Oficiais da Marinha iniciam curso prático de piloto no Grupamento Aéreo da PM de São Paulo

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São Paulo – Pela primeira vez, a Polícia Militar realiza uma parceria com a Marinha do Brasil para um intercâmbio para a formação inicial de pilotos de helicóptero no curso ministrado na Base de Radiopatrulha Aérea de Piracicaba, também conhecida como base do Águia, que centraliza os cursos de instrução de voo de todo o Estado. Por ano, a unidade forma cinco pilotos para a PM, além de policiais de outros Estados do País.

Os primeiros-tenentes, Alexsandro Brito de Oliveira, Felipe Frambach Silva e Ronaldo de Oliveira Júnior efetuaram, nesta quinta-feira (30), a primeira aula prática orientados pelo coronel Ricardo Gambaroni, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Estado e instrutor do Grupamento Aéreo da PM.

As instruções estão sendo ministradas no helicóptero que leva o instrutor e um aluno. Crédito: Del Rodrigues.
As instruções estão sendo ministradas no helicóptero que leva o instrutor e um aluno. Crédito: Del Rodrigues.

A parte teórica eles estudaram na própria Marinha. “Para nós é uma honra ter oficiais da Marinha. Quando o Grupamento Aéreo da PM foi criado em 1984, três dos sete primeiros pilotos foram formados pela Marinha. Por esse apoio, definimos nosso padrão de conduta, regras de segurança, operacionalização. Herdamos a formação rígida da Marinha”, contou o coronel, que conta com mais de sete mil horas de voo e está há mais de 20 anos no Grupamento Aéreo da PM.

Para o coronel, os oficiais são dedicados e mostraram muita vontade de aprender. “São oficiais já com experiência e que já viajaram pelo mundo. Certamente eles irão contribuir com a Segurança do Estado e do Brasil”, comentou.

Treinamento

Os primeiros-tenentes passaram na prova teórica aplicada também nesta quinta-feira, na base de Piracicaba. Todos foram aprovados. À tarde, teve início a primeira aula prática. Ao longo de um mês, cada um deles deverá somar de 35 a 40 horas de voo.

As instruções estão sendo ministradas no helicóptero que leva o instrutor e um aluno. Crédito: Jornal de Piracicaba.
As instruções estão sendo ministradas no helicóptero que leva o instrutor e um aluno. Crédito: Jornal de Piracicaba.

Essa é a primeira etapa do treinamento deles que terá continuidade na Marinha. Eles estarão preparados para comandar as aeronaves quando tiverem formação média de 90 a 100 horas de voo. Após a conclusão da formação na base de Piracicaba, os oficiais seguirão para a Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia, região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

De acordo com o primeiro tenente da Marinha, Felipe Frambach Silva, um dos oficiais em formação, a instrução realizada em Piracicaba representa o primeiro estágio prático de um curso iniciado há quatro anos.

“Assim que ingressamos na Marinha começamos um curso teórico bem amplo. Entre as diversas atividades, passamos por instrução de sobrevivência, escape de aeronave submersa e muitos outros. Depois desta etapa de Piracicaba retornaremos à nossa base onde haverá complemento de mais 30 horas em equipamentos aéreos próprios da Marinha”, disse.

Após formados, os profissionais estarão aptos a participar de missões aéreas com os equipamentos de voo da Marinha, o que inclui, entre diversas frentes, operações de transporte com a carga externa, voo a partir de embarcações, além da utilização de armamento a bordo.

As aulas acontecem em um helicóptero de instrução, o Schweizer 269C-1
As aulas acontecem em um helicóptero de instrução da PM, o Schweizer 269C-1.

“Essa será a complementação naval, com operações como embarcação de armamento, operações em água, entre outras”, afirmou o coronel. As aulas acontecem em um helicóptero de instrução, o Schweizer 269C-1. A pequena aeronave leva o coronel e um dos oficiais. Nesta quinta-feira, na primeira aula, eles sobrevoaram Piracicaba por cerca de uma hora cada aluno. Aprenderam sobre os instrumentos do helicóptero e todos os comandos.

“A instrução na Base da Radiopatrulha de Piracicaba tem como objetivo, nessa parceria, agilizar os processos de treinamento. O espaço aéreo da cidade é ideal porque tem mais mata, o que também dá mais segurança. Quando estiverem com mais horas de treinamento, eles serão levados para voar em São Paulo. A proposta é que eles conheçam o movimento do espaço aéreo da Capital, que é o segundo mais movimentado do mundo em tráfego de helicópteros”, disse o coronel Gambaroni.

Fonte: Gazeta, por Adriana Ferezim e Jornal de Piracicaba.

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