Conheça o protocolo de acionamento da equipe do Arcanjo de Blumenau/SC

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Santa Catarina – Nos últimos cinco anos o helicóptero Arcanjo-03 foi acionado 132 vezes para atender ocorrências em Brusque, além de 31 atendimentos em Guabiruba e outros 20 em Botuverá. Com sede em Blumenau, a equipe é formada diariamente pelo oficial comandante da aeronave, dois bombeiros militares tripulantes, médico de voo e enfermeiro de voo.

Oficiais que pilotam o helicóptero do Arcanjo recebem a mesma formação que um piloto executivo Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Oficiais que pilotam o helicóptero do Arcanjo recebem a mesma formação que um piloto executivo
Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

A função da aeronave é apoiar qualquer serviço prestado não só pelo Corpo de Bombeiros, mas também pelo Samu e Defesa Civil. As ocorrências mais comuns são de pacientes com risco de morte ou com lesões graves. O atendimento, muitas vezes, ocorre no próprio local do acidente e o transporte ocorre de maneira rápida.

Além disso, a equipe atua em incêndios florestais, seja lançando água ou transportando combatentes para as áreas. O Arcanjo também é acionado para ocorrências em locais de difícil acesso, como montanhas ou em casos de enchentes e deslizamentos.

“A principal entrega que a equipe do Arcanjo faz é levar um pronto-socorro para a cena de emergência. Então as vidas são salvas primeiramente porque o paciente recebe socorros de nível hospitalar, ainda na cena de emergência”, esclarece o comandante do Arcanjo-03, major Jair Pereira dos Santos Junior. Depois que o paciente é estabilizado, ele é conduzido ao hospital.

Tempo e demanda

Em média, a equipe leva 15 minutos para se deslocar da base até as ocorrências em Brusque e região. O Arcanjo-03 atende principalmente o Vale do Itajaí, mas a aeronave também pode ser acionada para outros locais onde as características de atendimentos justifiquem o tempo resposta.

De acordo com o major, as aeronaves do Arcanjo levam suporte avançado aos pacientes, com recursos semelhantes ao que é encontrado em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Ele cita que há municípios menores sem uma unidade hospitalar de grande porte que requerem este tipo de atendimento.

“Assim, por exemplo, uma pessoa que sofre um infarto pode ser conduzida do interior de Botuverá para um hospital com disponibilidade de fazer um cateterismo em menos de 20 minutos”, exemplifica.

Importância nos atendimentos

Para o comandante do Corpo de Bombeiros de Brusque, capitão Rodrigo Gonçalves Basílio, o apoio prestado pelo Arcanjo nas ocorrências atendidas pela companhia do 3º Batalhão é de extrema importância, especialmente em algumas situações.

Como a vítima é transportada pelo helicóptero, via de regra, ela terá mais chances de sobreviver. No entanto, Basílio aponta que cada ocorrência demanda um tipo de avaliação e decisão específica por parte das equipes de socorro.

“Em algumas situações, o transporte terrestre continuará sendo a melhor opção. Além disso, é preciso pensar na atuação do Arcanjo como um todo, tendo em vista que o seu emprego desnecessário em determinada ocorrência poderá implicar a falta em uma outra ocasião na qual a presença seja de fato decisiva”, cita.

O capitão elenca as circunstâncias em que a equipe do Arcanjo é acionada. “As principais são aquelas envolvendo ferimentos graves – em acidentes de trânsito, quedas de nível, agressões por arma branca ou arma de fogo etc; casos clínicos complexos em que a presença urgente de um médico se faça necessária, incêndios florestais de grande monta ou ainda nas situações de socorro e resgate em áreas de difícil acesso pela via terrestre”.

Equipe de socorristas

Frequentemente os atendimentos do Arcanjo são feitos por quatro integrantes: oficial comandante, bombeiro militar tripulante, médico e enfermeiro. Quando se trata de um resgate, um segundo bombeiro tripulante é acrescentado na equipe. Segundo Jair, um tripulante fará o resgate e o outro permanecerá auxiliando o comandante na operação.

Os oficiais que pilotam o helicóptero do Arcanjo recebem a mesma formação que um piloto executivo. Eles passam por capacitações específicas de operação da aeronave para resgate. Além disso, é necessária a atuação como copiloto por no mínimo 5 anos. O trabalho servirá como uma espécie de estágio, até que ele chegue na função de comandante da aeronave de resgate.

Já os tripulantes são os bombeiros que auxiliam na operação da aeronave e realizam o resgate. Os profissionais possuem bagagem de atendimento em ambulância e como guarda-vida na temporada. Além disso, também passam por um curso específico para operar na aeronave.

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