Pilotos da Barra criam instituto para monitorar o meio ambiente de helicóptero

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Rio de Janeiro — O combate a incêndios e a danos ambientais ganhou um novo aliado. Um grupo de aproximadamente 20 pilotos, baseados no Aeroporto de Jacarepaguá, criou o Instituto de Proteção Aérea (Ipaer), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), reconhecida pelo Ministério da Justiça, que faz levantamento de riscos ambientais, treinamento de brigadistas e combate a incêndios com auxílio de helicópteros.

O Ipaer foi fundado em dezembro de 2014, mas ainda dá seus primeiros passos. No ano passado, os participantes trabalharam num projeto de recolhimento de lixo nas lagoas de Jacarepaguá e agora buscam parcerias em todo o Brasil para expandir suas atividades.

Equipe. Rafael Marzullo (à frente), Natália Gomes e pilotos do Ipaer no Aeroporto de Jacarepaguá - Luiz Ackermann / Agência O Globo

— Nós podemos trabalhar em projetos com os municípios e com as empresas que têm responsabilidade social e ambiental. Fazemos o levantamento de riscos ambientais, preparamos as equipes de combate e atuamos contra os danos. No caso de incêndios, podemos identificar os locais críticos, levar homens aos pontos estratégicos e até jogar água do alto — explica o presidente do Ipaer, Rafael Marzullo.

O trabalho do Ipaer, no caso dos incêndios, acrescenta, é fazer um complemento do serviço público prestado pelo Corpo de Bombeiros, que nem sempre tem aeronaves disponíveis para atender a um chamado. Ser uma Oscip facilita a contratação da entidade por órgãos públicos. E, como a organização não visa ao lucro, o serviço fica mais barato. Além disso, os custos, ou parte deles, podem ser pagos com renúncia de impostos.

— Os custos dos projetos, que variam de acordo com o tamanho de cada um, incluem planejamento, mão de obra e equipamentos — explica Marzullo.

Por enquanto, o Ipaer trabalha com aeronaves fretadas. O fato de estar baseado no Aeroporto de Jacarepaguá e de a maioria dos pilotos morar na região garante agilidade. Mas, segundo a assessora jurídica do grupo, Natália Gomes, o objetivo é ter um helicóptero próprio:

— Se não conseguirmos comprar, queremos tentar obter a doação de um helicóptero. A Força Aérea tende a doar os modelos que deixa de usar, e nossa intenção é receber uma dessas aeronaves.

Atualmente, o Ipaer tem dois projetos desenvolvidos e busca parceiros para colocá-los em prática. Na Bahia, eles pretendem combater os frequentes incêndios no Parque Nacional da Chapada Diamantina. O trabalho do projeto Chapada sem Fogo consiste no treinamento de brigadistas em operações aéreas e realização de operações aéreas de monitoramento e combate a incêndios.

Para todos os municípios, o Ipaer formatou o projeto VerdeCima, que serve para qualquer cidade que sofra com degradação ambiental, invasões e queimadas. Entre as atividades está programado o monitoramento ambiental de ações potencialmente poluidoras, realizadas por indústrias, mineradoras e pessoas físicas.

— Os helicópteros são recursos indispensáveis para monitoramento e controle de áreas de preservação ambiental. Voos regulares nessas áreas permitem a identificação de práticas lesivas à natureza — enfatiza Marzullo.

Fonte: O Globo, por Marco Stamm.

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