COMAVE/PMMG mostra a atuação de seu helicóptero no combate a incêndios

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Minas Gerais – A extrema coordenação entre piloto e operador aerotático dos helicópteros do Comando de Aviação do Estado (COMAVE), da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), está claramente demostrada em um vídeo surpreendente — e extremamente satisfatório —, que mostra toda a precisão destes militares durante o combate aos incêndios florestais que vêm devastando grande parte de Minas Gerais.

Vídeo mostra como foi o combate ao incêndio com a aeronave no Pico do Itambé Foto: Sargento Carence/ComAvE/Divulgação
Vídeo mostra como foi o combate ao incêndio com a aeronave no Pico do Itambé Foto: Sargento Carence/ComAvE/Divulgação

Nas imagens, captadas pelo sargento Ramon Carence entre os dias 20 e 22 de setembro no Pico do Itambé, na região do Vale do Jequitinhonha, é possível ver a aeronave despejando a água precisamente sobre as linhas de fogo; captando o líquido em um local de difícil acesso; e, ainda, auxiliando os brigadistas e bombeiros a chegarem com mais facilidade aos focos de incêndio, economizando tempo e evitando o cansaço dos combatentes.

O sargento Bruno Freitas, que também participou dessa operação, detalha que, para que a ação seja possível, o equipamento canadense chamado “Bambi Bucket” é extremamente necessário. “Trata-se de um balde de material vinílico conectado com a cabine por cabos de aço e que é operado através de um controle remoto, pelo piloto ou tripulante especial da aeronave. O balde tem uma capacidade de 545 litros”, detalha.

A operação percorre uma série de etapas, sendo a primeira delas, e talvez a mais importante, a de escolha do local de captação de água. A definição ocorre entre os operadores aerotáticos e os pilotos, que são os únicos embarcados nesse tipo de operação.

A escolha deve primar pela segurança, já que o local deve permitir a aproximação da aeronave com uma descida segura na vertical para a captação. Além disso, é importante que o local de coleta esteja a, no máximo, 5 minutos de viagem dos focos de incêndio.

“Nem sempre é possível a escolha de um local completamente seguro. Em casos de locais restritos, mais apertados, a gente pode usar um equipamento que faz essa captação, um cabo com cerca de 14 a 20 metros de comprimento. Mas, muitas vezes, acabamos fazendo a captação sem utilizar estes cabos e em locais mais arriscados. É aí que a atenção deve ser redobrada em relação aos obstáculos, para evitar acidentes. Para isso, o operador aerotático narra cada momento para o piloto”, completa o sargento Freitas.

Veja no Vídeo abaixo precisão do helicóptero da PMMG:

Período intenso

Nesta época do ano, em que o tempo seco e o calor aumentam drasticamente a ocorrência dos incêndios florestais, as aeronaves acabam sendo demandandas simultanamente em diversas partes do Estado. Para se ter ideia, somente nesta semana o Corpo de Bombeiros registrou 1.129 chamadas de incêndio em Minas Gerais.

Neste período, a Gerência de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio), do Instituto Estadual de Florestas (IEF), conta com sete helicópteros da PMMG, dois helicópteros e um avião do IEF, um helicóptero e um avião da Polícia Civil (PC), além de aviões de combate a incêndios contratados pelo IEF e Corpo de Bombeiros.

Somente nos últimos dias, por exemplo, as aeronaves da PMMG, do IEF e da PC foram empregadas no combate a incêndios em Ouro Branco, Ouro Preto, Araponga, Pico do Itambé, Januária, Bonito de Minas e Buenópolis.

De acordo com o comandante do ComAvE, coronel Marcos Vander Ramos, a unidade conta com seis bases no estado de Minas e, desta forma, a corporação consegue apoiar nesse período crítico, utilizando os helicópteros ou aviões dos órgãos envolvidos que estejam na base mais próxima.

“Temos plantões em todas as nossas bases e, quando há acionamento relacionado a incêndio, conseguimos realizar o primeiro combate, que é essencial”, disse.

Ainda de acordo com o sargento Freitas, quando há uma sequência muito longa de incêndios em todo o Estado, o ComAve prima pela segurança das operações e, através de diretizes mundiais de operações de aviação, busca evitar a fadiga dos operadores. “Pra isso, o comando realiza uma série de procedimentos que propiciam a segurança das operações, inclusive no que diz respeito também às máquinas empregadas”, complementa.

Segundo o gerente do Previncêndio, Rodrigo Bueno Belo, “a integração entre a PMMG e o IEF para prover a logística de suporte às atividades de combate é imprescindível e o engajamento da sociedade nesta luta é fundamental para que o cenário dos incêndios seja revertido”, finaliza.

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