Aquisições de equipamentos para o SAer/PCERJ

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O lince é um felino, primo do gato, capaz de ver tudo em ambientes escuros. Seu nome é uma homenagem a Linceu, personagem da mitologia grega com visão perfeita, que podia enxergar através de paredes de pedra e olhar o interior da terra para encontrar tesouros enterrados. Inspirada na realidade do mundo animal e nas lendas da civilização, a Polícia Civil está investindo em tecnologia de guerra para usar o poder do lince contra os traficantes do Rio de Janeiro. São mais de R$ 7,5 milhões para ter um sistema de captura e transmissão de imagens feitas por uma câmera com sensor infravermelho, capaz de identificar um bandido no escuro pelo calor de seu corpo. Os equipamentos serão usados pelo helicóptero blindado, o caveirão do ar, do Serviço Aeropolicial (Saer) da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

A câmera termal modelo Flir, a mesma usada pelos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, tem alcance de cinco mil metros e gera imagens noturnas em alta qualidade e resolução. Suas imagens serão transmitidas para monitores dentro do helicóptero em que estiver acoplada e para outras aeronaves que estiverem participando da ação. Também chegarão a receptores no solo, que podem estar em carros ou base montada em alguma unidade policial. A empresa que venceu a licitação, concluída em pregão eletrônico no último dia 10, foi a Aeroservice Ltda., de Belo Horizonte, Minas Gerais, mas a instalação será feita pela Aeromot Aeronaves e Motores S. A., de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que pertence ao mesmo grupo.

— É um investimento ousado, de primeiro mundo, que vai permitir à polícia fazer operações aéreas noturnas com a mesma precisão das ações que ocorrem durante o dia — afirmou João Cláudio Jotz, engenheiro mecânico e elétrico responsável pelo projeto da supercâmera.

Para possibilitar a transmissão, foi firmado outro contrato, no dia 11, com a empresa Ibitec Comércio e Serviços de Telecomunicações Ltda, de São Paulo, que vai receber R$ 6.618.389 pelas máquinas dos subsistemas de captação, que vão receber as imagens. Em 16 de abril, a polícia comprou ainda dois equipamentos de vídeo com controle à distância, sem fio, para atender às necessidades do Saer. A vencedora da licitação, com o valor de R$ 7.633, foi a Mago Comercial Ltda. – ME, da Ararangua, Santa Catarina.

Além do sistema de transmissão, a Core vai receber 20 rádios aeronáuticos, comprados por R$ 18 mil da Vitec 2005 Comércio Instalações de Equipamentos Industriais, de Ramos, na Zona Norte do Rio. Até o fim deste mês, será concluída a licitação 3047579, que entregará à unidade de elite da Polícia Civil 200 placas de proteção balística nível III, que são colocadas nos coletes e suportam até tiro de fuzil. Esses protetores devem ser feitos de polietileno — plástico ultraresistente — ou dyneema — considerada a fibra mais forte do mundo, ter forração mínima de 72 camadas, peso máximo de 1,6 kg e curvatura peitoral.


Fonte : Extra online / Fotos : Divulgação


2 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns pela aquisição.
    Acho que seria uma grande contribuição para outras unidades de aviação de segurança pública se vcs pudessem publicar as especificações técnicas do equipamento para orientar futuras licitações de equipamentos desta natureza.

    Um abraço a todos!!

  2. […] As aeronaves eram usadas em várias ações de combate ao crime. Uma delas, que aparece nas imagens coberta por uma lona de plástico, caiu em maio do ano passado durante um treinamento. Na queda, parte da câmera que funcionava no helicóptero para registrar a ação de criminosos também foi danificada. De acordo com o Diário Oficial, o valor de contrato de compra da câmera, com os acessórios, foi mais de R$ 2,5 milhões. […]

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