102 anos da Aviação da Polícia Militar de São Paulo

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Discurso do Coronel PM Carlos Eduardo Falconi, Comandante do GRPAe, na solenidade de 102 anos da Aviação da Polícia Militar de São Paulo ocorrida no dia 17 de dezembro de 2015.

Com a licença de todos, invocarei a seguir um pouco de nossa história, para mostrar que a vocação da atividade aérea nos é algo intrínseco e que vem desde os tempos pioneiros da Força Pública de São Paulo.

“Reverenciar a história é, antes de tudo, um ato de lealdade àqueles que nos deixaram um importante legado nos dias atuais. Não se compreende a atualidade e não se projeta o futuro sem entender o passado”. A lembrança de datas importantes que se transformam em datas festivas, como a de hoje, serve a este objetivo.

A Aviação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, mais do que centenária, sempre esteve na vanguarda em suas conquistas e tem orgulho de ser a primeira instituição a ousar usar o mais leve que ar, inventado pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, em 23 de outubro de 1906, na defesa da sociedade.

Na data de hoje comemoramos o centésimo segundo aniversário de um feito de grande importância. O dia 17 de Dezembro de 1913, ficou marcado pelo empreendedorismo e pioneirismo do então Presidente do Estado de São Paulo Francisco Rodrigues Alves que criou a Escola de Aviação da Força Pública e sua Esquadrilha de Aviação, apenas sete anos depois de Alberto Santos Dumont ter realizado o primeiro voo com o avião 14 BIS, fato que deu início a uma nova Era na prestação de serviços de Segurança Pública para a população paulista.

Foto: Johnny Muga De Chiara.

Com o advento da 1ª Guerra Mundial, a escola teve vida efêmera, pois além da deficiente infraestrutura para a manutenção das aeronaves, importação de peças e mobilização de civis e militares para a guerra, ficou impraticável qualquer atividade aérea executada pela Força Pública de São Paulo.

Com a passar dos anos, a Escola de Aviação da Força Pública foi diminuindo suas atividades, permanecendo no Campo de Marte os hangares ali construídos sem utilização, vindo a ressurgir somente no ano de 1924 com a revolução.

Desta feita, e mais uma vez, com o interesse de se recriar a aviação como Arma de Guerra, reorganiza-se a Força Pública do Estado de São Paulo e a Esquadrilha de Aviação, cuja destinação era o serviço de Segurança do Estado.

No ano de 1927 mais uma vez a coragem e o pioneirismo de integrantes da Força Pública marcam a história da aviação nacional e mundial, quando quatro brasileiros ousaram transpor o Oceano Atlântico, de Gênova, na Itália, até São Paulo, a bordo da aeronave batizada de “Jahú”, um hidroavião de origem italiana, que hoje repousa no museu da TAM. Um de seus tripulantes era o Tenente João Negrão, que hoje dá nome ao Grupamento de Radiopatrulha Aérea.

Em 18 de dezembro de 1930, entretanto, o Boletim da Inspetoria Geral nº 29 determinou que, em virtude de escapar à finalidade da Força Pública, e devendo ser a aviação um elemento do Exército, a mesma é novamente dissolvida, sendo todo seu material entregue ao Governo Federal. Em seguida, o Governo Provisório da República determina que as polícias estaduais não poderiam mais dispor nem de artilharia,  nem de aviação.

Quando da Revolução Constitucionalista de 1932, deflagrada em 9 de julho, São Paulo tinha parcos recursos para sustentar o movimento, recorrendo ao seu parque industrial e à força de vontade e criatividade do povo paulista, que desenvolveu uniformes, capacetes, munições, armamentos diversos e instrumentos de guerra psicológica, como as famosas “matracas” que imitavam o barulho de metralhadoras e causavam grande pânico às tropas governistas.

Contando com poucos aliados, os Constitucionalistas paulistas, por terem sido privados de sua artilharia e aviação, confiscados pelo Governo Provisório após a Revolução de 1930, viram-se em inferioridade, principalmente com relação à aviação.

Foto: Johnny Muga De Chiara.

