Após ser resgatado, policial civil de Sergipe forma-se piloto do Grupamento Tático Aéreo de Sergipe

Ele havia se acidentado na Bahia e foi durante o resgate de volta para Sergipe que decidiu se preparar e tornar-se piloto, sendo recebido no GTA/SE.

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Sergipe – Um resgate aeromédico entre Salvador e Aracaju trouxe à tona uma nova missão para um policial civil de Sergipe. Ele já atuava na segurança pública em uma unidade especializada da Polícia Civil, mas após sofrer um acidente enquanto saltava em Praia do Forte, na Bahia, não conseguiu pousar e sofreu um acidente. Inicialmente, ele foi socorrido para um hospital da capital baiana e depois transferido pelo Grupamento Tático Aéreo (GTA) para Aracaju.

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A vítima desse acidente é o policial civil Fábio, que já atuou no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). “Depois da minha formatura, fomos à Praia do Forte e fizemos uma sequência de saltos lá. Em um desses saltos não consegui pousar no local determinado. Tive um pouso bastante brusco e já fiquei no chão sentindo muita dor”, relembrou o policial.

Os colegas de Fábio prestaram o primeiro socorro e acionaram o Grupamento Aéreo da Bahia (Graer).  “Eles me levaram para o Hospital do Subúrbio, onde fiquei três dias lá no auge da pandemia, Os GTA me trouxe de volta  para Sergipe, e é algo que hoje eu me emociono bastante. E eu tive o foco de querer me tornar piloto para de certa forma tentar retribuir tudo o  que foi feito por mim”, narrou.

Esse momento relembrado por Fábio também é destacado pelo comandante do GTA, coronel Fernando Góes. Quando chegamos lá, ele no hospital, ele estava com muito medo, não do voo em si, mas da do que aconteceu com ele dele ficar com sequelas graves e estava muito tenso. Então colocamos ele na aeronave e nos deslocamos de volta para Sergipe”, contou.

“O tempo estava um pouco nublado, e na subida passei por em uma nuvem. De brincadeira coloquei a mão para fora da aeronave, molhei minha mão e a coloquei no peito dele. E eu disse que a partir de agora ele estava abençoado e disse que ele não iria morrer. E diz ele que foi isso que o fez tornar-se piloto”, rememorar o comandante do GTA.

Diante desse momento, o policial civil se dedicou e se tornou piloto. “Naquele momento foquei nisso. Estudei bastante, e consegui me formar como piloto privado. Perguntei aos colegas se havia a oportunidade, e eles disseram que sim. E desde o dia 21 de dezembro me acolheram aqui no GTA. Só tenho a agradecer e quero contribuir bastante com o Grupamento Tático Aéreo”, contou.

O comandante do GTA destacou que agora o policial civil Fábio também é um dos servidores, com uma visão de vida direcionada para as atividades de salvamento e resgate. “A nossa missão aqui é muito específica. A missão de segurança pública exige do profissional uma habilidade muito maior, uma capacidade de decisão e um domínio da máquina muito maior do que o normal”, reiterou;

E essa atuação no GTA irá proporcionar ao policial civil Fábio, agora piloto, a sensação de dever cumprido. “Essa sensação até hoje eu não consigo quantificar. Eu não consigo traduzir com palavras o sentimento que a gente tem quando chega em casa e, sabe, hoje efetuei um resgate que essa pessoa viverá. Mas é uma sensação ótima e que nos emociona. E eu quero continuar fazendo isso, pois salvar vidas, faz a diferença”, concluiu o coronel Fernando Góes ressaltando a parceria com o policial civil Fábio.

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