/2012, FPE nº 1625/2012, com anuência da SSP, publicado no Diário Oficial do RS, em 01 de agosto de 2012, com o objetivo de proporcionar os conhecimentos que capacitem o aluno a manusear com segurança o armamento durante operações aéreas. Em virtude de que o disparo de arma de fogo a partir do interior de um helicóptero é uma atividade crítica e específica, devendo a fração de operação aérea estar bem treinada para a realização deste procedimento, reduzindo, assim, os riscos iminentes. Sendo utilizado como fonte bibliográfica o Manual de Tiro Helitransportado da Policia Militar de Santa Catarina, e Trabalho de tiro do Cap Didier da PM/MG.  A distribuição das horas aulas seguiu o seguinte PROMA. Treinamento Tático – Helicóptero em solo: 02; Treinamento Tático – Helicóptero em voo: 02; Tiro Tático – Helicóptero em aproximação (voo) e solo: 02; Treinamento Tiro Tático – Helicóptero em sobrevoo: 03.

Desta forma, as aulas teóricas foram ministradas através de tipo palestra e demonstração em sala de aula e Hangar no CFAer, abordando os temas Treinamento Simulado – Hangar, Treinamento Aeronave – Técnica de Varredura, Desembarque Posição-Tática de Patrulha, Desembarque Posição Tática de Rápida Abordagem, Desembarque Posição Tática de Segurança de Área

Além disso, durante o turno da manhã os alunos foram levados a Linha de Tiro de Capão Novo, dividindo-os em dois grupos, enquanto um treinava procedimentos táticos de abordagem, progressão e tiro, uso da bandoleira, etc; o outro grupo treinava no helicóptero em solo, abordando os temas de Desembarque em Posição Tática de Patrulha, toque/arremetida, Desembarque em Posição Tática de Rápida Abordagem – toque/arremetida, Desembarque em Posição Tática de Patrulha – baixa altura.

A parte prática do tiro foi realizada num total de 04 Hora/Aula, sendo num primeiro momento 20 disparos por habilitados, de 20 a 50 metros, a fim de dominarem noção de alça/massa visada, com alvos atiráveis, sem decisão de tiro, busca da adaptação do policial a arma, assim como os fundamentos; num segundo momento foram realizados 20 disparos em distâncias variadas de 20 metros, nesta seção foi utilizando-se das técnicas de progressão aprendidas anteriormente a frente e de recuo de costa, ainda treinaram a fazer a troca de arma(pistola, saque), simulando pane da Carabina. E por último efetuado 30 disparos, em voo com o helicóptero em alvos marcados no solo, a distância variada de 100 metros, com velocidade da aeronave de 40kt. Totalizando um total de 70 disparos por policial.

Foram considerados todos aprovados no presente treinamento da presente disciplina e aptos para o uso de armamento em aeronave de asa rotativa, os seguintes Policiais Civis abaixo discriminados:

NOMEID Func
BOLIVAR DOS REIS LLANTADA2429632
ALEXANDRE SCHAFER1434551
DIONEL GABANA DE SOUZA2316293
GELSON LUIZ RODRIGUES DOS SANTOS1889907
JOSÉ LUIS CASTRO DA SILVA2935740
MÁRCIO GRIMALDI CÂNDIDO2936810
MARCO ANTONIO RITTA BROCESSIWISK1882007
ROBERTO CARLOS FUNCK1883933
RODRIGO GOIN2934884
SAMUEL DE CAMPOS GOMES1797050
MARCO ANTONIO FAGUNDES0977829
UIRASSÚ ARRIAL CORDEIRO1797751
EVANDRO RICARDO BONILLA SCHURTER2710323
ALEXANDRE ORTIZ FERREIRAhjkhj1506226

 

FABRICIO JOSÉ BREYER GONÇALVES – Maj QOEM

  Cmt do CFAer

jkhjkh

ADEMAR REIS VARGAS – Cap QOEM

Instrutor de Tiro – ID 2380668

hkjkhjk

MARCOS MAQUES TEIXEIRA – Cap QOEM

Instrutor de Tiro – ID 2392178

referencias

[1] Oficial-Aluno Formando do Curso Avançado de Administração Policial Militar, da Academia de Polícia Militar da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Trabalho apresentado à comissão avaliadora como requisito obrigatório à conclusão do referido curso, sob a orientação do Sd Mauricio Futryk Bohn, Mestre em Ciências Criminais-PUC/RS.

[2] Schweizer – Fabricante da aeronave, 300C modelo comercial dos helicópteros, utilizados pela Brigada Militar.

[3] Tripulante Operacional é o Policial-Militar habilitado, que exerce função a bordo de aeronave, vinculada a operacionalidade de polícia, bombeiro e defesa civil, sem vínculo com a pilotagem da aeronave. Nota de Instrução Operacional nº  04, da BM, de 21 Dez 05.

[4] Segurança operacional aeronáutica: é entendida como o conjunto de atividades destinadas à prevenção de acidentes aeronáuticos (BRASIL, 1986).

[5] EDRA AERONÁUTICA, Situada em Ipeúna/SP – <www.edraaeronautica.com.br>.

[6] Manual da Aeronave – Toda aeronave possui seu manual de vôo, onde é especificado as características de operação e sua performace.

[7]  Arma de fogo: é um artefato utilizado para propulsão de projéteis por meio de uma expansão de gases obtidos pela queima de pólvora contida em uma câmara (OLIVEIRA; GOMES; FLORES, 2001).

 

[8]  Pairado: é a manobra no qual o helicóptero é mantido imóvel sobre um ponto de referência, a uma altura e proa constantes (BATISTA, 1992).

[9] Esquilo – É um helicóptero leve desenvolvido pela Eurocopter. É montado no Brasil pela Helibrás. Representa grande parte do mercado brasileiro civil e é usado pelas três forças armadas com funções variadas como treinamento, utilitário e ataque – Fonte de dados – Site da Empresa – <http://www.helibras.com.br/>

 

[10] Art. 27.  do CBA(Código Brasileiro de Aeronáutica) “Aeródromo é toda área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves”

[11] Fonte- Reportagem online Jornal Estadão de São Paulo <http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,assalto-e-perseguicao-cinematograficos-na-bahia-cinco-ja-morreram,20030926p9257>

[12] Operação Golfinho, ação da Brigada Militar, nos meses do verão, onde há um reforço do policiamento nas cidades litorâneas, em razão do grande acréscimo de turistas.

[13] Marcos Marques Teixeira, Capitão da BM, instrutor de Tiro da corporação e Piloto de Helicóptero.

[14] Fabrício José Breyer Gonçalves, a época Major e Comandante do CFAER.

[15] Vanius Cesar Santarosa, Major da BM e Piloto de Helicóptero.

[16] Curso de tiro a helitransportado, ministrado aos Tripulantes da Policia Civil(PC), em Agosto de 2012 – na Foto, Cap Reis, Cap Teixeira e Cap Klein, pilotando o Helicóptero Maj Fabrício, demais Tripulantes da PC.

[17] Didier Ribeiro Sampaio, Oficial da Policia Militar de Minas Gerais.

[18] HELICÓPTEROS MULTIMISSÕES: são helicópteros para emprego em missões que se revestem de caractere repressivo e de socorro. São aeronaves que executam na plenitude as missões de ativador psicológico, transporte interno e externo de pessoas e materiais, e servem como plataforma de observação. Segundo Neto (2010)

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