Assim, em 15 de julho de 1932, através do Decreto nº 5.590, o Governador do Estado de São Paulo, Doutor Pedro de Toledo, por aclamação do povo paulista, do Exército Nacional e da Força Pública, considerando ser indispensável prover a Força Pública do Estado de São Paulo de todas as armas necessárias para a consecução dos fins do movimento revolucionário constitucionalista, recria a aviação com a denominação de Grupo Misto de Aviação da Força Pública, chamada com o prefixo operacional de “Gaviões de Penacho” e que ficou conhecida como “Aviação Constitucionalista”. Seus emblemas eram duas listras negras estreitas com uma larga branca ao centro, pintadas nas asas e na fuselagem.

Foram utilizados pela primeira vez no dia 20 de setembro de 1932, quando atacaram o Campo de Aviação de Mogi-Mirim, destruindo cinco dos setes aparelhos governistas ali estacionados.

Quatro dias depois, três aviões decolaram de São Paulo e atacaram o navio cruzador “Rio Grande do Sul”, que bloqueava a Baía de Santos, dando-se neste evento as primeiras vítimas da aviação em combate, o Capitão da FPSP José Angelo Gomes Ribeiro, piloto, e o Tenente da FPSP Mário Machado Bittencourt, observador, quando seu avião fora abatido por baterias antiaéreas do navio.

Em 13 de julho ocorreu o primeiro bombardeio aéreo contra uma cidade brasileira, Cachoeira Paulista, realizado por aviões governistas, causando grande pânico na população e, logo a seguir, foi a vez de outras cidades como Campinas, São José do Barreiro, Cunha, Buri, Cubatão, Itapira e Pedreira.

No dia 29 de julho foi a vez da cidade de São Paulo ser bombardeada, quando aviões governistas, apelidados pelos paulistas de “vermelinhos”, atacaram o Campo de Marte, coração da Aviação dos Gaviões de Penacho, a Aviação Constitucionalista. Como algumas bombas caíram fora da área do aeroporto, houve mortos e feridos entre a população civil, o que aumentou ainda mais a revolta do povo paulista contra a tropa governista.

Foto: Eduardo Alexandre Beni

Ao tomar conhecimento dos ataques, Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação, que se encontrava na Baixada Santista, já com problemas de saúde, comunicou a um amigo que estava muito consternado de ver seu invento sendo usado para causar morte e destruição entre irmãos brasileiros, transformando-se numa maldita arma de guerra, levando-o ao suicídio no dia 23 de julho, no Hotel La Plage, na cidade do Guarujá, o que veio a gerar enorme constrangimento tanto para os Governistas, como para os Constitucionalistas.

A Revolução Constitucionalista de 1932, que vitimou 634 combatentes constitucionalistas, foi o maior movimento armado brasileiro, nossa maior guerra civil. Durou 85 dias, com a tropa constitucionalista lutando heroicamente com seu efetivo total de apenas 36.207 combatentes, contra mais de 120.000 combatentes governistas.

Com o fim da Revolução Constitucionalista de 1932, o Grupo Misto de Aviação da Força Pública foi extinto, em 08 de outubro daquele ano, tendo seu material arrolado e entregue ao Grupo de Aviação do Exército Nacional.Neste momento da história, encerra-se o período da Aviação da Força Pública, deixando no Campo de Marte, onde hoje é área do Parque de Material da Aeronáutica, próximo aos portões da Av. Santos Dumont, apenas os alicerces dos dois hangares que à época abrigavam aqueles pioneiros, suas aeronaves, sua coragem e seus sonhos.

Percebe-se, assim, que pioneirismo, inovação, criatividade, ousadia, abnegação e coragem são qualidades que sempre marcaram a história do grandioso Estado de São Paulo.

Mais de cinco décadas depois, após vencer inúmeras barreiras políticas e burocráticas, em 15 de agosto de 1984, ocorre o ressurgimento da Aviação Militar Paulista, agora da Polícia Militar do Estado de São Paulo, com apenas um helicóptero, tendo em vista a necessidade de conter distúrbios civis e vários eventos de quebra da ordem pública.

Tendo sido a primeira polícia brasileira a instituir o uso de aeronaves na defesa da sociedade, desde 1913, há mais de três décadas a moderna aviação, sempre contou com a compreensão e apoio dos governantes e com a parceria de empresas nacionais e estrangeiras, que acreditaram, desde o início, na capacidade dos policiais militares e na importância deste serviço para as grandes cidades do nosso Estado.

