Operador aeromédico canadense acusado de não garantir a segurança de seus pilotos

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Investigadores federais do Canadá relataram a empresa de transporte aeromédico ORNGE por ter falhado em garantir a segurança de suas operações de helicóptero e colocar em perigo seus pilotos.

Agindo sobre questões de saúde e segurança, os pesquisadores dizem que a gestão ORNGE não garante a salvaguarda em voos noturnos e na região norte do Canadá. Exatamente as condições em que um helicóptero caiu em maio, matando quatro funcionários.

AW139 ORNGE

As preocupações são explicitadas na chamada “orientações para o empregador”, a título de ordens, emitidas recentemente que detalham as preocupações e obrigam a ORNGE a tomar medidas imediatas para “corrigir o perigo.”

“O empregador não conseguiu proteger a saúde e segurança dos seus empregados, sendo esses os pilotos de helicóptero. quando realizando a sua atividade de trabalho em voar o helicóptero “, relatou Janice Berling, oficial federal de saúde e segurança, em uma de suas ordens emitidas.

“Vocês estão instruídos. a tomar medidas imediatas para corrigir o perigo ou condição que constitui o perigo”, ela escreve.

As ordens vêm depois de uma fiscalização no local de trabalho, que começou 31 de maio, mesmo dia em que um helicóptero ORNGE caiu no norte de Ontário, no Canadá. Dois paramédicos e dois pilotos morreram quando o helicóptero Sikorsky S-76A acidentou-se pouco depois da meia-noite para pegar um paciente.

O relatório detalha os perigos existentes na ORNGE em diversas áreas, incluindo:

– Falta de “educar adequadamente os pilotos sobre os riscos de saúde e segurança associados com as operações no norte (do Canadá)”

– Falta de garantia que supervisores e gerentes responsáveis ​​pelos pilotos são treinados adequadamente no âmbito do Código do Trabalho do Canadá e “conscientes das suas responsabilidades de segurança e saúde.”

– Não garantir que os pilotos que operam por regras visuais noite são “equipados com um meios para garantir que a referência visual seja mantida durante todo o voo”.

– Deixou de criar um programa de prevenção de riscos para os pilotos.

Ainda não está claro se o operador ORNGE enfrentará multas por suas deficiências de segurança. A investigação foi feita em conjunto com a agência de investigação canadense Transport Canada and Human Resources and Skills Development Canada.

Após o recente acidente, o operador ORNGE diz que vem trabalhando com várias agências, incluindo a Transport Canada “para identificar e solucionar quaisquer dúvidas em relação à questão de aviação.

Estas medidas incluem um novo treinamento para evitar colisão contra o solo em voo controlado (CFIT), revisão dos procedimentos para operações noturnas, inclusive nos chamados locais “buraco negro”, onde existem poucas luzes no solo para fornecer referências visuais para os pilotos, de acordo com a porta-voz da agência de James MacDonald.

Além disso, a ORNGE contratou um inspetor de garantia de qualidade das operações de voo e um gerente de treinamento de voo e procedimentos. Também groundeou os helicópteros Sikorsky S-76 que não são equipados com aviônicos avançados, relatou  MacDonald.

“ORNGE se compromete a tomar todas as medidas necessárias para garantir a segurança do nosso pessoal, tanto no solo quanto em voo”, disse a agência.

ORNGE suspendeu as operações noturnas para helipontos não iluminados, em mau tempo e também por causa de questões de treinamento e licença regulares de seus pilotos.

A imprensa canadense já havia relatado que havia preocupações dentro do operador ORNGE sobre suas operações com helicópteros. Meses antes do acidente, um oficial de segurança alertou sobre os riscos de pilotos novatos e sobre operações noturnas.

O acidente permanece sob investigação do Transportation Safety Board of Canada, podendo ainda se entender por mais 12 a 18 meses antes da emissão de seu relatório final.

Fonte: The Star (tradução e adaptação Piloto Policial)

Com arquivos de Kevin Donovan

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