Policiais do Batalhão de Aviação da Brigada Militar/RS encontram “Pinpoo”

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O drama de Nair Flores, 64 anos, chegou ao fim na noite de quarta-feira (16/03/11). Quatorze dias depois do desaparecimento do seu cão de um hangar do Aeroporto Internacional Salgado Filho, a aposentada reencontrou Pinpoo às 22h30min, em Porto Alegre (RS).
Quando três PMs do Batalhão de Aviação da Brigada Militar (BM), que fica dentro do aeroporto, entraram com Pinpoo na residência de Nair, no bairro Passo da Areia, zona norte da Capital, o cão se soltou dos braços deles, correu e pulou em direção à dona, numa cena que comoveu os militares.

Muito emocionada, Nair começou a conversar com seu animal de estimação, sumido desde o dia 2, quando fugiu da caixa de transporte onde estava acomodado para tomar um avião da empresa Gol rumo ao Espírito Santo, onde encontraria a sua dona. Ao avistá-lo, Nair repetia várias vezes: ” Não fui eu que te abandonei. Não parei de te procurar um só dia.”.

Os autores do resgate sorriam, felizes com o que consideraram uma das suas ações mais importantes, dado o sofrimento da mulher; drama acompanhado via imprensa e internet, por todo o Brasil. Uma das primeiras atitudes de Nair foi dar um banho com spray-d’ água em Pinpoo em cima de uma cadeira da sala. O objetivo era refrescá-lo.

Animada, agradecia aos PMs, o sargento Paulo Ribas, 53 anos (30 de BM), o soldado Mateus Menezes, 30 anos (nove de BM), e o soldado Maurício da Silva, 38 anos (17 de BM).

Pinpoo, que provocou uma rede de solidariedade formada via comunidades sociais da internet, apresenta alguns machucados nas pernas traseiras. O pelo estava sujo quando o animal foi localizado, com carrapato e pulgas, conforme constataram os policiais. Nair acredita que o cachorro perdeu alguns quilos. Hoje, vai levá-lo a um veterinário.

Cachorro foi atraído com comida

Desde segunda-feira, o cão felpudo, de pelo amarelado, sujo e magro, aproximava-se, no horário de almoço, do Batalhão de Aviação da Brigada Militar (ex-Grupamento Aéreo, GPMA), localizado dentro da área do Aeroporto Salgado Filho, nas proximidades do Bourbon, na Avenida Sertório.

O cão provavelmente era atraído pelo cheiro da comida, acreditam os militares. Os policiais passaram, então, a observar diariamente a movimentação do animal, desconfiando tratar-se do cão procurado.

O sargento Ribas e os soldados Menezes e Maurício se engajaram na busca porque vinham acompanhando o caso desde que a tutora revelou o seu drama à imprensa. Resgatar o cão se tornou uma missão para os três.

— Eu e minha mulher estávamos comovidos com a história, por isso fiz de tudo para resgatá-lo. Temos dois cachorros que também tratamos como filhos — afirmou Ribas.

Pinpoo se aproximava do hangar da BM, mas era difícil pegá-lo, pois estava assustado e arisco. O som constante das sirenes de veículos e o luminoso das viaturas que faziam buscas ao cão contribuíam para assustá-lo ainda mais. Mesmo com fome, ele então retornava ao matagal (formado basicamente com maricás) e ao lago nas proximidades da área.

Os policiais concluíram que, para capturar o cachorro, era preciso um estratagema com alimentos. Fizeram um rastro de ração por três dias. Não deu certo, já que Pinpoo não é alimentado com ração. Mudaram de plano e, ontem, passaram a usar pedaços de frango assado, parte do cardápio dos soldados.

No início da noite de ontem, o cão começou a se aproximar das instalações do batalhão. Chegou devagarinho e entrou na sala onde havia a maior porção de carne. A porta então foi fechada — e a operação estava, assim, quase concluída. Faltava uma prova, que veio com um chamado do sargento Ribas: o cão atendeu imediatamente à pronúncia da palavra Pinpoo.

Dona Nair poderia reencontrar seu companheiro, regozijaram-se os três PMs. A mulher de Ribas, avisada em casa pelo marido eufórico, telefonou para Nair Flores (o telefone da dono do cão corria de mão em mão dos militares) e avisou que os militares iriam ainda ontem à casa dela com a boa nova.

No Opala particular do sargento, um veículo anos 80, o cão foi conduzido de volta para casa. No trajeto, foi no colo do soldado Menezes, que o agarrava fortemente. Menezes não queria ver o cão fugir de novo. Ao sentir a sensação de missão cumprida, o sargento Ribas chorou — e voltou para seu plantão no batalhão do aeroporto.


Fonte: Zero Hora


7 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns aos policiais militares pelo trabalho, dedicação, amor ao próximo, e mais uma vez, mostram que esta “é a nossa Brigada Militar, gaúcha e humanitária”. Parabéns a vocês.

  2. Parabéns aos Políciais da Brigada o Sargento Policial Ribas demonstrou Tecnica e competencia
    por parte da empresa Aérea Gol que perdeu o CACHORRINHO sobre sua Responsabilidade com certeza esse Sargento da Polícia Militar Gaúcha desmostrou eficaz no serviço Policial que e de salvar vidas de ser humanos e animais ! Parabéns Políciais Gaúchos do Batalhão de Aviacão da Brigada Militar . A POLÍCIA GAÚCHA !!!!!!

  3. o caso do gato Tody, extraviado no dia 13 de janeiro na entrada do portão 5 do Salgado Filho, e o guarda e a Infraero não permitiram que os proprietários os procurassem.

    Gostaria de saber qual a diferença e quais os parâmetros usados para tratar do caso do cão Pinpoo e do gatinho Tody. Considerando, o gatinho Tody iria embarcar juntamente com seus donos, provavelmente no bando ao lado, e a caixa se abriu, em contrapartida o cão Pinpoo forçou a caixa e ele fugiu (o cão viaja em um compartimento especial do avião pressurizado e não junto as bagagens). A quem cabe a responsabilidade da segurança do contêiner em ambos os casos?

    A começar, a diferença já é gritante quanto ao tempo de encontro do cãozinho Pinpoo que em apenas 15 dias já estava em seu lar. Já o gato Toddy aguarda desde o dia 13/01/11, data da fuga, e até o momento, passados 3 meses, não foi capturado.

    Pedimos encarecidamente ao pessoal da Brigada, ao Sargento Ribas e aos soldados Menezes e Maurício, que se destacaram na contribuição definitiva do resgate do Pinpoo, que envidem esforços para a captura do gatinho Tody. Não é possível que por ser um gato, seja o mesmo discriminado e não seja dado o mesmo valor do caso do cão.

    Contamos com as valorosas contribuições da Infraero e do pessoal da Brigada em resolvermos definitivamente esse empasse!

  4. parabens pelo resgaste! mas assim como a leitora anna roggia me questiono porque ate agora nada foi feito para encontrar o gatinho toddy? ele com certeza tb esta faminto, assustado e sente a falta dos donos. Por favor, ajudem a encontra-lo!

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