A nova fase da Aviação da Polícia Militar, tendo completado este ano seus 31 anos, cresceu, de maneira que nos dias de hoje, possui uma das maiores frotas de aviação de segurança pública do mundo, com um total de 27 helicópteros e 4 aviões, com vários projetos de crescimento nas áreas de gestão operacional e administrativa.

Foto: Johnny Muga De Chiara.

Com sua sede no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, após longo processo de desconcentração operacional, conta hoje com 10 Bases destacadas, de modo que mais de 85% da população paulista está a menos de 15 minutos de uma das aeronaves da Polícia Militar.

Sedimentou-se, no início deste ano, o serviço aeromédico nas Regiões Administrativas de Campinas e de São José dos Campos, graças à aquisição de duas novas aeronaves, reforçando-se a parceria de longa data entre a Polícia Militar e a Secretaria da Saúde, agora também integrando a este serviço os órgãos de atendimento a urgências regionais, iniciando-se a expansão deste excepcional serviço, já existente na Capital e Região Metropolitana de São Paulo, também ao interior.

Incorporar-se-á amanhã, definitivamente, uma aeronave biturbina adquirida através de convênio com a Secretaria do Meio Ambiente, para a fiscalização das Áreas de Proteção Ambientais Marinhas, mostrando a vocação da Polícia Militar para a integração com os mais diversos órgãos e sua capacidade de enfrentar novos desafios que venham a melhorar a vida dos cidadãos paulistas.

Foto: Johnny Muga De Chiara.

Graças à capacidade técnica e dedicação de nossos pilotos, tripulantes, mecânicos, médicos, enfermeiros e pessoal de apoio, são mais de 31 anos de serviço dedicados exclusivamente à causa pública, cujo aprimoramento contínuo e entusiasmo de seu efetivo, possibilitam retribuir a todos os cidadãos o carinho e admiração que têm pelos “águias”, como são conhecidos.

Ao longo desses anos, muitas foram as dificuldades, que somente contribuíram para forjar e fortalecer o caráter da Aviação da Polícia Militar e para ensinar a superar com galhardia os obstáculos. Maiores foram, entretanto, as vitórias e realizações, fontes de estímulo para que esta aviação possa continuar a bem servir esse povo trabalhador e ordeiro, como é a vocação de nossa gente.

O apoio que vem do céu, o voo da vida, é uma rotina diária, ferramenta que dá segurança e esperança, tanto para o cidadão, como para os policiais, quando a situação se mostra crítica.

Com mais de 115 mil horas voadas, realizou até a data de ontem mais de 253 mil missões em apoio a todas as atividades da Polícia Militar, atuando em todo o Estado. Deste total executou mais de 26 mil ocorrências aeromédicas, salvando mais de 6 mil pessoas.

É hoje, portanto, imprescindível no combate à criminalidade e no salvamento de vidas, totalmente focada na Defesa da Vida, na Preservação do Patrimônio e no Respeito aos Direitos Humanos, sempre respeitando o juramento máximo da Instituição, que é defender a sociedade nem que seja com o sacrifício da própria vida.

Conta hoje com um efetivo de apenas 450 profissionais em todo o Estado, incluindo pilotos, médicos, enfermeiros, tripulantes, mecânicos, pessoal técnico e administrativo, responsáveis por gerir uma frota de 31 aeronaves e 13 hangares, contando com este que passaremos a assumir em breve, os quais, através de processos inovadores e com a constante busca de quebra de paradigmas, possibilitam a utilização de um número mínimo de pessoas envolvidas na atividade administrativa, vez que a vocação de todos foi, é, e sempre será a atividade operacional.

Reafirmo a missão da Aviação da Polícia Militar em executar operações aéreas de segurança pública, objetivando preservar a vida, proteger o patrimônio e minimizar o sofrimento humano, potencializando todas as atividades da Polícia Militar, constantemente compromissados com a segurança de voo e com o aprimoramento profissional e tecnológico.

