Grupamento de Aviação Operacional do Bombeiro completa 20 anos salvando vidas

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Distrito Federal – Completando em 2016 vinte anos de operação independente, o Grupamento de Aviação Operacional – GAvOp do Corpo de Bombeiros superou a marca de 11.000 horas em aeronaves de asas rotativas e 3.500 horas em aviões.

GAVOP completa 20 anos salvando vidasNo dia 02/12, o GAvOp homenageou os pioneiros da aviação em uma solenidade que contou com a presença dos primeiros pilotos, tripulantes operacionais e mecânicos que compuseram o primeiro efetivo do então serviço aéreo de resgate.

Outra homenagem foi prestada aos membros do grupamento que alcançaram 30 anos de serviço e deixaram o serviço ativo neste ano. A solenidade emocionou a todos e o ponto alto foi o vídeo que mesclou homenagens aos pioneiros e a atuação do grupamento em atendimentos reais e em treinamento.

GAVOP completa 20 anos salvando vidasHouve ainda um importante, e de igual forma emocionante, agradecimento prestado pelo mesatenista Aloísio Alves de Lima Júnior, medalhista de ouro nos jogos paralímpicos de tênis de mesa. Aloísio foi socorrido em 2003 pelo Grupamento de Aviação do CBMDF, após se acidentar praticando rapel.

Prestigiando o evento, também estiveram presentes representantes da aviação da Polícia Civil do DF, DETRAN, Casa Militar, Força Nacional, além de membros da Força Aérea Brasileira, ANAC, SAMU/DF, Marinha do Brasil, dentre outros.

GAVOP completa 20 anos salvando vidas

Conheça a história do Resgate Aéreo do Corpo de Bombeiros do DF

No ano de 1986 a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal iniciou um processo que culminou na aquisição de seu primeiro helicóptero modelo esquilo HB350B, de fabricação francesa, com capacidade para seis pessoas, e destinado às corporações do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil.

Neste mesmo ano, foi inaugurada a base de aviação de segurança pública, oficialmente denominada seção de helicópteros (SecHel), e batizada de “toca”. Para este primeiro helicóptero foi adotado o codinome “carcará”, ave de rapina da família dos falconídeos, comumente avistada no Distrito Federal.

Naquela ocasião se apresentaram na “toca” os três primeiros pilotos formados pela Força Aérea Brasileira no estado de São Paulo, sendo estes do Corpo de Bombeiros: Major Ramos, Capitão Américo e Capitão Corrêa Soares, que iniciaram seu período de adaptação e instruções ministradas pelo Coronel Torres Júnior, oficial da reserva da aeronáutica.

bombdfantiga

Em agosto de 1988, a Secretaria de Segurança Pública do DF fez um novo investimento adquirindo seu segundo helicóptero, com as mesmas configurações e mesmo modelo do primeiro, que passou a ser denominado “carcará 2”.

Passaram-se dois anos quando, por indicação do então Tenente BM Josué, foram recrutados os seis primeiros militares do CBMDF lotados no grupamento de busca e salvamento, para serem formados tripulantes operacionais: Soldados Alberto, Jassiro, Viana, Ferreira, Maurício e Batista. Eles seriam a nova tripulação dos helicópteros nas mais diversas missões do Corpo de Bombeiros. Os militares da tripulação tiveram instruções diárias que duraram seis meses. Ao término desse treinamento, passaram a ser chamados de “observadores aéreos”.

Em 1990, a Secretaria de Segurança Pública do DF, adquiriu um terceiro helicóptero: o “carcará 3”.

Em 1991 o Corpo de Bombeiros juntamente com a Secretaria de Segurança Pública destinaram recursos para formar mais um piloto, o Capitão BM Vianna, que concluiu seu treinamento na Base Aérea de Santos, no estado de São Paulo. Pouco tempo depois foram formados também os Tenentes BM Rapôzo e Hudson, no Campo de Marte também em São Paulo.

No ano de 1996 houve a descentralização dos helicópteros para a responsabilidade dos três segmentos – PC, PM E CBM.

Com o retorno da aeronave para Brasília no dia 09 de dezembro de 1996, o helicóptero foi apresentado pelos pilotos e tripulantes operacionais ao então comandante-geral do CBMDF. Passou a ser denominada “resgate 01”, operando com tripulação própria do Bombeiro, composta por pilotos, mecânicos e tripulantes operacionais.

Com isso, a instituição passou a ter um helicóptero incluído em seu poder operacional, tornando-se a primeira corporação de bombeiros do país a possuir um serviço aéreo independente, gerenciada exclusivamente por bombeiros militares.

No ano de 1999 o CBMDF recebeu seu primeiro avião, o Cessna 210L, matrícula PT-ICY, foi passado ao Bombeiro após ter sido apreendido quando era empregado no transporte de drogas ilícitas.

Em 16 de dezembro de 2000, inaugurava-se o hangar Soldado BM Alberto F. da Fonseca, localizado no complexo do quartel do comando geral do Bombeiro, constituindo um importante marco para a aviação de resgate.

Houve grande evolução na estrutura e no efetivo incumbido da aviação do CBM desde sua implementação e, no ano de 2005, foi adquirido pela corporação um helicóptero modelo EC135 T2, denominado “resgate 03”. Aeronave biturbina, dotada de equipamentos e espaço que possibilitam o suporte médico avançado.

O CBMDF tornou-se então o primeiro órgão público do Brasil a operar um helicóptero biturbina de última geração para execução de missões operacionais.

Atualmente, a aviação do CBMDF é da incumbência do Grupamento de Aviação Operacional (GAVOP), denominação fixada por meio do Decreto Nº 31.817/10, de 21 de junho de 2010, em substituição ao 3º BBS.

O GAVOP é o grupamento do comando especializado responsável pela execução das atividades relacionadas à aviação operacional nas diversas missões desempenhadas pelo CBMDF, ao qual se subordinam o 1º Esquadrão de Aviação, unidade responsável pelas aeronaves de asa rotativa (helicópteros), e o 2º Esquadrão, unidade responsável pelas aeronaves de asa fixa (aviões).

O 1º Esquadrão de Aviação possui atualmente sua frota composta por um helicóptero monoturbina, modelo AS350 B2, popularmente conhecido como “esquilo”, denominado “resgate 02”, e um helicóptero biturbina, modelo EC135 T2, denominado “resgate 03”, ambos utilizados em operações denominadas multimissão, as quais englobam atividades de resgate, busca, atendimento pré-hospitalar com suporte avançado, salvamentos, combate a incêndio florestal, entre outras.

O 2º Esquadrão de Aviação, situado no aeroporto internacional de Brasília opera um avião Cessna 210, um avião Navajo Emb-820C e dois modernos aviões Air Tractor 802F dedicados ao combate a incêndios florestais.

A atuação conjunta de ambos os esquadrões representa a sedimentação do vetor aéreo nas ocorrências de combate a incêndios florestais e também nos transportes de pacientes vítimas de agravos à saúde.

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