Grupamento Aéreo do Bombeiro do RJ salva mais de 350 vidas em 1 ano
09 de fevereiro de 2017
2min de leitura
Rio de Janeiro – Prontidão para salvar vidas. É como está sempre a tropa de elite do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) dos Bombeiros do Rio de Janeiro. Eles são responsáveis por chegar de helicóptero em casos graves de resgate, e atendem a quase todo tipo de emergência, não apenas na capital, mas em qualquer município fluminense.
Treinamento de rapel realizado pelo Grupamento de Operações Aéreas. Fotos: Carlos Magno
Somente no ano passado, foram 359 vítimas salvas dos 576 voos operacionais realizados pelo GOA, que atua ainda contra incêndios ambientais.
Segundo o tenente-coronel do grupamento, Adalberto Sobral Neiva, a rotina do GOA é um trabalho de pronta-resposta e conta com uma equipe altamente capacitada para atender a qualquer tipo de socorro à população.
“Temos 100 bombeiros, distribuídos em alas de serviços, que estão prontos diariamente para atender qualquer evento aeromarítimo, aeroterrestre ou aeromédico. Eles são médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, guarda-vidas e tripulantes operacionais especialistas em resgate em altura, todos prontos para atender a qualquer solicitação de socorro e de apoio”, disse o tenente-coronel.
Hoje, o Corpo de Bombeiros possui quatro helicópteros de salvamento e opera também uma quinta aeronave, da Secretaria de Saúde, que atua exclusivamente para o transporte de órgãos: o helicóptero verde.
Treinamento
Para um militar ser um tripulante operacional e participar de resgates em operações aéreas, além de ser bombeiro profissional, precisa ser especializado. É necessário realizar curso de qualificação de salvamento em alturas, montanha ou combate a incêndio ambiental. Depois, o militar presta concurso para ingressar no grupamento aéreo.
Dia a dia do Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros. Fotos: Carlos Magno
Militares reúnem histórias de sucesso
Há 26 anos no Corpo de Bombeiros e 19 em operações aéreas, o tenente-coronel Adalberto Sobral Neiva foi responsável por muitos resgates e ressalta a importância do helicóptero para as missões mais difíceis.
“Diariamente, percebemos que o helicóptero é um diferencial para a vida. Já salvamos um alpinista que estava quase sem sinais vitais após uma queda, foi muito difícil, mas conseguimos. Após passar meses no hospital, ele nos visitou agradecendo por sua vida e assim faz até hoje. Todo natal vai nos visitar. Isso não tem preço”, disse Neiva.
Dia a dia do Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros. TCel. Neiva. Fotos: Carlos Magno
O subtenente Nelson Assunção Machado, com 28 anos no Corpo de Bombeiros, já salvou mais de mil vidas. O guarda-vidas foi um dos primeiros a chegar na busca ao helicóptero do Ulisses Guimarães e responsável por resgatar os corpos das vítimas do acidente, ocorrido em outubro de 1992.
“É muito gratificante devolver uma vida para sua família, isso me move e pretendo continuar até quando meu corpo aguentar. Precisamos manter o nosso emocional sempre em equilíbrio, pois além do físico, contamos muito com ele no momento que é preciso manter tranquilidade sob fortes pressões e situações perigosas que vivenciamos todos os dias”, afirmou o bombeiro Nelson Assunção Machado.
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