A agência espacial dos Estados Unidos desenvolve uma tecnologia de busca e salvamento com a utilização de satélites. O Escritório de Missões de Busca e Salvamento da NASA (National Aeronautics and Space Administration) desenvolve, em conjunto com outras agências federais dos EUA, uma nova tecnologia de busca e salvamento, a DASS – Distress Alerting Satellite System, algo como Sistema por Satélite de Alerta de Perigo.
O sistema de localização será instalado nos 24 satélites de militares do país, já responsáveis pelo sistema GPS. O sistema irá subsituir aquele que, até então, está instalado nos satélites na NOAA – National Ocean and Atmospheric Administration, a agência federal responsável pelas pesquisas atmosféricas, oceanográficas e climáticas.
O sistema será capaz de localizar sinais de perigo emitidos por aeronaves e embarcações quase instantaneamente. O site TG Daily explica que a substituição do sistema implantado nos satélites da NOAA pelo DASS irá corrigir um problema importante na recepção e localização destes sinais.
Atualmente, os satélites da NOAA atuam em baixa órbita terrestre, o que faz com que eles rotacionem 14 vezes em torno da Terra em um dia.
Mesmo levando em conta o efeito Doppler no cálculo da posição do sinal recebido, muitas vezes este processo é demorado, o que, em condições de perigo, pode ser vital. O sistema DASS promete sanar este problema, contou Mickey Fitzmaurice, engenheiro de sistemas espaciais da NASA ao TG Daily. “Com um sistema de órbita média e a capacidade de busca e salvamento provida pelo sistema GPS, assim que um sinal de perigo for emitido, pelo menos 6 satélites irão recebê-lo”.
Fitzmaurice ainda afirma que o sistema irá definir a localização do sinal quase que instantaneamente, enquanto atualmente isso pode levar uma ou duas horas. Países da Europa, a China e a Rússia também já possuem projetos de satélites que atuam em órbitas médias.
Fonte: Nátaly Dauer (Geek) – Imagens: NASA / TG Daily via Desastres Aéreos News
O Sistema COSPAS – SARSAT, é atualmente um dos principais recursos utilizados pelo SISSAR no Brasil.
Desenvolvido sob um Memorando de Intenções (MOU) entre as Agências da, então, UNIÃO SOVIÉTICA, EUA, CANADÁ e FRANÇA, assinado em 1979.
COSPAS – COMISCHESKAYA SISTYEMA POISKA AVARIVNICH SUDOV (Sistema Espacial de Busca de Embarcações em Situação de Emergência)
SARSAT – SEARCH AND RESCUE SATELLITE-AIDED TRACKING SYSTEM (Sistema de Busca e Salvamento por Rastreamento de Satélite)
Em 1985, o Canadá ofereceu ao Brasil, por acordo operacional, um Terminal de Usuário Local (LUT) para que pudessem ser avaliados sinais de balizas captados em nosso território. Foi instalado em Cachoeira paulista-SP, sob responsabilidade do INPE.
1996 – Primeira grande atualização – foram instaladas três novas antenas LEOLUT (Recife, Manaus, Brasília) e o BRMCC, utilizando dois OCCs (Principal e backup).
2002 – Segunda Grande atualização – feito o “Upgrade” dos três LEOLUT, foram instaladas 2 antenas GEOLUT (Recife e Brasília) e atualizados os OCCs.
O Sistema é composto de:
– balizas que transmitem sinais durante situações de perigo;
– Instrumentos a bordo dos SATÉLITES GEOESTACIONÁRIOS e de ÓRBITA POLAR BAIXA, que detectam os sinais transmitidos pelas balizas de emergência;
– Estações terrestres receptoras, conhecidas como Terminais de Usuário Local (LUTs), que recebem e processam o sinal proveniente do satélite para gerar alertas de perigo; e
Centros de Controle da Missão (MCCs) que recebem alertas produzidos pelas LUTs e os enviam aos Centros de Coordenação de Salvamento (RCCs), Pontos de Contato SAR (SPOCs) ou outros MCCs.
O Sistema COSPAS-SARSAT possui dois tipos de satélites, que são complementares:
– GEOSAR
– LEOSAR
SISTEMA GEOESTACIONÁRIO
O sistema GEOSAR consiste de instrumentos repetidores de 406 MHz a bordo de vários satélites geoestacionários, e da rede de estações terrestres chamadas GEOLUT que processam os sinais do satélite.
O sistema GEOSAR pode fornecer alertas imediatos na área de cobertura de uma satélite GEOSAR.
SISTEMA DE ÓRBITA POLAR BAIXA
O Sistema produz alertas de perigo quando o satélite “enxerga” a baliza de emergência. Portanto, a cobertura satelital não é contínua. Contudo, fornece cobertura global se o satélite possuir um módulo de memória.
“Para que outros possam viver!!”
Cap QOBM Marlon COA/CBMPA
Elemento SISSAR