Não posso deixar de mostrar a todos os desafios que demandarão novos esforços na busca do “estado da arte” dos serviços decorrentes das atuais demandas que se mostram presentes.

A primeira delas é a expansão planejada, dentro de critérios técnicos, de nossas operações no interior do Estado, incluindo estudos para a expansão do serviço aeromédico, que já se iniciou e que demandará necessariamente a aquisição de novas aeronaves e equipamentos, formação de profissionais da saúde e especialização na atividade aérea, bem como a readequação da atual Resolução Conjunta com a Secretaria da Saúde, que já está em fase adiantada de elaboração.

Foto: Johnny Muga De Chiara.

A Aviação da Polícia Militar conta hoje com dois centros de manutenção e uma Escola de Aviação, devidamente homologados de acordo com as normas da Agência Nacional de Aviação Civil e busca a sedimentação do Centro de Treinamento com a incorporação de um Simulador de Voo que está em fase final de produção, que foi doado à Polícia Militar.

A Aviação da Polícia Militar busca também a modernização do sistema “olho de águia”, com o objetivo de expandir a tecnologia para todas as bases operacionais, permitindo que o cidadão paulista tenha cada vez mais o uso da melhor tecnologia no combate à criminalidade e no suporte à vida.

Da mesma forma, busca inovar no treinamento de suas tripulações com o uso cada vez mais intenso da tecnologia de simuladores e de programas de treinamento operacional específicos, sempre focado no aperfeiçoamento e uso das melhores práticas de segurança operacional.

Na área de gestão financeira tem como meta a busca de novas formas de aumentar a disponibilidade da frota com o menor custo possível, com estudos já avançados de novas formas contratuais e em novos processos de controle com uso de tecnologia da informação.

Possui também o foco na integração com as demais organizações de segurança pública, incentivando a cooperação entre os entes federativos e colaborando na formação, treinamento e aperfeiçoamento de aeronavegantes nas áreas de segurança de voo, manutenção aeronáutica, operações aéreas e treinamento teórico e prático de voo.

Foto: Johnny Muga De Chiara.Sabemos da importância que temos no apoio a todas as modalidades de policiamento da Polícia Militar e de fazer parte do enorme esforço na redução dos índices criminais. Hoje a Polícia Militar se orgulha de ser a maior instituição policial do Brasil, uma das maiores do mundo, e de, com sua diuturna atuação, ser responsável por índices que orgulham a população paulista, enfim, uma instituição grandiosa, à altura da pujança do nosso Estado.

E aqui, pedindo licença ao meu irmão, o Coronel Luis Henrique Falconi, que em seu discurso no centésimo décimo aniversário da Caixa Beneficente da Polícia Militar, relembrou que essa atuação positiva, que faz com que o Estado de São Paulo atinja índices criminais só vivenciados em países desenvolvidos, tem também seu lado negativo, citando oratória do nosso querido Secretário Adjunto da SSP, Dr. Magino, por ocasião da cerimônia de entrega da Medalha Brigadeiro Tobias, a mais alta horaria da nossa querida Corporação:

“A medalha Brigadeiro Tobias é uma medalha tingida com sangue de heróis da Polícia Militar… a melhor do Brasil e das Américas, que está a oito meses seguidos derrubando índices criminais, fazendo com que São Paulo seja o único Estado da Federação a possuir índices de homicídios abaixo de 10 por 100 mil habitantes… sem os índices de São Paulo, o Brasil explodiria. A PM merece a atenção da autoridade pública, mas não encontra a mesma atenção dos meios de comunicação, pois o erro vira estigma. A imagem da PM é irrepreensível e a PM não encontra limites para garantir a segurança da população. Mas isto tem um preço, a morte de policiais militares”.

Assim, Dr. Magino, agradeço, mais uma vez, em nome da PM, seu reconhecimento, que tenho a certeza é também compartilhado por nosso Secretário da Segurança, Dr. Alexandre de Moraes, e reafirmo nosso compromisso de sempre estar com nossas aeronaves, em todos os rincões do Estado, na defesa de nossos cidadãos e no apoio incondicional à nossa tropa.

Sabemos que a aviação é uma atividade dispendiosa em custos e investimentos, entretanto a pergunta que se faz sempre é: quanto custa uma vida salva?

Ainda emprestando parte da oratória de meu irmão:

“temos a certeza de que os resultados hoje alcançados pela nossa Polícia Militar em defesa da sociedade se devem aos investimentos que o Estado tem feito a favor da modernização de nossas atividades, e isso é inegável. Mas a polícia não se faz apenas de bons investimentos em equipamentos e instalações mais modernas e de tecnologias avançadas, mas de homens e mulheres que cumprem seu dever e constituem o maior valor de nossa organização”.

Assim, agradeço a todos os que colaboraram e colaboram para o fortalecimento da Aviação da Polícia Militar, especialmente ao nosso Governador Dr Geraldo Alkimin, que sempre incentivou e apoiou nossas atividades, através da atuação de seu Secretariado, em especial do Dr. Alexandre de Moraes, nosso Secretário da Segurança, que desde o começo facilitou e entendeu os enormes desafios de nossa Aviação.

Agradeço especialmente, por confiar a mim o Comando da Aviação da PM, meu maior sonho, ao Cel Ricardo Gambaroni, nosso Comandante Geral, que hoje faz história como o primeiro piloto a assumir o maior cargo da Polícia Militar, com quem tive imenso orgulho de ter ladeado várias ocorrências a bordo dos águias e de ter dividido várias alegrias e angústias fora das aeronaves. Obrigado meu amigo e meu irmão de armas!

Agradeço de todo o coração a todos os integrantes desta Unidade, dos quais tenho imenso orgulho, e sem os quais nada do que foi conquistado seria possível e a quem rendo minhas mais sinceras homenagens. Vocês são a verdadeira alma e os verdadeiros heróis da Aviação da Polícia Militar.

Agradeço também à Marinha do Brasil, ao Exército Brasileiro, e à Força Aérea Brasileira, pelo apoio técnico e preparo dos nossos profissionais, nas mais diversas áreas.

Foto: Johnny Muga De Chiara.

À vocês parceiros das empresas que nos dão suporte técnico para nossa operação, fornecendo equipamentos e serviços, nosso agradecimento. Sem parceria não há como fazer as coisas acontecerem. Contem sempre com nosso apoio.

Não poderia deixar de reverenciar os comandantes que nos precederam, cujos exemplos foram e sempre serão fonte de inspiração para alçarmos voos cada vez mais altos e seguros. Hoje tenho orgulho em afirmar que meus alunos superaram o mestre! É isso que nos faz mais fortes e possibilita nosso crescimento pessoal e profissional. Em cada um de nossos aeronavegantes, incluindo este comandante, tenham a certeza de que há sempre algo a ser lembrado de suas experiências e ensinamentos. Não foram, não são e nunca serão esquecidos, nossos eternos comandantes e instrutores!

Aos nossos familiares que, inúmeras vezes se viram privados de nossas presenças e com os corações apertados a cada decolagem sem destino certo e com uma missão que colocava nossas vidas em risco. Nosso mais profundo agradecimento. Vocês são o verdadeiro motivo de querermos voltar para casa hígidos e íntegros.

Agradeço, em especial, ao nosso Criador por tudo o que nos tem proporcionado: a vida, a saúde, a inspiração e a oportunidade que me dá em comandar esta gloriosa Unidade da Polícia Militar, onde sirvo, entre idas e vindas, há mais de 25 anos.

Aqui posso, junto com meus companheiros, ser instrumento de Deus para levar esperança onde ela já se foi, usando da criatividade, ousadia e inventividade de Santos Dumont para realizar seu sonho de usar seu invento para o bem comum, tendo como legado a coragem, iniciativa e ideais de nossos constitucionalistas de 1932, e desempenhando a vocação principal da Aviação da Polícia Militar: voar para servir!

Foto: Johnny Muga De Chiara.

Fotos: Johnny Muga De Chiara.

1 COMENTÁRIO

  1. Excelente material histórico de uma unidade de polícia que tanto faz pela população, bem como todos os policiais militares.
    Tenho conhecimento de uma aeronave de prefixo HLB, que sobrevoava meu telhado, quando os pousos e decolagem eram feitos no quartel do segundo atalhão de choque. Teria alguma história, ou, foto dessa aeronave?

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